Quando acordou , o mar balançava com um pouco mais de maestria e o barquinho ao qual estava alojado , estava preso a um barco um tanto maior , que se possível ver descreveria como um grande barco forjado no coração da era barroca , e com características indiscutíveis da idade gótica , suas laterais saltavam os olhos para os detalhes . Contavam histórias de tempos ancestrais , eram talhados santos e deuses de culturas que a muito se extinguiam . Ventura via que o rapaz se mexeu .
—já acordou criança - disse em tom jocoso - .
—Eu não sou criança , e imagino que sim ... já que eu não enxergo nada como saberei se não estou dormindo .
—Deves saber pequeno , deverá saber - falou Lucca que já recolhia os remos e os prendia nas laterais do pequeno barco .
Ventura se virou , e contemplou a criatura , semelhante a um verme bebê que não sabia se queria crescer ou continuar comendo folhas para o resto da vida , terrivelmente um adolescente
—amarre as cordas nos cantos do bote .
Com muito esforço e ainda custoso Apollo tratou de ajudar na tarefa .
-Iris , peça para que puxem !! - bradou Ventura
-tudo bem .- disse um voz distante , mas não muito , não o suficiente para erradicar a curiosidade de Apollo .
Foi uma simples frase , mas incrivelmente fascinante para despertar a curiosidade de Apollo parecia uma voz jovial , de tons médio aveludada . Ele logo a associou a voz de uma mulher , mas não tinha certeza afinal tudo aqui era um tanto escuro . Apollo olhava os reflexos deles enquanto subiam o barquinho , no grande espelho negro , e tudo que mostrava era silhuetas , e como eram semelhantes , tão incrivelmente semelhantes .
A luz azul destacou , algumas coisas , Iris estava com um chapéu imenso que cobria-lhe quase a totalidade do rosto .
O barquinho chegou a posição lateral do barco , e já estava sendo providenciada ajuda para descer as malas do rapaz , Noah e Elis se mostravam muito dispostos a ajudar , e trataram de carregar os materiais para o aposento do rapaz , que era como um cão cego .
-vamo pule - ordenou Iris
-Não sei pra onde , não me sinto bem , estou deveras fatigado .
-Melhor assim , você vai se acostumar - pegou a mão de Apollo - vamos de um passo você consegue .
Foi um passo desastroso , não sabia se era pelo toque ou se era por não ver ,como aparentemente tudo que faz desde que tinha seus 13 anos de idade , foi um tropeço e quase caiu , mas íris o segurou e olhou nos seus olhos , como qualquer drama romântico prediz . Apollo ficou lisonjeado ali nos braços de íris .
-Vamos , se disponha , não sou sua muleta !
-A angústia ... a angústia é a muleta da vida - uma voz um tanto quanto rouca veio de trás deles -
-Bom di..; Olá , senhor ?
-olá , rapaz . - existia um certo grau de empate na voz .
-Você parece um pouco triste - olhando para um lado onde aparentemente não havia ninguém .
Um trovão estrondoso , que seria ouvido a distância pelo próprio Beethoven soou quando ele afirmou tal sentença .
-não tenhas tanta certeza , isso é perigoso por aqui , a Angustia é a única coisa que se pode confiar , ou melhor , deveria ?
-Não sei , deveria ?
-Hahahah - uma risada um tanto acolhedora , que Apollo logo identificou a um idoso .
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Das Angústias do Mar Negro
Storie d'amoreApollo , é um jovem como qualquer outro , cheio de indecisões , e para honrar o nome de sua família decide ir para o grande Mar , mas não esperava que encontraria lá , uma verdadeira paixão , ou uma sombra .