Ao longo da festa, as crianças e adolescentes foram se retirando discretamente para a biblioteca, não mais interessados em participar das interações de seus pais e guardiões. Sinceramente, era mais do que entediante observar todas as conversas programadas e sem um pingo de genuinidade ou interesse fora de relações políticas.
Agora espalhados em poltronas, circulando entre as estantes ou simplesmente lendo, os herdeiros de suas casas se permitiram baixar uma ou duas camadas de suas máscaras e conversar sobre coisas mais amenas do que no andar abaixo.
Eventualmente, Pucey se aproximou do grupo formado por Pansy, Blaise, Theo, Draco e Harry. Os que estavam relativamente perto – presumivelmente sonserinos –, empalideceram consideravelmente, temendo que o evento da comunal se repetisse.
- Lestrange – Cumprimentou, curvando ligeiramente a cabeça em sinal de respeito – Eu gostaria de me desculpar pelos meus atos, eu fui imprudente e agi sem pensar – Ninguém estava realmente surpreso, era o mínimo que se podia fazer para tentar reparar a situação antes que acabasse envolvendo seus pais. Situações mais leves já destruíram alianças de centenas de anos, afinal.
- Muito bem. Acredito que você já recebeu... punição o suficiente – Terminou, um sorriso maldoso adornando as belas feições – Temo que agora tudo que esteja ao meu alcance é garantir que a situação não se repita. Estou correto?
- Sim, senhor.
- Ótimo – Percebendo que Adrian não moveu um músculo, deteve seu olhar no garoto novamente – Algo mais? – Questionou, a sobrancelha perfeitamente desenhada erguendo-se levemente.
- Na verdade sim, mas creio que seja um tema muito delicado para ser discutido num lugar tão... aberto.
- Eu vejo. Por favor, me acompanhe – Se afastando das fileiras impecáveis de madeira negra, o menino de olhos esmeraldinos caminhou até uma das muitas salas vagas da mansão Malfoy com o quintanista em seu encalço.
Ao fechar a porta, lançou uma série de encantamentos de privacidade ao redor do cômodo, trazendo um olhar levemente chocado de sua companhia por ter usados feitiços avançados demais até para ele. Não se dando conta ou simplesmente ignorando a expressão surpresa do outro, apenas levou tudo a diante.
- Então? – Perguntou, mantendo o rosto impassível, mas se corroendo de curiosidade por dentro; o que era tão importante que não poderia ser dito em público?
- Eu gostaria de lhe oferecer minha amizade.
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Okay. Isso possivelmente é um pouco mais surpreendente do que você imagina, especialmente quando é alguém que você torturou.
A coisa, é que dentro dos puro sangue, oferecer sua amizade é similar a forjar uma aliança entre duas famílias, mesmo que seja através de duas crianças.
As famílias de Adrian e Harry não eram particularmente interligadas, mas se tratavam com o respeito que se era esperado de pessoas daquela classe e nunca entraram em conflito justamente por não serem próximas o suficiente. O máximo de contato que tiveram foi através de algumas negociações, mas nunca houve interesse o suficiente para se afiliarem, então por que agora?
Talvez eles tenham percebido que fazer ligações com os Black seria um benéfico, desde que o novo herdeiro era poderoso. Talvez...
Sem uma conclusão totalmente formada, e percebendo que não conseguiria chegar muito longe, o moreno saiu de seus devaneios.
- Acho que somos... amigos, agora.
NOTAS FINAIS
Eu sei que não tenho postado com muita frequência, e queria me desculpar com todos que tem acompanhado a história até aqui. Meus ataques de ansiedade tem acontecido com muito mais frequência do que eu gostaria e eu estou precisando dormir mais agora que não estou comendo direito. Prometo que vou tentar melhorar e postar mais rápido.
Eu sei que o cap foi curtinho, mas foi tudo que eu consegui trazer pra vocês hoje.
Estou achando que está tudo indo muito rápido com relação à história, então se vocês puderem me dar um retorno e falarem se tá bom assim ou se é pra ir mais devagar, por favor façam.
Beijin, e até breve, eu espero.
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E se fosse... diferente? - Cancelada
FanfictionAposto que você já parou pra pensar como seria Harry tivesse devolvido o aperto de mão. Mas e se ele fizesse isso porque concordava com Draco, não porque quisesse mudar o ponto de vista do loiro? E se o-menino-que-sobreviveu fosse criado por ninguém...