A construção de um amor

Capitulo 4

Ao estacionar minha caminhonete à frente da casa dos Clarkson, Mike latiu. Fiz carinho em seu pêlo, em seguida descemos e encarei o carro deles parado, destravei a porta enquanto Mike estava inquieto.
- Quieto - Murmurei, assim que abri a porta ele entrou com um furacão, revirei os olhos. - Bem.. A casa é grande! Tem quatro quartos, quatro banheiros, sala de estar, sala de jantar, o quintal tem um espaço bom de verde incluindo churrasqueira e uma minúscula piscina - Ia mostrando cada cômodo, Cristina analisava tudo e Harrison brincava com Mike no gramado.
- Ele sempre adorou cachorros - Ela sorriu.
- Entendo - Sorri e fomos para o fundo, Mike corria para pegar a bolinha que Harrison jogava, olhava aquela grande bola de pêlo todo alegre e sorri. - Gostaram?
- Eu adorei! - Cristina bateu palmas. - Amor?
- Sim. - Ele disse por fim. Assenti.
- Mike vem! - Ele veio trotando e abanando seu rabo como se fosse um rei e nos seus súditos, ri.
- Bem, a casa custa cem mil. - Harrison assentiu.
- Amanhã ao meio dia estará nas suas mãos. - Voltei para a caminhonete e a liguei enquanto Mike sentia o carinho de Harrison mais uma vez.
- Seus pêlos são encantadores Mike - Disse ele pela janela.
Ele latiu.
- Está mal acostumando meu cachorro - Sorri e recebi um sorriso lindo de volta. - Nós vemos mais tarde. Não vá se perder. - Fui dirigido para a lanchonete do Dick com um tremendo sorriso bobo. - Dick! - Buzinei ao vê-lo.
- Olá Angel - Ele sorriu me abraçando - E aí garotão? - Afagou Mike. Meu cachorro era muito querido pelas redondeza, brincava com as crianças, me protegia e sempre ganhava alguma rosquinha.
- Vim ajudar - Sorri indo para a cozinha, assim que entrei comecei a lavar toda a louça e Mike estava do lado de fora paparicando as rosquinhas da vitrine. Ele tinha mania de alisar o vidro com a pata e da um chorinho, até não resistirem e comprarem. Terminei de lavar tudo e puxei um prato onde me servi do almoço, sentei-me e comecei a comer.

*

Era por volta das oito da manhã do outro dia quando Harrison bateu a minha porta, usava um jeans surrado, botas e uma camiseta. Franzi o cenho. Ele ontem mesmo mudou para sua casa e trouxeram móveis não sei da onde.
- Olá senhor Harrison, precisa de algo? - Perguntei dando-lhe passagem.
- Nossa visita às plantações, é hoje! - Ele parecia uma criança quando ganhava um doce de tão elétrico, bati na testa.
- Claro, um minuto vou pegar a chave da caminhonete. - Assim que a peguei fomos para o carro, Papai estava em plantão no posto, como sempre fazia as segundas e terças, a missa ontem foi celebrada e Harrison com sua mulher não compareceu. Estávamos a caminho da fazenda e Mike já latia como um condenado enfiando a cabeça para fora do carro, ri.
- O que diabos ele tem? - O olhei.
- Não fale esse nome! - Repreendi, ele se encolheu - os pássaros, seu passatempo aqui é tentar pegar os pássaros, levando em consideração que ele pesa noventa quilos e não voa, ele corre bastante - Harrison ria enquanto alisava seu pelo. Estacionei ao lado do espantalho. - Chegamos.
- Aqui é lindo - Sorri e fomos andando até as plantações de morangos. Ele pegou um pedaço e folha e passou em minha nuca me fazendo arrepiar, então começou a rir.
- Não tem graça! - Cruzei os braços.
- Sim, tem pequena Angel - Ele ria mais ainda, fui para tomar seu pedaço de folha e ele a ergueu, era bem mais alto que eu, então bati contra seu corpo e fiquei próxima ao seu rosto. Jamais tinha beijado alguém, e ele estava lá tão próximo, seu hálito tinha cheiro de cigarro e café misturando com alguma bala de hortelã, olhei em seus olhos e já ofegava, cadê minhas pernas caramba?! Suas mãos pousaram em minha cintura, e ele me beijou. O beijo foi lento, cuidadoso, minhas mãos permaneceram no ar como se procurasse uma folha invisível.

Peço desculpas não ter postado ontem. Tive uns problemas.