🎃 𝐄𝐬𝐩𝐞𝐜𝐢𝐚𝐥 𝐝𝐞 𝐇𝐚𝐥𝐥𝐨𝐰𝐞𝐞𝐧 🎃

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𝐤. 𝐭𝐚𝐞𝐡𝐲𝐮𝐧𝐠 📍

Eu não podia aparecer em público mais. A polícia estava na minha cola e um passo em falso iria preso. Eu aceitaria ser preso no final de tudo porquê eu tinha em mente meus erros, estavam listados na parte mais escura da minha mente, atormentando-me, fazendo-me rir em gosto. Lembrando-me para sempre minha falsa honra, denegrindo minha existência, arruinando ainda mais minha vida. Mas ao mesmo tempo era incrível saber o terror que eu causava. Eu. Eu fui tão terrível que o alerta vermelho estava ativo a anos. Matar Hyseon e seus amigos não foi meu único crime, havia uma extensa lista na minha ficha criminal. Havia dedos de Jungkook nisso, mas nunca ligaram ele a nada. Afinal, ele era da polícia, ficava difícil interpretar ele como meu ajudante. Ninguém desconfiaria do rosto de bom moço que ele atuava. Ele não era perverso como eu.

Hoseok a cada dia pirava mais por minha causa, me causava arrepios de ansiedade. Eu jurava que surtaria junto à ele qualquer dia. Ele sofria por não saber oque viria e eu por saber, sem poder colocar em prática. Ele não sabia, mas se achava que estava sofrendo pouco, ficaria ainda pior, eu posso queimar tudo.

Kim Taehyung - passado (infância)

Acordei com um barulho estranho. A casa cheirava a gasolina e eu só consegui notar a fumaça depois de me despertar por completo. Saí de minha cama ignorando minhas pantufas para correr até o quarto dos meus pais. Quando cheguei até a sala, quis gritar de desespero, arregalei os olhos. Estava em chamas. O fogo se alastrava rapidamente por todo lugar. Como uma criança de 10 anos, fiquei assustado. Não sabia o que fazer.

- TAEHYUNG! - Ouvi o grito da minha mãe.

- MÃE! - Corri até a porta do quarto deles. - MÃE! PAI! - Comecei a tentar abrir a porta. Estava trancada.

- Taehyung, meu filho. Corra! Saia daqui. - Meu pai gritou. Sua voz se aproximou da porta.

- O QUÊ? NÃO! NÃO! NÃO VOU DEIXAR VOCÊS AQUI! ABRA A PORTA! - Forcei a maçaneta. Meu rosto já estava completamente molhado pelas lágrimas. Eu olhava para minhas pequenas mãos enquanto batia incessantemente na porta à minha frente.

- KIM! Filho, por favor. Eu e seu pai ficaremos bem. Saia do fogo, saia daqui. - Mamãe também se aproximou da porta.

- Mamãe! - Chorei ainda mais alto.

Eu não entendia como tudo deu teu errado de repente. Naquela mesma tarde estávamos felizes e sorrindo, e agora, nessa madrugada, tudo se partiu. Os quadros pendurados nas paredes da sala começaram a estourar por causa do fogo e cacos de vidros foram lançados por todo lugar. A casa estava totalmente em chamas, foi difícil ficar ali. Estava muito quente e eu estava muito assustado.

- Nós iremos logo depois de você, Tae. - Meu pai falou baixo. Não naturalmente, foi como se tivesse memorizado e estava apenas repetindo, como em um ensaio.

- Eu vou abrir a porta. - Corri até a cozinha. Olhei para qualquer lugar que o fogo não tivesse dominado e só encontrei uma faca pequena.

Voltei para o quarto de meus pais com dificuldade e enfiei a faca na tranca. Girei com dificuldade porque estava tremendo muito. Click. Abriu. Rapidamente tentei empurrar mas foi forçada pelo lado de dentro, fechando-a novamente sem trancar. Joguei meu corpo contra a porta tentando abri-lá.

- TAEHYUNG, SAIA DAQUI! - Meu pai vociferou.

- NÃO! POR QUE O SENHOR NÃO ABRE A PORTA? - Gritei em desespero.

