Prólogo

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O quarto era espaçoso e arejado. Através das enormes e brilhantes janelas, podia-se ver o belo jardim da residência, enquanto o vento lá fora balançava as folhas das árvores, a grande lareira mantinha o cômodo aquecido.

Nesse dia, parecia que todos os seres do mundo compartilhavam da mesma dor que ela. O silêncio era agonizante, mas não tanto quanto a doce e solitária voz que cantava baixinho uma canção de ninar.

A cena comovia todos que passavam por lá.

Num vai e vem calmo, ela ninava o pequeno embrulho em seus braços. Tão pálido. Tão pequenino. Os pequenos fios loiros em sua cabecinha mostravam sua semelhança com a mãe. Porém, não tinha cílios ainda, ela reparou, não houvera tempo de formá-los...

Embalando-o em seus finos e cansados braços, ela o abraça de maneira protetora e retorna a cantar, ninando-o para o sono eterno. Silenciosas lágrimas deslizavam por suas rosadas bochechas.

Depois de horas de trabalho de parto, estava exausta, suor ainda escorria em sua testa, mas ela não ligava, só queria seu bebê em seus braços...


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