Capítulo 9

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 A nova alvorada chegava , para acariciar a terra , e Apollo , se via tentado a vida por raios luminosos e azulados claros que entrepassavam as cortinas das sombras do grande mar . O mesmo se sucedia no quarto ao lado , onde o barulho para levantar era evidente , Apollo notou que seu quarto estava mais organizado , mas as coisas estavam fora de ordem , como a si mesmo , era como se houvesse qualquer contato subjacente entre ele e o lugar .

Pensava talvez se houvesse alguma relação entre as portas , e seus interiores , talvez como uma relação corpo-alma , e foi de pronto verificar sua porta , sagazmente inspirado em livros de mistério , o corredor que antes era cheio de faunos e criaturas místicas , revelava o inicio de um esboço no campo longe da floresta , de um rapaz , que identificava a sua forma , ficou impressionado e foi correr para a Porta de íris a qual nunca havia reparado ...

a porta era invadida pelas folhas da sua própria porta ... e os detalhes adicionais eram um tanto confusos era mais como um quadro surrealista de sofrimento humano , mas parecia que havia uma porta no ar , onde via cabelos semelhantes aos teus ... isso fizera sorrir o coração de Apollo , sorriu mais que o fino sorriso estampado em sua face , que voltou-se rapidamente para seu quarto , para se aprontar para mais um dia de trabalho duro .

Quando voltava para o quarto , as coisas pareciam mais felizes também , era tudo mais feliz e mais incerto , e pensou ... se olhasse para Iris talvez seu quarto se arrumaria de outro modo , e foi o que fez , mas ao ultrapassar a porta e vê-lo ali , sentado como ele mesmo em dias mais sombrios , perdeu a curiosidade por si , e foi sentar junto a ele .

-bom dia ... Iris - falou olhando severamente para frente , pois poderia se descontrolar .

-por que você está assim sério ?- falou custoso .

-não posso perder o controle .

-hahah ...

-por que você se porta assim triste ?

-eu estou com sono , Apollo . - falou certo .

-talvez eu tenha te contaminado , me sinto no teatro ''um sonho deu um homem ridículo , de do Fiódor''.

-que ?

-nada ...

-acho que você não me contaminou .

-achas mesmo - falou com um pouco de timidez .

-não de forma negativa , acho que a abertura na porta ... significou muito pra mim dessa vez .

-houve outra .

-sempre há .

-...

-eu me sinto vulnerável , sinto-me a mim mesmo , como se mesmo despedaçado ,por vezes , alguém me olhasse como se estivesse inteiro - corou -.

-está falando de mim - corou -.

-talvez...;você , me olharia da mesma forma , se estivesse despedaçado .

-sim . - um corte súbito interrompeu-lhe .

- obrigado , Apollo ... nunca tive , um amigo .

-vamos - falou se levantando e se pondo de frente a Iris .

-com certeza , você nunca acordou esse horário , talvez se for rápido consiga tomar café com Anelis , ela pode te responder quase qualquer coisa ... acho que gostará já que é curioso .

-não sou curioso .

-imagino que não .

-eu vou indo na frente hoje - virou-se rapidamente , e passou os braços por baixo dos de íris e o tentou levantar , era um abraço seguro , e doce .

Das Angústias do Mar NegroOnde histórias criam vida. Descubra agora