Senti meu corpo ser puxado e rapidamente me virei para ver quem era. Eu não o conhecia.

- Venha comigo, garotinho.

- TAE! TAEHYUNG! - Meu pai gritou em desespero. Ele tentava me proteger, mas então por que não abriu a porta?

- PAPAI! - Fui puxado para longe dali.

Kim Taehyung - presente

Balancei a cabeça com as memórias que me atingiram enquanto virava mais uma dose. Desceu queimando minha garganta mas eu já estava acostumado. Olhei para os lados,  eu não queria mais ficar aqui. Senti vontade de me divertir. Andei até meu quarto e me troquei. Roupas pretas, boné, máscara e óculos escuros. Logo peguei minha chave e minha mochila, despejei meu material na bolsa e saí de casa sem o carro. A placa era falsa para que não me localizassem caso me reconhecessem.

Andei rapidamente até uma área menos movimentada da cidade, perto de bares. As pessoas passavam por mim e nem me reconheciam, apesar de estarem atentas. Todos evitavam sair em horários de menos pico por precaução. Me sentei em uma parte menos movimentada e mal iluminada, observando as pessoais e de cabeça baixa sempre que alguém me encarava mais do que o necessário.

Meus olhos se prenderam em uma garota. Era igual a Hyseon. Seus cabelos, seus corpos, nacionalidade e até mesmo estilo de roupa. Era como ver Hyseon ali. A única diferença entre elas era que a garota tinha uma tatuagem na perna e um piercing no nariz. Era muito bonita.

Olhava para ela e minhas bochechas coraram, passei a imaginar Hyseon ali. Ela deve ter percebido que alguém a encarava porque logo olhou em volta e eu rapidamente abaixei a cabeça, tirando meu celular do bolso para parecer natural. Como anos atrás, com Hyseon. Depois de minutos voltei a olhá-la. Ela sorria em minha direção e fiquei nervoso, eu via o sorriso dela ali. Rapidamente me levantei e me afastei. Fiquei receoso dela me reconhecer e não arrisquei. Mas eu voltaria.

•••

- Por favor! Por favor! - A garota suplicou gritando, chorando, tremendo. Estava muito assustada.

- Shh! Shhh! - Silenciei-a, me aproximei sorrindo, passando a mão por seu cabelo. - Não resista.

- P-por favor... E-eu tenho f-família. - Ela se esquivou de meu toque atropelando suas palavras.

- Eu também tinha, querida. Relaxe. - Tirei minha faca da cintura. - Não irá doer nada.

•••

Joguei minha bolsa no chão quando entrei em casa. Fui direto para o banheiro. Me aproximei da pia e comecei a lavar minhas mãos. A água vermelha desceu pelo ralo, me fazendo sorrir. Olhei para o espelho e consegui ver respingos de sangue no rosto e minha camisa branca social também estava suja. Passei água no rosto mas então decidi tomar banho. Despi minhas roupas e deixei separada para não manchar nada, não que isso me importasse. Entrei debaixo do chuveiro e a água quente desceu por meu corpo. Comecei a rir enquanto mais água vermelha descia, o sangue da garota havia me deixado todo sujo. Foi realmente divertido.

Terminei o banho depois de também ter lavado o cabelo e coloquei só minha calça moletom branca. Me sentei em frente a tv e vi o programa policial ao vivo, estavam reportando o caso da menina que foi achada morta, a garota que eu matei. Jungkook chegou nesse momento.

- Eu deveria saber. Foi você, não foi? - Jungkook jogou sua pasta no sofá.

- Ainda pergunta? Era igual a ela. - Suspirei satisfeito.

- Você está complicando meu lado, Taehyung. Precisa se controlar. - Ele bufou.

- Você sabe que não consigo. Quando envolve ela, eu perco a cabeça. - Sorri.

•••

rooooi! sim, contei um pouco da história do taehyung hoje. vocês gostaram? espero que sim. é de especial de halloween do ano passado ok ksksksl eu tinha abandonado esse bônus.

enfim, obrigada por tudo! beijos <3

☇ Te achei, Hyseon &lt; | &gt; 𝐤𝐭𝐡 • 𝐤𝐣𝐬 (COMPLETA)Onde histórias criam vida. Descubra agora