08 de Janeiro de 1841, Inglaterra.
Mais uma manhã se estende e Mrs. Taylor passa mais um dia em seu jardim. Sua única companhia era seu cantinho cheio de flores. Ela sempre estava lá todos os dias de manhã cuidando-o e não permitia que ninguém a ajudasse, já que certamente poderia fazer isso sozinha.
Naquele dia em especial, ela e o pequeno bebê estavam na parte mais escondida do jardim, onde as rosas ficavam, quando ao terminar de cantar uma suave canção para o bebê e para as flores, ela escutou o fungado dos cavalos no haras perto da casa e teve uma ideia.
— Vamos andar a cavalo, bebê? — Animada, faz uma pergunta retórica.
Então, para a sua surpresa, e pela primeira vez ela o sentiu. O sentiu se mexer em seu ventre, e naquele momento o seu coração se expandiu de felicidade.
Um sentimento novo a invadiu.
Amor materno.
Um amor inexplicavelmente grande por alguém que jamais chegou a ver, um amor eterno, um amor gritante.
Naquele momento ela se viu realizada, a mulher mais feliz da vida.
Uma mãe.
Uma mãe de verdade.
Então, com um sorriso, ela disse mais para si mesma, ainda não acreditando no ocorrido.
— Bebê, você se mexeu...
Deixando suas coisas no chão, pôs-se a ir ao estábulo atrás do seu cavalo.
Chegando lá, avistou alguns funcionários cuidando dos animais, e então pediu ao mais próximo que trouxesse seu cavalo. Com os barulhos dos cavalos presentes, o pequeno se mexe mais uma vez, animadamente e alegrando a sua mãe.
— Você gosta de cavalos, pequeno? — Disse fazendo carinho na sua barriga.
Ele se mexe novamente, então ela sorri apaixonada.
— Senhora, seu cavalo já está pronto!
Agradecendo-o ela vai em direção ao animal, que ao reconhecê-la caminha em sua direção. Seu cavalo tinha uma coloração tão intensa que parecia brilhar.
— Então, lá vamos nós, bebê... — Fala após fazer carinho no animal.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Traga-o de volta
Short Story1840. O que uma mulher pode fazer em 1840 a não ser comandar uma residência e cuidar dos filhos? Filhos... Ah, filhos... A maior dádiva de muitas mulheres, um pedaço seu correndo pelos campos, brincando por toda parte e alegrando os dias dos mais...