Um alto e rouco suspiro foi ouvido na grande cripta de granizo. A sujeira e o desgasto faziam a cripta parecer horrivelmente assustadora. O breu da escuridão fazia até mesmo os valentes tremerem de medo.
Temer o que você não conhece nas sombras sempre foi um dos desafios dos homens. Monstros horríveis sempre se escondem na mais profunda e deteriorada escuridão. Mesmo com o passar dos anos os mitos não mudaram. Nada que vivia na escuridão poderia ser considerado bom.
Quando na verdade, os verdadeiros monstros viviam entre os humanos diariamente. Dentro de suas cabeças, corpos, ao lado deles, monstros não viviam em escuridões. Monstros andavam livremente. Monstros não nasciam, eles eram criados. Moldados por uma sociedade que temia tudo o que não controlava ou entendia.
Aurora Gianni viveu na escuridão por anos, presa sozinha em uma escuridão que não parecia ter fim. Sepultada como a boa menina que era, castigada por pecados que não havia feito. Por 145 anos escuridão foi tudo que ela viu e sentiu.
Lutando a cada dia para que seu coração não fosse contaminado por cada gota de escuridão que a cercava. Mostrando por que era digna de uma segunda chance de viver, mostrando a grandeza que seu nome e sangue carregavam.
Se preparando para os grandes feitos que a esperavam, ganhando força para enfrentar os desafios que a esperariam quando ela voltasse a vida. Se consagrando perante a escuridão até que seus olhos finalmente fossem abertos. Levando consigo todas as lembranças dos anos que passou ancorada a escuridão.
Os olhos brilhosos de Aurora se abriram iluminado o denso breu que habitava dentro de seu caixão. Sua mente voltando a vida depois de tantas décadas adormecida.
O medo e o pânico começaram a passar por seu corpo quando ela não conseguiu se locomover no pequeno e estreito cubículo de madeira. Seus olhos brilharam com mais força quando suas pequenas mãos começaram a socar a tampa do caixão que a segurava.
Seus instintos lutavam para sair dali, seus pulmões queimavam pela força que ela estava fazendo e pelo pouco ar que mal entrava em suas narinas. Sua cabeça lhe dizia que ela precisava lutar para sair dali.
A escuridão estava quase se apossando dela novamente quando em seu último golpe ela conseguiu afastar a tampa do caixão para longe, seus olhos voltando para sua cor naturalmente verde. O ar mórbido da cripta entrou em seus pulmões. Lhe trazendo a sensação de vida novamente.
Seus olhos se adaptaram a escuridão enquanto seus pés descalços tocavam o chão da cripta antiga. Seus olhos confusos olharam para seu vestido que um dia havia sido um dos mais bonitos que tinha, mas que agora não passava de trapos.
Uma leve dor de cabeça a fez levar as mãos ao seu rosto. O sussurro seguinte a fez pular assustada.
Salvatore. Vá para a Pensão Salvatore.
Seus olhos ficaram vidrados enquanto Aurora caminhava até a porta pesada da cripta, com um movimento de mão a porta se abriu rapidamente. A luz da lua cheia alta no céu beijou sua delicada pele.
Aurora parecia um fantasma fúnebre enquanto andava pelos túmulos do cemitério indo em direção a densa floresta. A leve brisa fazia seu antigo vestido trêmular. Seus longos cabelos ruivos desciam livremente até parar em sua fina cintura.
Seu corpo caminhava no automático, seguindo as palavras que lhe foram ditas. A floresta escura parecia reverenciar a bela ruiva enquanto ela andava pelas árvores. A natureza acolhia o ser puro que pisava em sua terra.
Enquanto caminhava para seu destino, a mente de Aurora repressiva seus últimos momentos de vida. O caos da noite que acabou com sua vida, a imagem de seus dois melhores amigos mortos, sua belíssima casa destruída pelas chamas violentas, suas últimas palavras. Aurora morreu sem se despedir de seus amados pais.
Aurora havia morrido em um chão imundo onde nada representava a grandiosidade que ela merecia. Morta por uma simples bala. Se sua mente fizesse um pouco de esforço ela ainda conseguia sentir a dor da bala perfurando sua carne, o som do seu corpo caindo no chão duro e seus olhos fechando-se para a escuridão.
Raios e trovões faziam um show no céu assim que o corpo de Aurora chegou em frente à uma grande construção de casa. A leve brisa se tornado um vento muito forte. A natureza sentindo o momento chegando.
Bata na porta. Apenas lembre que acordou em sua cripta e que agora chegou aqui. Acorde, doce Aurora.
A delicada mão bateu na porta de madeira enquanto os lindos olhos verdes retornavam, uma expressão confusa encheu o rosto da figura ruiva assim que seus olhos observavam onde ela estava.
Como ela havia chegando até aquela casa? Por que ela estava ali? Mortos não deviam estar em algum cemitério? A cabeça de Aurora rodava com o tanto de perguntas que ela tinha.
Seus ouvidos captaram sons de passos vindo da parte de dentro da casa, um barulho de maçaneta se fez presente. O ar em seus pulmões se foi quando ela viu quem estava bem a sua frente.
Stefan Salvatore olhava para a garota em sua frente como se tivesse visto um fantasma. Que jogo doentio sua mente estava fazendo com ele agora? Não era possível o que seus olhos estavam vendo.
━ Aurora. ━ Sua voz saiu baixa em um sussuro, se questionando se aquilo era mesmo real e não apenas um sonho de sua mente traiçoeira.
¡ hey amores💗
¡ primeiro capítulo reescrito. esse capítulo se passa no capítulo 14 da primeira temporada para vocês se situarem.
¡ gostaram do capítulo? tá um pouquinho diferente do primeiro, mas pra confessar eu gostei muito mais desse.
¡ me digam, o que vocês esperam da aurora?
¡ não se esqueçam de comentar e deixar a estrelinha, isso ajuda e motiva muito.
¡ nos vemos em breve💗
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¹𝐀𝐔𝐑𝐎𝐑𝐄, klaus mikaelson (sendo reescrita)
FanfictionAurora Gianni era doce e pura. Com sua graça e beleza conseguia encantar todos ao seu redor, não havia uma pessoa que não se encantasse pela garota de pele alva e cabelos ruivo. Ela era linda em todas as suas formas. Klaus Mikaelson X OC Iniciada: 1...