Noah Urrea

19- anos após o trágico acontecimento.

(7 anos depois)

- Bom dia meu amor!

- Bom dia- falo sem vontade de responder.

- dormiu bem?

Me levanto da cama sem ao menos dar atenção para a pergunta desse idiota que é o meu noivo, sim o meu noivo.

(Flashback on)

- isso é algum tipo de brincadeira? Porque é nítido que eu nunca me casaria com o Pedro! Tipo assim mãezinha, EU ODEIO O PEDRO, e muito obrigada pai, fico imensamente feliz por você ir contra os seus valores e me arranjar um casamento forçado!!!

- s/n você já é uma mulher, médica, bilíngue, inteligente, o que te falta é um marido!

- Ah mãe, me poupe, o que me falta é paz e uma família com sanidade mental.

- você aí se casar com ele sim e ponto, você não tem escolha, Pedro é um ótimo partido e você vai se casar com ELE!

- Vê se eu aguento, 25 anos e ainda vou ter que me casar por outra ignorância dos meus pais, hahahahah.

(Flashback off)

Sim, vou me casar com um riquinho idiota que eu não amo, oh que maravilha. Minha família me obrigou a isso pois estava ficando velha para ficar solteira e como eu não arranjei nenhum namorado depois do Noah a função de arrumar um marido para mim, foi atribuída a minha família, sem a minha permissão é óbvio, mas se vocês acham que isso vai ficar assim, não vai não amor, BOA VAI NÃO!

[...]

- Amor quer que eu te leve no seu trabalho?

- tenho um carro e sei dirigir, não preciso de você!

- por que você me trata assim?

- não se faça de vítima, você acha que eu esqueci o que você fez na nossa primeira discussão?

- aquilo foi um erro, não vai se repetir.

- eu não ligo se vai ou não se repetir, já está feito! Agora me deixe em paz.

Pedro me bateu quando eu discordei dele, mas não foi só na nossa primeira discussão, ele pode ter me agredido fisicamente apenas nela, mas as agressões verbais que recebo a cada discussão mínima que temos machucam muito mais, eu o odeio, odeio como nunca odiei ninguém, mas meu plano está pronto para ser executado.
Hoje a noite, pego as minha malar e vou embora, estou indo embora para o Canadá, já tenho emprego e moradia, lá vou ser feliz e realizada... Quer dizer, não totalmente, mas vou ser feliz, eu não preciso ser totalmente realizada.

[...]

- última chamada para Alberta, Canadá!

- aqui vou eu neném!

Entrei no avião e procurei o meu lugar, sentei me e esperei a decolagem.

[...]

enfim cheguei na casa que comprei, na MINHA casa, espero que aqui ninguém me ache, o único que sabe o meu paradeiro é o meu irmão, Ah e estou muito feliz aqui, mas estou com saudades dos meus pais, eu sei que talvez eles não tenham feito por mal, eu sei que não fizeram, mas tudo bem, ainda dá tempo de se desculpar.

[...]

Escuto o barulho da campainha e corro para atender, desço as escadas como doida, quase caio, mas chego inteira e a tempo de atender, quando abro a porta me deparo com uma senhora loira dos olhos claros, azuis como o céu, ela segura um prato com biscoitos e tem um sorriso contagiante no rosto.

- olá querida, sou Úrsula, sua vizinha! Vim dar as boas vindas a você e a sua família.

- obrigada! Isso é muito fofo. Eu estou morando sozinha na verdade. A senhora gostaria de entrar?

- não quero incomodar querida!

- não é incomodo nenhum, aliás é um alívio, a casa é grande demais apenas para mim, é solitária. Aliás meu nome é s/n, prazer em conhece lá.

- lindo nome! Está gostando daqui? De onde você veio querida?

- eu amo aqui, é maravilhoso. Eu sou Brasileira, mas morei muito tempo em Portugal.

- Ah adoro Portugal, uma ótima cidade e lá tem ótimas pessoas.

[...]

Eu e a Sra. Beauchamp conversamos por longas horas, ela é uma ótima pessoa e muito gentil, ela também me convidou para jantar em sua casa amanhã, disse que irá me apresentar seus filhos e alguns amigos, eu adorei a idéia, afinal não conheço ninguém aqui, além dela é claro. Não sei de onde, mas já ouvi falar no sobrenome dela, não me lembro, mas tenho certeza que já ouvi em algum lugar, bom enfim, isso não importa, deve ser coisa da minha cabeça.

[...]

- só um momento por favor!- desço as escadas correndo e com cuidado para não tropeçar e poder atender a porta- Boa noite como posso ajudar?

- oi, tudo bem? Eu sou a Tay, sou sua vizinha de frente e vim te dar as boas vindas!

- oi, muito prazer, meu nome é s/n, estou bem obrigada! Você gostaria de entrar?

- hoje não, muito obrigada, eu tenho um compromisso, vou dançar com o meu amigo, mas eu venho te fazer uma visita algum dia desses. Até logo s/n!

- até logo! Obrigada pelas boas vindas e boa dança!

- obrigada!

[...]

Estou lendo um pouco antes de dormir e percebi que meus dias serão muito solitários aqui, porém, acho que vou comprar um cachorro, vai ser ótimo terei companhia, uma companhia que não me agride e muito menos é desagradável. É isso, vou comprar um cachorro! Acho melhor eu dormir já estou pensando em comprar um gato também e talvez um hamster quem sabe... Vou dormir, mais dois minutos e eu vou querer uma cobra e um porco espinho, se bem que um furão não cairia mal, eles são tão dóceis e fofos. NÃO, EU VOU DORMIR, O CACHORRO JÁ É SUFICIENTE!

nota da autora: aí aí, essa Úrsula Beauchamp me lembra alguém, quem será??? Hahaha

Capítulo não revisado.

BEIJOS!

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