Capítulo 3 - Lembranças De Uma Dominação Sombria

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Era um ritual... Todo dia eu ia ver Lissara, não sei quando se tornou um vício, mas eu estava extremamente fodido e no fundo eu sabia disso.

Estava começando a achar estranho o fato de eu não conseguir matá-la.

Tentei inúmeras vezes.

A primeira vez, eu a chamei para brincar dentro da floresta, ela confiava em mim tão cegamente que veio sem questionar. Foi bem fácil.

Sua devoção e obediência me deixavam feliz.

Ela queria brincar de pique pega e eu adorei a ideia de correr atrás dela para poder pega-lá.

Era muito bom quando eu a pegava a e sentia o cheiro de morango no seu cabelo.

Lissara corria gritando e rindo e eu estava rindo muito mais que o normal, pois eu gostava mesmo de perseguir ela. Era comparável ao que sentia quando matava.

Quando a peguei - eu sempre a pegava -, rolei com ela pelo chão e parei por cima dela, perdendo seus braços com apenas uma mão. Alcancei a faca em meu bolso, calculando exatamente o ângulo do corte para ser fatal.

Não! Ela não!

Minha mão começou a tremer e depois travou, eu simplesmente não conseguia...

Porra, porque eu não consigo??!!

Lissara me olhava quieta e obediente, nem se quer tentou sair. Ela estava vidrada olhando meus olhos como se pudesse ver dentro deles.

Um gelo me percorreu... Não, ela não pode me ler.

Sai rapidamente de cima dela e ela estava mais vermelha que um pimentão.

Eu achei lindo a cor rubra em seu rosto e tive vontade de fazer um corte em sua bochecha linda para ver melhor o saque que havia acumulado na área.

Depois desse dia eu continuei tentando, quase todos os dias eu tentava, mas sempre acontecia a mesma coisa... A voz gritava na minha mente em negação e depois eu simplesmente travava. Lissara não percebeu  que eu estava tentando ceifar sua vida nenhuma vez. Ela era burramente inocente.

A tentativa trecentésima octogésima quarta foi ainda mais frustrante... Pois ao imprensa-lá contra a parede, ao invés de sentir vontade de matá-la eu quis beijar sua boca perfeitamente desenhada.

Eu não sei se foram os filmes que eu estava assistindo, ou se é normal um garoto de 12 anos sentir esses desejos, mas eu senti e foi tão forte que eu tive que deixá-la lá sozinha e correr pra longe dela, Lissara só tinha 9 anos e nem deveria saber o que é um beijo.

Ela me disse algo nesse dia que eu jamais esqueci e mais tarde, jurei cumprir essa promessa:

- Green... Eu queria que pudéssemos ficar juntos pra sempre, o tempo todo, só eu e você... Assim você nunca precisa me deixar e nem eu te deixaria. - Seus olhos brilhavam ao pronunciar cada palavra e no fundo eu concordei com ela, eu também queria isso.

Ao chegar em casa me assustei quando vi meu pau duro, nunca tinha acontecido antes, nunca!

Eu fui tocá-lo e apenas um simples toque aliviou o desejo latente que eu sentia.

Comecei a fazer movimentos mais rápidos em busca de alívio...

Então aquela foi a primeira vez que me masturbei pensando em Lissara. Sem ao menos saber o que isso significava.

Tratei de comprar um celular para conseguir pesquisar coisas a respeito do que estava sentindo, não tinha ninguém que me ensinasse, e tudo que eu havia aprendido era com minhas praticas, filmes ou livros.

Amor Sombrio IIOnde histórias criam vida. Descubra agora