A minha luz foi embora...

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1 mês e meio depois:

Kenma pov:

Faz tempo que não digo o que se tem passado, porque não há nada de jeito para contar. Tenho meio que "evitado" S/n este tempo todo...Sim eu estou a fazer o que o Tobio e a Sayori me disseram... tenho medo que lhe aconteça algo e só de pensar nisso está a magoar-me muito por vários motivos, e um deles é eu ter que não olhar nos olhos e dizer o que se passa. Ela está numa pilha de nervos por isto e a culpa é toda minha...

AGR! Se eu pudesse fazer algo...

os meus pensamentos foram afastados por uma menina de olhos (seus olhos) e cabelos brilhantes. S/n se eu pudesse fazer algo....

S/n— Kenma podemos falar? É importante.- não me olhou nos olhos. S/N DESCULPA....

Estávamos em minha casa, na sala. Sentei-me numa poltrona que ali estava e ela fez o mesmo mas no sofá. Eu Estava com cara neutra, a mesma de sempre desde depois daquela conversa à um mês e meio. Ela estava nervosa, olhava para mim e depois para as mãos. Elas estavam entrelaçadas, ora movia os dedos à volta do anelar, ora voltava a enterlaça-los e depois olhava para mim.

Ficamos naquele silêncio constrangedor, não era mais aquele silêncio que tínhamos quando estávamos abraçados ou simplesmente aquele silêncio que tínhamos quando ficávamos apenas a olharmo-nos. Tenho saudades deste silêncio, um que transmitia confiança. Este era o contrário, não era confiante... não gosto.

— O que precisas de falar?- fintei as cortinas atrás dela.

S/n— Olha-me nos olhos e pergunta isso outra vez.- o tom de voz era de irritação

Olhei ela nos olhos e senti lágrimas nos meus. Tentei controlar a respiração para não gaguejar

—O que precisas de falar?- Merda. A voz saiu trêmula

S/n— Porquê? Porque estás a ser assim comigo Kenma?! À um mês e meio não falamos direito!! O que se passa?

—Eu... eu não posso contar S/n,- abaixei o olhar- é muito delicado e pode acabar por te magoar.

S/n—MAGOAR?!- gritou em fúria- como algo como tu estás a fazer pode magoar. KENMA ESTÁS DIFERENTE.

—MAS ESTOU DIFERENTE POR TI!! Confia S/n- estava a chorar- poxa, eu não posso contar pois as consequências serão piores...

S/n— Não confias em mim para contar o que se passa?!- o que ela quer dizer com isto?

—Claro que confio.... mas isso não é o motivo por eu não te contar.

S/n— ENTÃO DIZ-ME QUAL É!- levantou-se bruscamente do sofá

—Eu...

" se contares o que se passa, ela será minha Kenma"

—Eu não posso dizer S/n...

Olhei para baixo, sabia que um dia isto iria acontecer mas, não me ocorre nenhuma solução se eu contasse. Vi um brilho no chão e reparei que...NÃO!! ISTO NÃO!!

S/n— então este colar não faz mais sentido-a voz dela estava trêmula. Ela atirou o colar que lhe dei no nosso encontro para o chão. Antes de sair da sala proferiu- vou ficar uns dias na Casa do Noya

—S/n... eu... desculpa

S/n— dá me tempo e espaço...

E abandonou a sala onde estávamos. Senti uma sensação que não experimentava à muito... a sensação de cair de um precipício. Tudo ficou escuro... a luz que S/n era para mim, foi-se e TUDO POR MINHA CULPA. PORQUÊ? PORQUÊ ISTO A MIM?

O amor entre um Corvo e um GatoOnde histórias criam vida. Descubra agora