A paisagem de Istambul à noite era linda.
Principalmente sob o silêncio da madrugada. As luzes eram uma das coisas que mais fascinavam Kerem. Faziam-no se sentir espantosamente pequeno em comparação à imensidão da cidade. Mas naquele momento, nenhuma luz era tão impressionante para ele, quando a luz que Hande emitia.
Enquanto ela estava abraçada em seu corpo, tentando se aquecer, e olhava as luzes da cidade enquanto ainda não amanhecia, Kerem olhava para ela. Para seu cabelo castanho comprido. Para o jeito como seus lábios se abriram devagar para expelir um sopro, só pelo prazer de ver pequenas fumaças saírem pelo ar. Até o jeito com os olhos dela encaravam o horizonte o encantava.
- Você costumava vir muito aqui?
E com essa pergunta, Hande o tirou de seu transe. Mas não fez com que parasse de olhar para ela.
- Sim, é meio que um lugar que venho para pensar. Meus pais me traziam aqui, quando era pequeno. Depois que morreram, eu continuei vindo.
Depois dessa confissão, Hande tirou os olhos do horizonte e os levou até Kerem. A surpreendeu notar que olhava diretamente para ela, como se já estivesse fazendo isso por um bom tempo.
- E agora você me trouxe para conhecer seu lugar especial.
- Sim.
- Uau.
- Esse vai ser o nosso segredo. - estendeu seu dedo mindinho para ela, como na última festa.
Hande encarou o dadinho estendido e sorriu. Rapidamente tirou uma de suas mãos da cintura de Kerem e cruzou os dedinhos com ele.
- Um segredo nosso. - concordou - Aliás, você ainda me deve 200 liras.
Kerem sorriu e a soltou. Também fez força para tirar os braços dela de si.
- Não, eu prometo que não cobro mais!- Hande continuou lutando para ficar abraçada ao corpo dele.
- Não confio. - brincou.
- Por favor, você está tão quentinho...- ela o encarou com os olhos pidões.
Nessa ele decidiu afrouxar os braços e ela pôde voltar a se aconchegar.
- Eu devia cobrar pelo uso do meu corpo.
Hande deu de ombros.
- Não tem problema, eu posso pagar.
- Ah é? Como?
- Assim.
Outra vez, ela depositou as mãos em ambos dos lados do rosto de Kerem e o puxou para os lábios dela. Só que dessa vez, Kerem não estava surpreso. Estava com sede dos lábios de Hande. E dessa vez, fez questão de dar um beijo do tamanho do seu carinho por ela. Tentando transmitir por meio de seus lábios tudo o que desejava pôr em palavras. Até que ficaram sem fôlego e tudo que restava era as testas de ambos coladas e as respirações ofegantes, uma contra a outra, em uma guerra apaixonada.
- Você com certeza paga bem. - ele riu.
Hande deu um tapa em seu ombro com força.
- Seu idiota. - ela também estava rindo.
Ele aproveitou o momento para abraçá-la mais forte.
- Nós deveríamos falar disso? - e com isso, ele estava querendo dizer os dois beijos trocados naquela madrugada.
- Agora não. - Hande também abraçou forte a Kerem. - Por enquanto vamos focar em toda essa bagunça que estamos enfrentando. Vamos arrumar tudo e aí, voltamos nesse assunto.
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Partners in Crime
FanfictionAncara, capital da Turquia, lar de Hande Erçel e de seus sonhos de ser livre. Sempre sonhou com o dia em que seria promovida a espiã em campo, sairia do "arquivo" e iria para a sede em Istambul. Finalmente, depois de muito tempo e trabalho duro, é...