sunrise | juke (HIATUS)

☆ 1°

Oi oi, espero que gostem de ler dessa história assim como estou amando escrevê-la.

xoxo, gigi
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P.O.V Luke Patterson

Estava dirigindo até o lugar que se tornou meu lar à alguns meses, quando tudo começou a ficar um inferno dentro de casa, quando meus pais começaram a brigar e a descontar suas frustrações em mim, e quando para mim atingiu a gota d'água, tentaram me fazer desistir da música.

Eu tenho uma banda com meus dois melhores amigos, Alex e Reggie, chamada Sunset Curve, estamos nessa a uns 2/3 anos e a música sempre foi a minha paixão, meus pais nunca gostaram muito da ideia de o filho de 17 anos desperdiçar seu tempo com uma banda adolescente, mas até então nunca tinham me proibido de seguir o meu sonho, coisa que parece ter mudado.

Tem 1 ano que minha vida virou um inferno, terminei o colégio e resolvi que não tinha outra coisa que queria fazer diferente de música, foi quando tudo começou... toda a confusão em volta da Sunset Curve e de mim mesmo. Ainda não entendi o porquê de meus pais não aceitarem o que mais me faz feliz, e eu sinceramente não iria desistir do que mais amo, eu não iria desistir da Sunset Curve, eu não iria desistir da música e do meu sonho.

Estacionei o carro de qualquer jeito na pequena vaga que já era praticamente minha e desci até a areia, no mesmo lugar, parece que já estava marcado, sempre pronto pra mim. Estendi a toalha xadrez que carregava comigo e me sentei nela, abracei meus joelhos e enterrei minha cabeça ali, tendo apenas a linda vista do mar que hoje estava estranhamente calmo, ainda eram 5:10 da manhã, a praia estava vazia, ou deveria estar...

Ouvi um barulho parecido com um choro e eu sinceramente não havia prestado atenção à minha volta, então ao virar, vi a silhueta de uma pessoa, mais precisamente, de uma garota com cabelos cacheados. Ela estava na mesma posição que eu, mas diferente de mim, ela não olhava para a paisagem, ela estava chorando, e eu conseguia sentir sua dor; aquilo de certa forma me deixou angustiado, mas preferi não fazer nada.

Era como se eu estivesse apenas aproveitando sua companhia, mesmo sem ela saber que tinha uma companhia.

Eu continuei a observando e aos poucos ela foi parando de chorar, estava amanhecendo e o vento começou a aparecer, dando vida aos seus cabelos castanhos; ela parou para encarar o céu, e eu analisava cada movimento seu, como se estivesse hipnotizado.
A garota finalmente percebeu que não estava sozinha e olhou em minha direção, nossos olhares se cruzaram e naquele momento o sol a iluminou, deixando seu rosto com um reflexo dourado que me fez sentir o arrepio do vento com mais intensidade.

Ela era linda...

Eu tentava desviar o olhar do dela, mas tinha algo em seu rosto que me mantinha preso ali, com ela. A garota sorriu tímida e voltou a encarar o céu que agora estava claro, peguei meu celular e chequei as horas, eram exatas 6:00 da manhã, eu não queria voltar pra casa ainda, estava cedo, eu precisava de mais tempo, porém senti que ficar ali encarando uma estranha, também não iria me ajudar em nada, eu precisava descontar meus sentimentos, minha tristeza e minha revolta. Levantei e caminhei até onde a água ia, o suficiente para molhar apenas os dedos descalços de meu pé, sentia que estava sendo observado e sinceramente, gostava de saber que era ela.

Olhar para aquela garota e saber que despertei algum interesse nela, me deixou de certa forma, feliz? Não sei bem se é isso, e sei que parece estranho, nunca nem a vi, não faz sentido gostar de estar ali com ela, eu não sei nem o seu nome.