Au, au, au, au...... grrrrr. Ops! Nem vi vocês aí! Vou aproveitar essa oportunidade para contar um pouco da minha vida...
18/05/2013
Dia da minha adoção
Era mais um dia normal para mim. Sendo muito novinha, era pequena e medrosa (prefiro dizer tímida) e vivia escondida atrás das tias do Patinhas Carentes (o nome do abrigo que me resgatou da rua junto com minha mãe e irmãos). Mal sabia que aquele dia mudaria minha vida para sempre...
Estava eu, normalmente sentada, olhando os visitantes no abrigo e vi entrar duas pessoas que estavam procurando por um cachorro. Observei que elas olharam minha mãe, depois meu irmão, e... ei! Estavam vindo na minha direção! Fiquei com uma tremedeira danada!
Elas me observaram e conversaram com uma das moças do abrigo. Não entendi direito o que falavam, mas reparei que estavam me olhando muito e citaram meu nome diversas vezes.
Lembro que elas me pegaram e me levaram para um lugar muito diferente. Confesso que fiquei com muito receio e medo delas, mas logo me acostumei muito bem! Era (e sou) muito apegada às minhas donas, tanto, que quando elas saíam de casa eu chorava muito e alto, até os vizinhos ouviam os meus uivos. Também mordia os fios de eletrodomésticos de nervosismo.
27/08/2014
Uma nova residente
Estava muito feliz no apartamento do primeiro andar com as minhas donas, Luisa e Cecilia. Tive até um aniversário com bolo de patê e tudo! Tínhamos marcado uma viagem longa, e no dia eu vomitei nos pés da mamãe Cecília no carro. Chegamos. Era inacreditável! Um quintal enorme para brincar, uma amiga felina, a vovó Lila, era perfeito!
Fiquei uns dias nesse paraíso, e percebi que nossa amiga felina (o nome dela era Mimi) estava diferente. Descobri então, que ela estava grávida! Ela teve um parto natural, e deu à luz a lindos filhotinhos, que eu mesma ajudava a banhar com a língua. Ficamos lá apenas pouco tempo depois disso, pois fomos de volta para Vitória e adivinha quem veio com a gente?! A Marie! Uma gatinha muito fofinha, filha da Mimi, que morou conosco por alguns anos...
08/11/2015
A vida no paraíso
Quando me contaram nem acreditei! Iríamos morar na casa da vovó (na verdade era avó da Luisa) Lila! Era um sonho realizado! A viagem como sempre, foi cansativa e com muito enjoo, mas com certeza valeu a pena! Foi muito bom reencontrar a vovó, a Mimi, e a Pipa. Era realmente maravilhosa a vida em Venda Nova, rolava na grama, brincava com as minhas donas, corria atrás dos quero-queros, dormia com as gatas, recebia massagem da Marie, e me divertia D+.
**/**/20**
Tempos de tristeza e luto
Parecia que nada podia dar errado, mas deu, TUDO ERRADO. Depois de algumas semanas de diversão, infelizmente peguei um bichinho chamado de berne, sofri muito, pois eles se alimentavam da minha carne. Recuperei-me com ajuda do veterinário e da vovó Lila, que espremeram para fora aqueles seres indesejáveis.
Numa manhã, fui toda feliz dar bom dia para minha dona, mas ela quase caiu para trás quando me viu. Tinha machucado o olho sim, mas não sabia o quão feio tinha ficado. Ninguém sabia o que tinha acontecido e todos ficaram preocupados. A verdade verdadeira é que fui perseguir uma moto e o cara me deu um chutão em cheio no olho.
Passado um tempo, a Pipa que era deficiente (tinha as pernas aleijadas) sumiu para sempre, nos dando a suspeita de que foi morta por cachorros. Foi um sentimento horrível perder alguém que você gosta tanto. Porém, essa temporada de luto se prolongou com o desaparecimento de Mimi, que nunca foi encontrada sendo que provavelmente faleceu de velhice, já que gatos se afastam quando estão prestes a morrer.
**/08/20**
A Alcateia
Depois dessa onda de tragédias e tristezas, havia sobrado apenas eu e a Marie. Estava desconsolada, mas meus amigos e donas me ajudaram a me alegrar um pouco. Falando em meus amigos, o pessoal do orquidário e eu decidimos formar uma Alcateia que está de pé até hoje e que me ajudou a recuperar a autoestima na época. Os nomes dos meus camaradas atuais são; He-man, Kika, Tinoco, que infelizmente perdeu seu irmão uns dias atrás, Faísca e muitos outros.
Exerci o cargo de anciã no grupo, já que sou a mais velha, e meu melhor amigo (um dos meus melhores amigos), Corisco, tomou a liderança. Sou muito feliz, com minhas donas, minha irmãzinha, meus amigos, minha Alcateia e minha casa.
Esse diário resume a história da minha vida até agora, espero que tenha gostado!!!
Brisa Brisola Camisola
Autora: Luisa Aioko Tanaka Knoblauch
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Diário animal: Como seria ser bicho?
CasualeEsta página foi criada com o intuito de publicar as produções escritas da disciplina de Língua Portuguesa feitas pela turma do 6º ano/2020 da escola Coopeducar - Centro de Educação e Cultura "SABER"