Peter August "Claws" Stockwell executor do Black Panthers é um homem marcado por seu passado. Calado, observador e letal, nem sempre ele foi o assassino cruel, impiedoso dos Estados Unidos. O loiro com o corpo coberto por tatuagens e lindos olhos az...
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Boa noite, amores!!! Demorei, mas cheguei 😁 Capítulo novo para vocês Espero que gostem 🖤
LYN
Emma me contou que estava grávida.
Eu queria ficar com a Emma.
Ela é minha esposa.
Emma me contou que estava grávida.
Eu queria ficar com a Emma.
Ela é minha esposa.
Emma me contou...
Meu cérebro sofreu um looping e aquelas frases se repetiam, se repetiam, e se repetiam, como se ele tivesse perdido a capacidade de processar qualquer outra merda. Peter Stocwell amou uma mulher com quem pretendia se casar, e ela foi gravemente ferida e estava viva.
Foda-se que ela só continuava respirando porque seu corpo estava ligado à uma máquina. Ela estava viva e era esposa dele.
ESPOSA! Eles se casaram. Ele era marido dela.
MARIDO! Ele ia ser pai. Ela ia ser a mãe do filho dele. Peter amou Emma e queria ficar com ela. Com ELA.
Um zumbido estalou no meu ouvido, fiquei confusa, pisquei várias vezes, tentei entender o que estava acontecendo e me esforcei para não chorar. Prendi o ar, agarrei aqueles pensamentos que me machucavam e os arrastei até o canto escuro da minha mente. Me recusava a pensar sobre eles e queria guardá-los com todos os outros que eu mantinha naquele lugar secreto, que há tempos não visitava.
Ouvi uma voz chamar meu nome, mas não conseguia ver nada no meio daquele breu que me cercava. Era fácil de entrar naquele cantinho escondido, mas muito difícil de sair e sempre que encontrava a saída, era como se deixasse uma parte minha lá dentro.
Talvez fosse um tipo de pagamento que meu cérebro cobrava pela locação do espaço e pela manutenção que mantinham as lembranças intactas, frescas, limpas e organizadas.
Uma cortina de fumaça, densa, cinzenta, cobria tudo a minha volta, enquanto a voz seguia chamando meu nome. Cada vez mais desesperada, cada vez mais distante.
Meu peito parecia cheio, inchado, como se fosse explodir.
Minha cabeça doía, meu ombro latejava quando eu tentava mover o braço no ar para afastar a fumaça. Um cheiro forte invadiu minhas narinas. Uma mistura de bebida, uísque e cigarro.
Corri para longe o mais rápido que pude.
Não queria sentir aquele odor porque eu sabia quem fedia daquele jeito. Minhas pernas se moviam rápido, pés afundavam na lama e braços formigavam em protesto, mas eu não podia parar.
Tossi, inalando a fumaça do cigarro durante o esforço. Senti falta de ar, ofeguei e parei para recuperar o fôlego. Me abaixei com as mãos nos joelhos, corpo dobrado, cabeça baixa. Lutei com todas as forças para não desabar no chão lamacento, não queria voltar para aquele lugar fedido que um dia chamei de lar. Não depois de tanto tempo.
