Construindo barreiras

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Apesar de estarem no outono , os jardins da mansão ainda continuavam verdes e vistosos .

Parecia mentira que já havia se passado um.mes desde que rejeitou Ruggero , na noite em que seus sogros jataram na mansão.

Antonella ligava quase toda a semana , para saber se estava correndo tudo bem com ela e com o bebê, uma atenção que só fazia bem para Karol.

Ruggero pareceu ter acatado o Conselho da mãe, de ficar mais em casa , porém Karol o tratava como um amigo, e cada vez que ele se aproximava , ela se esquivava , arrumando uma desculpa para não ficar perto dele. Não que tivesse deixado de ama-lo , mas foi o único jeito de sofrer menos . No horário do almoço , sempre exigia sua companhia , com a costumeira mania de dar ordens , porém Karol agia como se estivesse em outro mundo , no qual se fechou .

Por várias a noite ficava acordada , esperando ele chegar de algum lugar , que nunca ficou sabendo qual era , talvez estivesse se encontrando com a milhar de baton rosa . A agonia nunca a abandonou e sempre ficava com os ouvidos alerta , até ouvir o barulho do portão e de sesu pessos na calçada , na sacada do quarto . Só então ia dormir e por muitas vezes chorava.

Sua gravidez corria bem e uma leve barriga já dava para ser notada ,quando ficava nua em frente ao espelho. Na sua solidão a sua única companhia era criança que estava em seu ventre e tinha se tornado a sua razão de viver.

Candelaria ficava cada dia mais irritada ,principalmente por Ruggero sair quase todas as noites , o que Karol entendeu entre as duas . Provando mais uma vez o que Ruggero gostava mesmo , era viver , em torno do jogo de conquistas e traições!

Naquela manhã, o sol estava radiante e Karol pediu a Jorge que ajudasse trazer um dos cavaletes até a beira da piscina para começar um novo trabalho.
_ Obrigada Jorge!_ disse arrumando a tela num lugar onde a tela não batia sol em seus olhos .
_ O que vai fazer hoje? _ a olhou curioso .
_ Este lado da mansão . Está casa é muito bonita , vou ficar aqui , neste ângulo , de onde posso pegar o jardim.
_ Algum dia se puder , pode desenhar a Ana para mim ? Gostaria de ter alguns daqueles desenhos feitos a lápis... sabe para deixar , assim na frente da minha cama e dormir enxergando seu sorriso.
_Claro que faço! Me manda uma foto dela por mensagem, para fazer uma boa capitação de traços e providencio amanhã mesmo ! Ana lhe falou que elas chegam semana que vem ?
_ Me disse ontem . Não aguento mais de saudades.

Karol suspirou
_ Nem me fale , estou louca para abraçar minha mãe.

Jorge se afastou um pouco para atender uma chamada telefônica, indo para a sala dos fundos da mansão e Karol começou a esboçar na tela branca, com traços perfeitos o que queria retratar . Ele deixou que o lápis deslizasse dando forma a atividade que a mantivera ocupada em muitas horas de solidão e tristeza . A esperança de rever a mãe alegrava um pouco . Ao menos teria com quem converssar , nas longas tardes, em que ficava sozinha .

Sebastian havia ligado algumas vezes , tendo o cuidado de ter trocado o chip de seu celular, caso Ruggero desconfiasse de alguma coisa e o combinado foi que assim que Karol pudesse se ajeitar lá, na Argentina , daria um jeito de levar a mãe.

Já tinha penhorado as joias e depositado o dinheiro numa conta que seria transferido para de Sabastian , um dia antes de pegarem o avião . Faria isso para não ter problemas com fisco . O que conseguiu daria para viver um bom tempo , sem se preocupar, até arranhar um emprego para se manter .

Sabia que não seria fácil e que teria vários obstáculos para transpor não tinha saída , era tudo ou nada!

Sorriu com indigência , quando ouviu passos se aproximando , presumiu ser Giovanna , que tinha assumido o papel de protetora e amiga desde que a conheceu , no entanto , se enganou .

Um Tempo para Amar (Adaptação RUGGAROL) Concluída ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora