Meet You At 102 [PT. FanFic]

19. As palavras de um beijo

Já a caminho de casa, Luke fala-me do seu Natal habitual, e como ele adora passá-lo com toda a família.

Funguei, devido á constipação que me acompanhava já há uns dias, e encarei Luke.

- Eu passo sempre o natal com a minha mãe, e bem... mais alguém se ela estiver a namorar na altura. Não acho nada de especial, mas gostava de achar. 

- Percebo-te - Diz enquanto esboça um sorriso de lado. 

Após uma pequena viagem de bicicleta até minha casa, chegamos por fim á mesma e Luke rapidamente se ajeita, saindo da bicicleta e ajudando-me a fazer o mesmo. 

Tento tirar o capacete, mas este parece preso e eu começo a emitir sons de frustração, o que faz surgir uma gargalhada de Luke. 

 - Eu sei que deves estar a adorar ver-me com um capacete preso na cabeça, mas quando quiseres ajudar-me diz. Sem pressão han?! - Digo cruzando os braços e fazendo um visível esforço para não sorrir de embaraço.

O rapaz de olhos azuis que me faziam ficar nervosa sempre que os admirava, aproxima-se de mim e ajuda-me a desapertar o capacete provavelmente de criança, porque parecia ser mais pequeno que o dele. 

- Não é preciso choramingares Tate - disse retirando-me o capacete e sorrindo de uma forma provocadora como ele sempre faz porque deve adorar irritar-me. 

- Eu não estava a choramingar, Hemmings - Respondi com o nariz empinado e um sorriso ainda envergonhado da situação. 

 * Agora que penso nisso, não me lembro de ter dito ao Luke que pretendia ir ao centro comercial, como é que ele sabia ? * Pensei, formando uma expressão pensativa no rosto.

 - Hey Luke - Chamei-o num tom alto embora ele estivesse relativamente perto de mim - como é que sabias que eu queria ir ao centro comercial ? - Aproximei-me. 

- Bem ... o ... Ashton ligou-me um bocado preocupado, porque não queria que fosses sozinha, e como ele não podia vir, pediu-me a mim - Disse esfregando a mão na cabeça.

- Oh ... - Emiti um suspiro surpreendido.

Permanecemos á porta de minha casa sem qualquer tema de conversa. 

- Uhm... já que aqui estamos, queres entrar ? - Perguntei tentando quebrar o silêncio que se havia instalado. 

- Claro ! - Disse sem hesitar e sorrindo discretamente. 

Como ainda não tinha a chave, tive que tocar á campainha e rezei que a minha mãe já tivesse chegado. Por fim a porta abriu-se.