Mães

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pspspspsps: obg pelos 14K de leituras!!!! <3  lov u!

Sempre que você está com alguém que tu gosta, o tempo passa rápido. Esse tinha sido um dos mals daquela tarde.

Ah... aquela tarde...

Nem parece ter sido real, tantas coisas aconteceram em pouquíssimas horas! O dia tinha começado normal: aula até perto do meio dia, sem horário vespertino, todos os alunos saíram mais cedo naquele dia.

E na volta para casa, Eijiro quase é atropelado! Mas felizmente lá estava seu vizinho e mais antigo amigo de infância pronto para salvá-lo.

Claro, Katsuki não era um herói e não conseguiu impedir todos os acontecimentos, ou seja por descuidado de Kirishima os dois saíram machucados ( porém vivos ) do quase atropelamento.

E foi essa experiência de estar um fio da morte que levou os dois a se aproximarem novamente. Mesmo com a dificuldade de comunicação.. os dois conseguiram! E como estavam felizes em finalmente se falarem de novo.

Entretanto, a alegria durou pouco.

Um ciúmes de terceiros acabou invadindo aquela tarde cheia de acontecimentos peculiares. Ocorreu até discussão no meio do shopping! Não é possível dizer que tudo foi resolvido pois Kaminari Denki ainda está chateado com Bakugou Katsuki, e a situação não vai mudar até os dois esclarecerem as coisas.

E para terminar aquela tarde, os dois passaram o resto do dia no sofá da sala dos Bakugous, Katsuki era o professor do dia e Eijiro o aluno bastante exemplar.

Tudo isso em menos de 6 horas. Definitivamente foi um dia agitado, e ficou mais ainda quando a chave da porta da frente girou, indicando que alguém estava entrando na casa.

Esse "alguém" eram na verdade duas pessoas: Mitsuki Bakugou e Chiara Kirishima, as mães dos garotos.

Eijirou? — Mitsuki se surpreendeu ao ver o garoto ali parado. — Meu deus! Quanto tempo!

— Eijirou Kirishima o que aconteceu com o seu braço?! — Chiara perguntou preocupada, logo pegando no braço enfaixado de seu filho.

Katsuki se levantou e levou um puxão de orelha da mãe, sorte a dele que ele não usava mais seu antigo aparelho auditivo, pois se usasse neste momento ele estaria quebrado.

— 'Katsuki foi você que fez isso com ele?'  — Ela perguntou em voz alta enquanto sinalizava para o filho, que deu um pequeno gemido de dor ao ser puxado pela orelha.

Não tia!! Ele não fez nada de errado eu te juro! Na verdade ele.. ele me salvou — Eijiro disse enquanto ainda era examinado pela sua mãe.

Querido acho que temos que ir a um hospital para ver se isso não está infeccionado, ai Deus... — Chiara falava enquanto pegava o telefone no bolso. — O complicado é que sua mãe foi resolver uns negócios no escritório e levou o carro

— Amiga pode deixar que eu levo vocês, meu carro tá lá na garagem — Mitsuki disse, ainda sem largar a orelha do filho.

Ai mas vai ser muito incômodo pra vocês, não precis-

— Deixe de frescura vamos logo, e você mocinho — Ela aponta para Katsuki 'você vai me contar exatamente o que aconteceu'  Ela disse, sinalizando

Katsuki respondeu com um "ok" e foi solto por sua mãe, ele massageou a orelha vermelha e olhou para Eijiro que estava preocupado com o estado do amigo.

Mal sabe ele que isso é uma das coisas mais leves que ela fazia.

'Relaxa, nada demais' Ele sinalizou para o ruivo

o que? — Eijiro sussurrou de volta

"Relaxa"

— errr

'R-E-L-A-X-A' Bakugou soletrou, quase batendo na cabeça dele.

Sério, como ele teve tanta paciência mais cedo? Nem fazia sentido uma coisa dessas.

Vamos Eijirou. — Sua mãe o chamou.

Assim os quatro saíram de casa e entraram no carro da família Bakugou. Mitsuki foi digirindo e Chiara foi no passageiro. Eijiro e Katsuki foram no banco de trás.

O caminho todo foi apenas Kirishima contando detalhe por detalhe do que aconteceu naquela tarde, claro que ele encurou umas partes e não mencionou o pequeno desentendimento com Kaminari.

Katsuki ficou apenas observando a rua pela janela, estava escuro demais dentro do carro para ele ler os lábios de Eijro então ele nem se esforçou a tentar entender algo. Logo logo iria chegar sua vez de contar a versão do que tinha acontecido e ele estava torcendo para Kirishima contar apenas as partes importantes.

Imagina se ele conta algo a menos que Katsuki? Um deles iria sair como mentiroso.

O hospital não ficava muito longe dali, então ao chegar lá Chiara foi quase correndo com Eijiro explicar a situação para a recepcionista, que logo os mandou para uma sala longe dos loiros.

Assim, Katsuki ficou sozinho com sua mãe.

'Vocês passaram a tarde juntos'  Ela Sinalizou para ele, como tinha mais gente ali ela preferiu não verbalizar nada.

'Sim'

'Tirando o acidente, parece ter sido uma tarde legal'  Ela insistiu.

'Não foi nada demais'

'Eijiro me contou que você salvou ele de um atropelamento'  Ela levou uma das mãos ao cabelo bagunçado do filho e balançou de leve 'Pelo menos fez algo de bom'

'Eu não iria deixar ele morrer atropelado, eu não deixaria ninguém morrer'

'Ele também contou que você estava ensinando língua de sinais para ele'

Katsuki corou um pouco, falando daquele jeito pareceu ser mais especial e importante do que deveria. Ele colocou suas mãos no bolso do casaco que vestia, sua mãe sabia que ele não queria continuar uma conversa sempre que fazia isso.

'É muito gentil da sua parte ensinar para ele, estou orgulhosa de você, por estar sendo paciente'

Ele tinha ouvido aquilo certo? Ou melhor, ele tinha visto aquilo certo?

Mitsuki Bakugou com orgulho do próprio filho?

Eles estavam mesmo sozinhos para ela falar algo assim?

Katsuki olhou em volta e viu que a mãe de Kirishima os olhava de longe enquanto esperava algo no balcão da recepção, e ela sabia o básico da língua de sinais. Estava explicado.

Nunca, nem em um milhão de anos, Mitsuki estaria orgulhosa de Katsuki.

Hear me | Kiribaku Onde histórias criam vida. Descubra agora