Erotismo e luxúria no mosteiro

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Pode isso produção?
Pode sim!

Sabemos que muitas mulheres eram enviadas aos conventos por terem  perdido a virgindade, por terem engravidado, mesmo que essa gravidez fosse fruto de um estupro.

A pena era a clausura, o banimento ou o degredo.
Outro fato interessante: algumas freiras do convento de Santa Ana de Vila de  Viana não primavam pela castidade.

As religiosas do convento de Santa Ana de Vila de Viana tinham nas proximidades várias casinhas aonde iam, fora de clausura, com pretexto de estarem ocupadas a cozinhar, e recebiam ali homens que entravam e saíam de noite, denunciou em 1.700 o rei, em Lisboa. Nas celas os catres rangiam, os corpos alvos das freiras suavam sob o calor dos nobres, estudantes, desembargadores, provinciais, infantes. Os gemidos eram abafados com beijos.
Ana Miranda, em trecho do texto de introdução de “Que Seja em Segredo”.

Todavia, se o prazer e o desfrute do corpo era um veto para a mulher, que dirá para uma religiosa, para uma freira, para uma enclausurada.
Havia censura, assim como no mostra a poesia de Antonio Lobo de Carvalho dedicado a uma freira do porto, com quem teve amores em sua mocidade:

Outra história interessante é a de Juana de Leeds, nascida no século XIV, a qual foi descoberta por uma equipe de investigadores da Universidade de Leeds, num pergaminho escrito pelo arcebispo William Melton

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Outra história interessante é a de Juana de Leeds, nascida no século XIV, a qual foi descoberta por uma equipe de investigadores da Universidade de Leeds, num pergaminho escrito pelo arcebispo William Melton.

Esta freira, safadinha, forjou a própria morte, para viver uma vida de luxúria.

Segundo o site Insólito, esta façanha foi registrada no convento em York.
A mensagem, escrita pelo arcebispo William Melton em 1318, instava que a freira deveria regressar ao convento de St. Clement, depois de as suas falcatruas terem sido descobertas...

O documento frisa que a religiosa tinha caído no "caminho da luxúria carnal". Para se libertar, a freira teve a ideia de encenar a própria morte.

Criou um manequim e engendrou um falso funeral, conseguindo com a ajuda de cúmplices e criminosos, o enterro fraudulento em um espaço sagrado destinado a religiosos locais...

Eita!
O que a libido e a luxúria não fazem? Rs.
Quem nunca arrumou treta por conta de sexo e prazer?

Outra freira espertinha...

Outra freira espertinha

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Mariana Alcoforado

Soror Mariana Alcoforado nasceu na cidade de Beja, em 1640. Ingressou no Convento de Nossa Senhora da Conceição com apenas 12 anos, determinada a dedicar a sua vida ao Senhor.
A sua vocação religiosa ruiu quando conheceu o cavaleiro francês Noel Bouton, marquês de Chamilly.Entre os dois surgiu um amor impossível, do qual as "Cartas Portuguesas" são um belíssimo testemunho.

Fragmentos da Primeira Carta

(...) Cessa, pobre Mariana, cessa de te mortificar em
vão, e de procurar um amante que não voltarás a ver, que atravessou mares para te fugir, que está em França rodeado de prazeres, que não pensa um só instante nas tuas mágoas, que dispensa todo este arrebatamento e nem sequer sabe agradecer-to. Mas não, não me resolvo, a pensar tão mal de ti e estou por demais empenhada em te justificar. Nem quero imaginar que me esqueceste.
Não sou já bem desgraçada sem o tormento de falsas suspeitas? E porque hei de eu procurar esquecer todo o desvelo com que me manifestavas o teu amor?
Tão deslumbrada fiquei com os teus cuidados, que bem ingrata seria se não te quisesse com desvario igual ao que me levava a minha paixão, quando me
davas provas da tua.

Fragmentos da Segunda Carta

(...) Terá sido então inútil todo o meu desejo, e não voltarei a ver-te no meu quarto com o ardor e arrebatamento que me mostravas? Ai, que ilusão a minha! Demasiado sei eu que todas as emoções, que em mim se apoderavam da cabeça e do coração, eram em ti despertadas unicamente por certos prazeres e, como eles, depressa
se extinguiam. Precisava, nesses deliciosos instantes, chamar a razão no meu
auxílio para moderar o funesto excesso da minha felicidade e me levar a pressentir tudo quanto sofro presentemente. Mas de tal modo me entregava a
ti, que era impossível pensar no que pudesse vir envenenar a minha alegria e impedir de me abandonar inteiramente às provas ardentes da tua paixão.

(...) Apesar disso, não estou arrependida de te haver adorado. Ainda bem que me seduziste. A crueldade da tua ausência,talvez eterna, em nada diminuiu a
exaltação do meu amor Quero que toda a gente o saiba, não faço disso nenhum segredo; estou encantada por ter feito tudo quanto fiz por ti, contra
toda a espécie de conveniências. E já que comecei, a minha honra e a minha religião hão de consistir só em amar-te perdidamente toda a vida.

(...) Desde que partiste nunca mais tive saúde, e todo o meu prazer consiste em repetir o teu nome mil vezes ao dia. Algumas freiras, que conhecem o estado
deplorável a que me reduziste, falam-me de ti com frequência. Saio o menos possível deste quarto onde vieste tanta vez, e passo o tempo a olhar o teu
retrato, que amo mil vezes mais que à minha vida. Sinto prazer em olhá-lo, mas também me faz sofrer, sobretudo quando penso que talvez nunca mais te veja, porque fatalidade não hei de voltar a ver-te? Ter-me-ás deixado para sempre? Estou desesperada, a tua pobre Mariana já não pode mais: desfalece
ao terminar esta carta. Adeus, adeus, tem pena de mim!

Fragmentos da Terceira Carta

(...) Ai, como sou digna de piedade por não partilhar contigo as minhas mágoas, e
ser só minha a desventura! Esta ideia mata-me, e morro de terror ao) pensar que nunca te houvesses entregado completamente aos nossos prazeres.Enganaste-me sempre que falaste do encantamento que sentias quando eslavas a sós comigo. Unicamente à minha insistência devo os teus cuidados e a tua ternura.

(...) perdi a reputação, expus-me à cólera da minha família,a severidade das leis deste país para com as freiras, e à tua ingratidão, que me parece o maior de todos os males.

(...) sinto um prazer fatal por ter arriscado a vida e a honra por ti. Não deveria oferecer-te o que tenho de mais precioso? E não devo sentir-me satisfeita por ter feito o
que fiz?

Adeus; parece-me que te falo de mais do estado insuportável
em que me encontro; mas agradeço-te, com toda a minha alma, o desespero
que me causas, e odeio a tranquilidade em que vivi antes de te conhecer
Adeus. O meu amor aumenta a cada momento. Ah, quanto me fica ainda por dizer...

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