Capítulo 36🦋Minhas escolhas🦋

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"Barreiras de pedra não podem deter o amor."

( Willian Shakespeare)

__Chocolate?!__ Bruno pergunta divertido. Estamos sentados em uma cantina no centro de Conservatória.

__ Sim! Esse é o nome do meu potro. Não é lindo? Combina muito com ele. __ Explico animada com meu presente e com o jantar surpresa que Bruno organizou.

__ Se você gosta, está perfeito!__ Me olha com carinho e une nossas mãos sobre a mesa, olhando com orgulho para a aliança de noivado reluzindo em meu dedo.

__ Sabe Bruno, estou pensando em ir ao Rio amanhã.__ Ele fecha o sorriso imediatamente. __ Estou com saudade do Detona. Ele não está acostumado a ficar tanto tempo longe de mim e também estou precisando de minhas roupas e objetos pessoais.__ Aliso o vestido longo estampado com uma fenda lateral que Betina me emprestou para a ocasião especial.

Ficou muito bem em mim, mas me sinto constrangida em pegar roupas emprestadas dela toda vez que tiver um evento.

__ Quanto a isso podemos resolver. Peça a Katiane que separe suas coisas e Venâncio irá buscar. Na volta ele já trás Detonalta. __ Propõe Bruno.

__ Por que não quer que eu vá ao Rio, Bruno?__ Aperto os olhos.

__ Temo que não volte...__ Diz baixo desviando olhar.

__ E por que eu faria isso?__ Sinto o coração apertar.

Imagino que para um homem como Bruno, seja difícil confessar esse tipo de coisa.

__ Desculpe. __ Me olha com intensidade. __ Acho que ainda não superei a última vez que partiu.

__ Tive minhas razões. Você sabe.

__ Sei que fui injusto e sem atitude. Sinto vergonha de como agi depois de tudo que viveu conosco. Por isso me propus a fazer a coisa certa de agora em diante. Não quero te perder novamente, Lizandra.__ Desvia o olhar para a janela. __ Só eu sei o que sofri com sua ausência.

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Após o jantar, circulamos sem pressa pelas ruelas de Conservatória. Durante a noite o comércio local é bem intenso, além de vários restaurantes, lojas de artesanatos e do intenso movimento na praça central, onde acontece toda noite shows e serestas.

Enquanto Bruno dá uma parada em um caixa eletrônico, aproveito para examinar algumas peças de decoração feitas em ferro fundido. Me distraio com umas mini bicicletas coloridas e me afasto um pouco da agência onde Bruno está. Até que ouço uma voz que me provoca arrepio...

__ Nossa! Essa cidade já foi melhor frequentada. Hoje em dia, qualquer ralé invade nosso território.__ Levanto a cabeça e me deparo com Lilian acompanhada de duas garotas.

__ Ah, isso é verdade! Hoje em dia qualquer vigaristinha metida a granfina circula solta por aí em busca de uma vítima para dar um golpe!__ Revido sarcástica.

__ Sua linguaruda!__ Lilian dá um passo a frente.__ O que está querendo insinuar?

__ Não preciso insinuar nada. Está tão evidente quem são os golpistas dessa história.__ Ergo as sobrancelhas. Levo a mão direita a orelha para arrumar uma mecha de cabelo que caiu no rosto.

Lilian arregala os olhos claros.

__ Isso é uma aliança em sua mão?__ Não consegue disfarçar o ódio que a consome pela conclusão dos fatos.

__ Sim.__ Olho para minha mão e sorrio.__ Bruno e eu estamos noivos.

__ Sua infeliz!__ Lilian fala entredentes e dá mais um passo em minha direção. __ Levanto o queixo e a enfrento.__ Mas no último momento pensa em algo, segura no braço de uma das garotas e recua.__ Vamos embora. Essa daí terá o que merece na hora certa.__ Vai embora me deixando com uma sensação ruim por ter que debater com alguém com uma aura tão negativa.

Fazenda 3 irmãos-No Vale do Café. Vol.1 Onde histórias criam vida. Descubra agora