8. to be so lonely

639 59 115
                                    

Liv parou em frente à porta de Frenkie e não teve coragem de tocar a campainha

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Liv parou em frente à porta de Frenkie e não teve coragem de tocar a campainha. Uma parte dela esperava que ele tivesse a iniciativa de falar com ela, mas a outra parte, a mais racional, sabia que era ela quem tinha que dar o primeiro passo. Mas, não sentia que aparecer na casa dele sem avisar era a forma correta de fazer isso.

Pelo menos, foi isso que ela se convenceu, depois de entrar no primeiro táxi que passou pela rua e voltar para sua casa. E, para Manon, ela disse que havia desistido de falar com Frenkie, porque ele teria um jogo importante no dia seguinte e não queria distraí-lo. Claro que a francesa não acreditou nem por um segundo, só que sabia que Liv não iria admitir que tinha desistido.

O jogo, pela Champions League, naquela quarta-feira à noite, havia sido positivo para o Barcelona, conquistaram os três pontos dentro de casa com uma goleada. Andrés tinha convencido todos de assistirem em sua casa, com muita cerveja e gritos de emoção, foi como uma pequena tortura para a jornalista holandesa, ver seu melhor amigo e sentir que estava o perdendo. Mas, ela não podia ficar bêbada novamente, então, apenas observava todos os seus amigos tomando latas e latas de cerveja. Liv se recusava a ir trabalhar de ressaca, como dias antes, e não queria dar mais motivos para que Manon a achasse uma completa maluca desenvolvendo um problema com álcool.

Frenkie tinha jogado bem, a cada jogo mais ele mostrava seu talento e competência. Estava conquistando a torcida, o treinador, sua posição e sua afirmação no time que sempre havia sonhado jogar. Mas, naquele jogo em especial, ele tinha uma motivação a mais, uma que ele não estava acostumado: raiva.

Raiva, porque quando encontrou com Sander pela manhã e ele perguntou como havia sido com Liv, não sabia do que ele estava falando. Provavelmente, era a primeira vez que realmente sentia raiva dela. Ela não tinha o direito de desistir de falar com ele, não depois dele ter sido sincero e vulnerável com ela daquela forma, Frenkie merecia mais. Ele sabia, Sander sabia e Liv sabia.

Liv sabia porque era a melhor amiga dele, o conhecia melhor que ninguém e também se conhecia, ela nunca quis magoar ele, mas ela era uma bagunça e Frenkie era calmo e quieto, o total contrário dela. Ela sabia que pessoas como ela costumavam magoar pessoas como ele, e ela não suportava essa ideia.

Depois do jogo, assim como Liv, Frenkie resolveu beber com o amigo. A ideia foi de Sander, para irem num bar, Frenkie, mesmo sem muita vontade de ir, concordou. Eles acabaram num dos bares mais famosos de Barcelona, o que, provavelmente, deixou Sander mais animado do que deveria. Especialmente na hora que encontraram Shakira e Piqué na área VIP.

Frenkie não conseguiu não pensar, ainda mais, em Liv. Ela estaria surtando se estivesse ali.

O casal os chamou para se sentarem na mesa deles, Sander aceitou rápido demais. E eles beberam, e estavam felizes, alegres pelo álcool. Mas, Frenkie ainda parecia estar na Lua. Foi a cantora colombiana que perguntou qual era o problema e Sander contou sem poupar detalhes, do momento em que Frenkie conheceu Liv até a ligação que tivera com ela no dia anterior.

FINE LINE | FRENKIE DE JONG Onde histórias criam vida. Descubra agora