Capitulo 7

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E..eu? - Perguntei a gaguejando - Mas.. Mas..

- Angel. Desde o dia todo quê eu te vi eu te achei linda, meiga, doce - Ele alisou meu rosto e aproximou seu rosto do meu, quando voltei a raciocinar nos beijávamos, lentamente, carinhosamente; O beijo foi interrompido com Mike o empurrando para longe o quê gerou uma gargalhada gostosa dele.

- Mike, ciumento - Recendo afagos o cachorro latiu, Harrison me encarou - E então Angel, o quê me diz?

- Você acabou de largar senhor Harrison! - Eu tentei argumentar, na verdade mal sabia o quê se passava pela minha cabeça.

- E estou indo atrás do quê me faz bem. - Ele sorriu - Vamos fazer assim, esperamos um pouco e eu irei conversar com seu pai, o quê acha?

- Tudo bem - Murmurei por fim. Harrison naquela cidade estava sendo o pecado capital, as moças de novas a velhas o olhavam, diziam entre si o quanto era bonito e másculo, as solteiras cobiçavam, as casadas admiravam, e as crianças achavam graça porque ele lhe dava doce. É assim foi se passando os dias, Harrison estava querido na cidade, meu pai mesmo o adorava. Ia a todas as missas. Ajudava na comunidade e nunca mais tentou me beijar, apenas me cobrava o jantar com meu pai. Eu ria e dizia quê iria consertar isto.

- Calm Harrison - Ri enquanto abraçava Caio e Lia - Por que tanta afobação?

- Porque eu estou gostando de você! Vai fazer um mês quê estamos nisso, a gente sai quase todos os dias, todos já perceberam quê está acontecendo algo, até porque Cristina não está e já deduziram que larguei. - Ele ergueu as sobrancelhas e bagunçou o cabelo de Caio - O quê acha se eu me casar com a titia Angel?

- Não irá! - Caio disse bravo - Titia Angel irá casar comigo!

- Claro! Eu irei esperá-lo - Sorri para ele, e tal assunto do Harrison deixou-me nervosa. Papai vinha até nos - Olá Papai

- Olá querida - Me abraçou - Olá Harrison - Apertou sua mãe.

- A paz de Cristo senhor - Harrison sorriu - Eu gostaria de ir à sua casa hoje para lhe pedir a mão de Angel, formalmente. Quero namorá-la, quem sabe até casar - Fiquei vermelha lhe desferindo um soco na costela - Ai Angel!

- Oras! Vejo quê separou mesmo de Cristina! - Papai me abraçou de lado. - E quais são suas intenções com minha filha?

- As melhores possíveis! Eu quero ter algo com ela, algo sério! E não se preocupe só a beijei duas vezes e nunca mais voltou a acontecer e nem vai, enquanto não nos casarmos. Eu vi que Angel é diferente e ela mexe comigo. - Papai estava serio, e eu queria cavar um buraco.

- Admiro sua sinceridade. Vá lá em casa hoje, conversaremos. - Papai apertou sua mão e se foi.

- Você está louco? Nos conhecemos a um mês e já está me propondo casamento?

- E o quê tem de errado? Você me quer, eu te quero Angel. Larga de ser cabeça dura! E o quê tem casarmos agora? Você não é mulher de ficar por aí, e por ali. - Ele sorri e me pega de surpresa.

- Ok..

*

Cheguei em sua casa para buscá-lo e fui abrindo a porta, ele estava de costas ao telefone.

- Eu sei! Eu sei quê tenho pouco tempo merda! Não me apresse! - Ele passou a mão no cabelo - Estou indo Jantar na casa de Angel, pedir sua mão ao pastor. - Ele deu uma breve risada - É, quem diria. - Toquei suas costas e ele virou-se assustado - Eu tenho que ir.. É.. Marcelo.. - E desligou. - Está muito tempo ai?

- Não. Como conseguiu fazer seu celular pegar? - Perguntei erguendo as sobrancelhas.

- Torre no quintal - Sorriu como um menino quê é pêgo fazendo arte.

- Com quem falava?

- Um amigo. - Fomos saindo de sua casa e indo a pé para minha, ele estava estranho, distante, segurou minha mão com leveza e então fomos caminhado. Ao longo do caminho eu ia cumprimentando as pessoas, maridos quê chegavam do trabalho árduo, donas de casa que estavam a tricotar em suas varandas, crianças correndo na rua como não havia perigo, e assim chegamos em minha casa.



*



Papai nos esperava no sofá. Os deixei a sós e fui para a cozinha preparar o jantar, assim que terminei ambos vieram sorrindo, eu havia feito uma torta de frango com creme e suco de laranja natural. Arrumei a mesa.

- Minha querida, aprovo meu genro - Sorri.

- E então Angel - Ele ajoelhou-se a minha frente retirando uma caixinha do bolso - Seu pai já deixou, e você aceita ficar ao meu lado mesmo me conhecendo a tão pouco tempo? Aceita casar comigo? - Fiz que sim, e o beijei. Foi sem língua, um beijo simples. Meu pai sorria e nos sentamos, ele pôs o anel em meu dedo, era de ouro com uma pedra linda e brilhante e continha uma gravação "nos meus dias eu terei um anjo ao meu lado" As letras era miúdas mas dava para ler, fizemos nossa oração é assim começamos a comer.

- Sabe filho - Papai começou - Quando casei com a mãe de Angel tinha dois dia que a conhecia - Ele riu - Apenas cheguei em seu pai e lhe pedi em casamento, e ficamos casados por longos vinte anos, até ela falecer - Ele deu um sorriso triste.

- Eu sinto muito - Harrison murmurou e segurou minha mão - Eu prometo fazer sua filha feliz. - Sorri com tal declarao, e meu peito se enchia de um sentimento bom, talvez Harrison fosse aquele homem quê Deus predestinou a mim, minha metade. Seriamos um só.

- Gina está na cidade? - Perguntei ao Papai. Gina era um "vidente" ela sempre falava para você o quê precisava ouvir sobre seu futuro, nunca ela falava se você pedisse, só se ela achasse quê devia. Lembro-me da última vez que a vi.

"- Sua metade está próxima. No começo vocês serão um só, no fim serão dois tentando se unir." Eu nunca entendia o quê ela quis dizer com isso, mas queria vê-la novamente para ter certeza quê era Harrison.

- Sim, irá embora amanhã pela tarde, quer vê-la? - Fiz que sim - Amanhã a trarei aqui.

Terminamos o jantar e agora eu era oficialmente noiva, aqui pela região era normal isso acontecer de noivar sem nem ao menos conhecer os noivos. O quê as famílias mais querem são suas filhas casadas e com uma família.

A construção de um amorOnde histórias criam vida. Descubra agora