Capitulo 3

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*

— Olá papai — Beijei seu rosto — Acomodei os visitantes aqui, pois não há lugar — Ele sorriu colocando o paletó sobre a mesa.

— Eu sei querida, você é um anjo — Ele beijou minha testa — Boa noite pequena Angel — Ele subiu e eu fui em seguida com Mike atrás de mim. Entrei em meu quarto e fui direto ao banheiro, saí vestida uma camisola e penteando meus cabelos, sai do quarto para esquentar meu café e assim que cheguei na cozinha Harrison estava lá bebendo água, sem camisa usando apenas uma bermuda, encarei sua barriga, dura e malhada, meu olhar subiu para o peito forte, em seguida os braços, o maxilar rígido, tomei minha postura puxando a camisola a esconder mais, e peguei um leite na geladeira.

— Olá Angel — Ele sorriu — Sem sono?

— Não, vim apenas esquentar um leite, costume — Sorri, pus o leite na chaleira e sentei-me a mesa para esperar apitar. Ele sentou-se na minha frente — Sem sono senhor Harrison?

— Não me chame de senhor — Ele sorriu novamente — Então, me diga mais dessa cidade.

— Pequena, religiosa, tranquila — Olhei minhas unhas pintadas com uma cor clara quase que imperceptível.

— Isso eu sei. Mas, o quê fazem aqui para se manter? — Ele perguntou me encarando, olhei suas mãos a frente as minhas, grandes, másculas, unha cortada e bem cuidada.

— A energia é do vento, fica no alto do morro. Vivemos do quê plantamos, a sul temos plantações, e as outras coisas são compradas na cidade grande, quê só os mais velhos são autorizados a ir — O olhei, que cerrava os olhos.

— Você não? — Ele perguntou ainda de olhos cerrados.

— Sou a filha do pastor. Tenho apenas dezoito anos. Não sou autorizada, cuido do lar desde que mamãe faleceu.  — Ergui-me e peguei o leite não queria que fervesse, despejei em duas canecas pondo em seguida um bloco de açúcar para quê derretesse, o entreguei sentando-me novamente.

— Sinto muito pela sua mãe — Suas mãos abraçaram a caneca, tais como a minha. — Você me levaria para conhecer as plantações?

— Claro — Sorri bebericando o leite — Só depois de amanhã; Segunda é dia de missa e eu não perco.

— Entendo — Ele bebeu o leite —  Aqui tem casas para vender?

— Sim, a antiga dos Clarkson, é grande! Se pretende aumentar a família com sua esposa é o mais correto — Sorri — Vieram para ficar?

— Sim. — Sua afeição mudou e logo maneou a cabeça — Pretendemos mudar de ares, cansamos da cidade grande, muita movimentação.

— Entendi — Falei mais baixo — Amanhã bem cedo posso te mostrar ela. — Levantei-me — Ah, o café é servido as seis se levantar depois desse horário não come, o almoço ao meio dia em ponto, o jantar as sete e a missa é a três da tarde. — Lavei minha caneca pondo-a no escorredor.

— Nossa — Riu — Não tinha horários para comer.

— Aqui temos horário para tudo. — O olhei — Banho é permitido até as dez, depois disso a agua fica muito gelada e não queremos ninguém com pneumonia. — Olhei Mike vir correndo e pedir carinho, alisei seu pelo — Este é Mike, nosso morador mais fiel.

Mike latiu.

— Olá Mike, encantando com seus charmosos pelos — Harrison apoiou a mão no queixo e encarou Mike com um sorriso.

Mike latiu novamente.

— Trate o bem. — E subi para meu quarto, esse homem era realmente bonito. Ao passar em frente ao seu quarto reparei em sua porta aberta e sua esposa dormindo, de tão desligada quê sou nem percebi isso ao descer. Deitei em minha cama e tratei de apagar.

*

Bip.. Bip.. Bip..  Au.. Au.. Au..

Acordei grogue ao ver Mike latindo sem parar e o despertador apitando. Quatro e meia. Desliguei e beijei o cachorro seguindo para o banheiro, após um banho gelado e arrumada peguei minha bíblia e desci a sala. Atrás da escada havia um altar, ajoelhei-me e fiz minha oração matinal. Fui para cozinha o sol aparecia, cinco e quarenta. Comecei fazendo panquecas e omeletes, servi a ração e agua e pus a mesa. O casal seguido de meu pai desceu.

— Bom dia papai — Beijei sua cabeça — Olá senhor Harrison e senhora Cristina. — Sentamos e segurei a mão do papai.

— Olá — Cristina falou massageando as têmporas.

— Olá — Harrison sorriu.

— Bom dia pequeno anjo — Papai começou a oração em volta da mesa, e logo tomamos café. — Estou indo para o posto. — Avisou ao sair.

— Irei mostrar a casa a venda a eles — Sorri e o vi partir para seu trabalho. Assim que voltei Cristina travava uma briga contra o cachorro pelo seu sapato.

— Harrison faz algo! É um Louboutin original! — Ela falava alto e Harrison ria do modo que Mike abanava o rabo e achava aquilo graça.

— Mike! — Ele parou — Senta. — Assim que sentou eu fui para a cozinha e lavei a louça do café — Vamos daqui a dez minutos ver a casa.

A construção de um amorOnde histórias criam vida. Descubra agora