Minha Estúpida Forma De Te Odiar_ Shivley Maliwal

Capítulo 49

O hospital estava um pouco vazio naquele horário, ainda assim não tinha notícias de Shivani desde que entrara em uma das salas.

Tenho impressão que meu corpo tomou atitudes sem a autorização da minha mente, basicamente, eu estava ali no hospital, sem lembrar de como tive forças para não surtar com o que estava acontecendo.

Quando ouvi sua reclamação, e o sangue escorrendo me deu um medo que nunca pensei que fosse sentir, antes que eu tivesse me dado conta eu dirigia, as pressas e eu só conseguia pensar em como eu precisava fazer aquilo.

Chegar o mais rápido possível.

Após a minha chegada, entre reclamações de dor por parte de Shivani, ela sumiu, ou melhor, os médicos a levaram.

Agora eu só conseguia pensar em como eu necessitava vê-la.

Lea estava ao meu lado, com as mãos no rosto e pálida.

Me lembrei quando Shivani estava assistindo as fitas, eu não poderia deixá-la descobrir daquela maneira.

Ela realmente ficou irritada comigo, por desligar.

Agora, a única coisa que me importava era que as duas estivessem bem.
Mesmo que por fora eu estivesse calmo, por dentro havia um pânico quase incontrolável.

— Foi culpa minha, não era hora de contar. — Ela sussurrou.

Mas eu não estava bravo com a mesma, se eu tinha uma certeza ali, era de que ela era uma mãe, que não conseguia ficar longe da filha de maneira alguma, não depois de tantos anos.

Como seriam as coisas? Independentemente do resultado quando Shivani saísse.

Eu sabia que ela queria ir a faculdade, tanto quanto eu, eu sabia que ela ainda podia, mas ao mesmo tempo eu sabia que ela não o faria.

Também sei que ela não está brava com Lea, apesar do choque.

Minha única incerteza, era sobre Rose, pensar em tudo que passamos, acabar assim? Pensar que aquele bebê que me apeguei, e aprendi amar de uma forma estranha morreria. Isso acabara com meu psicológico.

Entretanto, eu também pensava em Shiv, em como ela se sentiria, em como ela estava, eu sabia bem de todas as possibilidades e riscos, em um parto dessa maneira.

— Não foi sua culpa. — Finalmente, um homem negro, alto, de jaleco branco, apareceu sério.

Levantamos imediatamente.

— O corpo de uma mulher grávida nessa idade vária, o dela ainda não é tão propício para esse tipo de situação. — Engoli a seco.

— Como estão? — Perguntei.

— Shivani está bem, descansando, mas bem. — Suspirei aliviado.

— E a bebê? — Lea questionou.

O médico ergueu as sobrancelhas, encarou os papéis e apertou os lábios.

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