Minha Estúpida Forma De Te Odiar_ Shivley Maliwal

Capítulo 51

Bailey não parava de questionar se eu estava bem, enquanto ele me ajudava pelos corredores do hospital, já fazia algum tempo que eu me encontrava ali, eu só não sabia quanto, eu havia perdido completamente a noção de tempo.

— Se você perguntar se eu estou bem de novo, juro que te taco pela janela.

Rolei os olhos, ouvindo o mesmo imitar minha fala. Exatamente como uma criança, isso com certeza significativa que éramos nós de novo.

Quando finalmente paramos, em frente ao vidro, eu vaguei os olhos pelo local, Bailey se preparou pra me mostrar quem era, mas nem precisou, lá estava a garotinha, quase imperceptivelmente menor que os outros, calma, e aparentemente dormindo.

Senti meu coração aquecer, era ela.

O motivo de tudo.

Uma parte de nós dois.

Alguém que cresceria e passaria pelas mais diversas situações. Alguém que eu amava incondicionalmente, mesmo sem saber personalidade, aparência, ou qualquer coisa do tipo.

Era a minha Rose. Ao mesmo tempo em que acendia tudo em mim outra vez, me trazia insegurança, do que estava por vir.

Bailey tinha emprego, mas não era formado, o que aconteceria dali em diante?

Balancei para os lados, me negando a pensar.

Sempre pensei muito no futuro, e no passado, preocupada com o que estava por vir, e me culpando pelo que fiz.

Porém, agora, eu só queria sentir um pouco daquele sentimentos, assustador, mas que era único.

Talvez eu tenha entendido o que Lea sentiu, quando me viu.

— Você está preparada?

— Não. — Isso era certeza. — E você? — Ele não respondeu.

Ficamos em silêncio por longos segundos.

— O que vai ser agora?

— Eu não sei... — Era uma mistura de pânico, e alegria. Qual seria o futuro, não apenas nosso, eu não seria egoísta, mas dela.

Era estranho, eu queria abraça-la e não deixá-la ir nunca, mas olhando pra nós dois e pra ela, eu não sabia como seguiriamos a partir dali.

Não querendo ser negativa, tínhamos um ao outro.

Olhei para o mesmo, seus olhos brilhantes concentrados, me encararam.

— Você me ama?

Ele sorriu de canto.

— Mais que qualquer pessoa, ou quase todas. — Sua frase me arrancou um risinho.

Mirei seus olhos, sentindo uma paz, e sabendo de que independentemente do rumo que nossa vida tomasse, eu o teria. E ele teria a mim.

Mudamos tanto, crescemos tanto.

Compartilhamos uma vida.

E aquilo, nunca seria apagado.

— Qual é a de vocês? — Uma voz doce tomou conta.

Lea não havia a visto ainda, quase como se fosse um choque.

— Estou vendo. — Falou sem que eu respondesse. — Parece com você. — Ela sorriu, me encarando, enquanto meu coração gritava o certo.

Lancei um olhar para Bailey, que apertou os lábios, sorrindo.

Crescer e mudar, nunca estamos preparados. De repente, estamos crescendo, amando, envelhecendo, e aprendendo.

A garota que eu fui, antes daquela festa, com certeza não se imaginaria, hoje, com Bailey May, o amando tanto.

E amando parte dele e minha. Amando tanto uma coisinha pequenininha, e doce, respirando como se não houvesse problemas, apenas paz.

Ela me fez crescer, e pela primeira vez, ser mãe, e pensar nela, antes de mim.

— Eu também amo você. — Sussurrei para o mesmo.

Nota Mental: Amor: das mais diversas formas, é um sentimento que apenas quem vive sabe o quão incrível, doloroso, e profundo, pode ser.

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