E se fosse... diferente? - Cancelada

Capítulo 11

Os dias que se passaram depois da comemoração de Yule foram tranquilos. A correspondência foi trocada com seus amigos (não que isso fosse tão importante, já que tudo girava em torno de conversas banais e Hadrian mal se dignava a responder) e ele passou cada segundo que pode dentro das bibliotecas Black e Lestrange, desfrutando dos muitos livros sobre todos os assuntos em que ele poderia pôr as mãos.

A presença do Lord não o afetava muito, com seus únicos encontros sendo na hora das refeições e algumas discussões civilizadas girando em torno dos livros que ambos leram. No geral, o homem dos olhos carmesim revezava seu tempo entre seu quarto e a sala de reuniões, desde que só o círculo interno sabia sobre a volta de seu mestre.

O tempo mal havia passado e já estavam de vota a Hogwarts, continuando seu ano letivo sem muitas interferências, apesar do irritante ruivo que parecia a cada dia estar mais comprometido com sua missão de atormentar suas vidas junto da sabe tudo, mas aparentemente era natural dela.

A amizade com Pucey não fez muito, eles conversavam de vez em quando, e passaram a conhecer mais alguns alunos

Harry continuava o melhor em todas as disciplinas, Hermione e Draco a apenas alguns passos atrás. Nosso moreno estava a séculos de distância de seu colegas, terminando o guia de transfiguração que ele supostamente só iria usar no terceiro ano, mas não poderia deixar a cabra velha desconfiar de suas habilidades.

"Pessoas inteligentes mostram ao mundo o que sabem, mas as mais inteligentes, guardam sua sabedoria para si e a usa quando as convém", era o que sua mãe sempre lhe dizia.

Talvez essa fosse a motivação dela para começar suas aulas sobre todo tipo de magia, sem qualquer censura e com um pingo de delicadeza, afogando o cérebro do próprio filho com toda informação que ele fosse capaz de absorver. Ele sabia mais de anatomia e história do que qualquer aluno nascido trouxa, porque eram coisas que sua mãe considerava importante para sua educação, mesmo que seja trouxa.

Grande parte disso também era graças ao próprio garoto, que tinha o que o pai gostava de chamar de "mente flexível", podendo aprender muito mais facilmente do que qualquer outra criança e tendo um núcleo mágico extremamente poderoso.

A matéria mais atrasada dele era Transfigurações, estando um ano abaixo do que as outras. Pessoalmente, suas matérias menos favoritas eram adivinhações e astronomia, por isso ele as lia e se aperfeiçoava na medida do possível, ficando livres delas mais rápido.

A única razão pela qual Transfiguração sempre acabava por último era sua preguiça com a prática. Em seu ver, era muito mais satisfatório ver um caldeirão fervendo com substâncias cuidadosamente preparadas, ingredientes capazes de produzir os líquidos mais poderosos e perigosos, do que mudar uma xícara para um rato. A teoria era deveras muito interessante, tanto que ele sabia de tudo, mas mal procurava conteúdo extra, porque seus estudos só se consideravam completos depois da prática.

O quadribol também estava indo muito bem, ele não era o mais novo apanhador do século atoa afinal.

Assim como em todas as outras coisas, ele começou muito cedo no esporte. O condicionamento físico também fazia parte da grade horária que havia sido montada para organizar seus estudos.

"A magia é muito importante, e faz parte do bruxo, mas NUNCA dependa dela", foi outro dos ensinamentos de sua mãe. Ela sabia que era importante saber se defender sem a varinha – mesmo que ela não seja exatamente crucial – pois ela poderia se quebrar a qualquer momento.

Ele sempre corria meio quilometro antes do café da manhã e das 5 às 6 ele fazia combate físico, variando o tipo com os dias de semana. Sempre intercalando as aulas com um breve descanso, ele quase nunca ficava exausto nem mentalmente nem fisicamente ao final do dia.