Capitulo 16

10.7K 777 17
                                    

Desculpem a demora, como sabem estou com problemas, postarei sempre que possível.

"Acha quê ela vai me perdoar?"
Meus olhos estavam cheios de lágrimas e já chorava como um menino que perdeu o doce caído ao asfalto, recebi de Meu pai um abraço caloroso quê eu me senti melhor, me senti um homem que tinha seu coração destroçado e Er culpado de sua própria desgraça. Encarei meu pai quê sorria jovial.
"Ela te ama."
Beijado minha testa ele se foi para o quarto e eu me joguei naquele sofá encarando o teto e implorando para tudo ficar bem.

***

Dois meses depois.

Se passaram dois meses e eu não fui mais ao hospital, eu não conseguia, me sentia vulnerável, todos os dias ligava e perguntava como ela estava, mandava uma fortuna todo mês para o melhor atendimento, Cristina sumiu, meu comando na empresa ficou mais rígido, nada de sorrisos para ninguém, apenas choro quando chegava em casa e Mike se juntava a mim. Agora? Tenho uma reunião e não estou com a mínima capacidade de comandar, hoje se fazia dois meses.
"Senhor Dave?"
Minha secretária adentrou a sala, ergui meu olhar a ela.
"O Doutor Leandro quer falar com o senhor." E então o médico ruivo entrou, meu coração gelou, levantei-me abotoando o terno e apertei sua mão.
"Doutor."
"Senhor Dave, temos um assunto importante."
Apontei a cadeira e me sentei a sua frente, o encarei puxar um envelope e me entregar. Assim que abri continha uma papelada enorme, CD e um DVD.
"O quê é isso tudo? Por favor, não me diga que ela faleceu!"
Minha voz já oscilava.
"Não. Por favor, gostaria que visse."
Fui colocando o DVD com a mão trêmula, e minha secretária entrou na sala.
"Senhor Dave reunião em dez minutos."
"Cancele."
Não a olhei, observei a tela se ligar e o video abrir, era Angel. Minha Angel. Seu rosto estava pálido, muito magra, seus dedos mais finos, uma enfermeira aplicava o remédio em sua veia quando ela olhou a enfermeira e começou a se debater, em seguida vários enfermeiros entraram na sala uma colocava a mão em sua boca. Desliguei o monitor.
"Quê merda é essa?"
"Sua esposa está com epilepsia. O traumatismo craniano lhe deixou com essa doença, ela ter crise de convulsões."
"Isso tem cura?"
"Apenas um tratamento intensivo que vai evitar tais convulsões tão rotineiras."
"Deus.."
Minhas maos foram a cabeça apertando meu cabelo, o choro veio com tudo e eu não pude evitar, quê merda eu fiz?
"Ela teve uma perda de memória considerável, porém ela sempre chama o nome do senhor."
Levantei-me e pus um óculos escuros para ninguém ver meu olhar de choro.
"Se quer uma carona para o hospital, é melhor vir."
"Porque está se preocupando? Em dois meses você não estava lá! Deixou ela na mão de estranhos.."
Não o deixei terminar e o arremessei contra a parede.
"Não fale que eu não me preocupo, você não me conhece, não sabe da minha vida, eu não a deixei com estranhos porque metade da sua equipe é minha e a outra metade foi investigada, eu amo ela, eu daria todo meu dinheiro para vê-la sorrindo novamente para mim, e não vou poder! Então cale essa porra de boca!"
O deixei sozinho e fui para o hospital.

***

"Angel?"
Perguntei alisando sua mão, a beijei em seguida. Ela me encarava, alisei sua aliança sentindo aquilo queimar minha mão.
"Me perdoa meu pequeno anjo."
Senti um afago em minha cabeça, a olhei, seu rosto estava abatido.
"Eu vou cuidar de você."
Passei o resto do dia ali ao seu lado segurando sua mão, ela me olhava e não falava nada, Samuel me disse que ela não fala quase nada. A olhei começar a se debater na cama e ergui-me rapidamente acionando os enfermeiros, todos vieram à socorrendo e fui expulso do quarto, levei a mão a nuca e comecei a chorar.
"Deus se isso é um castigo, me mata. É menos doloroso."
"Ela precisa de você."
Encarei Samuel com um sorriso.
"Cuide dela, sei que ela já teve belos olhos azul."
Sorri, e entrei no quarto tempos depois. Ela dormia, provavelmente sedada.
Os dias se arrastaram e ela veio para casa, Mike fez uma farra e ficava o tempo todo ao lado dela, Angel estava em uma cadeira de rodas pois não tinha o movimento das pernas e nem do corpo direito, sentei na cama enquanto ela acordava.
"Har-zon"
"Estou aqui meu amor."
Sorri a ajudando deitar na cama e lhe dando o remédio. Meu pai administra minha empresa enquanto minha vida é minha mulher.
"Filho."
"Ele morreu meu amor.."
Aquilo foi uma facada, abaixei minha cabeça e beijei seu ventre.
"Prometo lhe dá outro."
Enlacei meus dedos nos seus, e ela me olhava com carinho.
"Um dia vai se lembrar de mim, e nesse dia, você vai me fazer o homem mais feliz do mundo."
"Quem sou eu?"
Do nada ela perguntou, e meu coração acelerou, era a primeira vez que ela falava uma frase inteira. Angel..

A construção de um amorOnde histórias criam vida. Descubra agora