DOIS

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Boa tarde, amores ☺️

Nova semana, capítulo novo.

Espero que gostem...

CLAWS

Damon conversava com Oásis e Bund quando saí do estacionamento. O Pres sinalizou para que eu me aproximasse. Olhei na direção de Carolyn e a vi de pé apenas de biquíni, passando protetor no seu corpo delicioso que mesmo de longe despertava o meu como a porra de um vulcão adormecido, desesperado para entrar em erupção.

— Estamos monitorando cada movimento do Ramiro, mas a vigilância acirrada do FBI não vai durar muito tempo — Damon falou. — Ax não quer se envolver nessa merda e só vai interferir se o mexicano não entregar a mercadoria que prometeu.

— Quanto tempo você acha que vai demorar para ele atacar de novo? — Oásis perguntou.

— Com a investigação de Marshall em andamento, Ramiro não vai arriscar tão cedo. É por isso que pretendo...

Enquanto escutava a negociação entre os dois presidentes, um calafrio perpassou minha coluna. A velha sensação de perigo rondando. Meus olhos varreram a praia de uma ponta a outra à procura de alguma coisa que justificasse a inquietude que se alojou em minhas veias.

Cruzei os braços e aproveitei a proteção dos óculos de sol para verificar o perímetro sem que ninguém notasse. Carolyn se levantou e caminhou para o mar, chamando a atenção dos irmãos que se espalhavam pela extensão de areia ocupando todos os espaços.

A distância entre nós não chegava a vinte metros, perto o bastante para admirar seu belo traseiro, mas longe demais para protegê-la, caso fosse preciso.

— Qual o problema, irmão? — A pergunta de Damon tirou meu foco, só então percebi que os três homens tinham pausado a conversa e me encaravam com cenhos franzidos.

— Estamos sendo vigiados — falei, conferindo a pistola presa ao cós da calça jeans.

— Tem certeza? — Oásis indagou recuando um passo e olhando para os lados, Bund xingou baixo, e Damon sacou sua arma.

— Chamem os irmãos para fazer uma varredura. — Encarei o presidente do Black Panthers. — Vamos ser atacados.

O ronco de motor vindo do estacionamento chamou minha atenção. Eu reconheceria se fosse uma das Harleys ou Choopers dos irmãos, contudo, aquele som inconfundível era da Kawasaki Ninja Zx-14R, uma das motocicletas mais rápidas do mundo que vinha sendo utilizada pelos mafiosos irlandeses, que haviam declarado guerra aos italianos e russos nos estados de Vermont e Maine, em suas rotas de fuga.

Em uma fração de segundo, os raios do sol refletiram sobre a mira do rifle posicionado em algum lugar nos fundos do estacionamento, mas o que fodeu o meu poder de raciocínio foi a direção que o desgraçado apontava.

— CAROLYN! — gritei exasperado, enquanto corria como um fodido velocista até onde ela estava, totalmente alheia ao que estava acontecendo, assim como todos os irmãos.

Cheguei a tempo apenas de segurar seu corpo flácido, mas não para protegê-la da bala que atingiu suas costas. Seus olhos cravados nos meus, antes de se fecharem, me disseram muito mais do que a cadela jamais admitiria.

— Não! Não, porra! Não! — Sangue jorrava do buraco feito pelo projétil em seu ombro.

De repente eu estava cercado por mais de dez pessoas, amparando o corpo de Carolyn na beira da água. Não ouvi nada nem vi ninguém enquanto saía do mar e a levava, inconsciente, até a calçada.

CLAWS - Meu Inferno Pessoal - Série MC Black Panthers - Livro 3 (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora