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Despertei sentada com cordas em meu pulso, presa na cadeira, ainda estava meio sonolenta e com meu uniforme da U.A. Fiquei observando aquele cômodo, não era tão maior nem menor, tinha um canto onde havia bebidas alcoólicas e uma bancada com cadeiras, perto da porta que deduzi que fosse a saída, tinha um pôster rasgado ao meio, era algum herói.

— oh... ela acordou. - uma garota loira desceu as escadas logo se aproximando de mim.

A garota ficou me encarando até descer um homem de cabelos azuis claros coçando sua nuca, o homem parecia ter 1,75 e sua pele aparentava ser ressecada, nao era tão alto comparado ao garoto que vi na noite anterior mas comparando, a sua altura era maior de qualquer forma.

— ei ei, qual o seu nome? - perguntou a loira saltitando. - permaneci calada, isso fez com que a loira ficasse séria.

— VOCÊ É SURDA ? - a loira gritou fazendo com que eu me assustasse.

Logo a porta foi aberta, aquele homem dos olhos turquesa adentrou no local.

— Toga sua escandalosa do caralho. - o homem do olho turquesa veio em minha direção. — pensei que já tivesse dado um jeito no cabelo.

— n-nao tive tempo. - respondi com a voz baixa e o com os olhos atentos ao chão.

A loira cujo nome era Toga olhou estranho para nós e subiu as escadas, o homem de cabelos pretos me soltou, o de cabelos azuis logo colocou uma cadeira em minha frente e se sentou.

— sabe, eu não sei por que... mas sinto que se você se tornasse uma heroína eu com certeza iria querer morrer por suas mãos... - fiquei mais confusa ainda e só consegui pensar que aquele cara era doido.

— há muitos falsos heróis por aí, que usam isso para benefício próprio, ganância por poder etc... como se eles realmente se importassem se as pessoas que moram neste país vão morrer ou não, eu apenas acredito no máximo que All Might dê tudo de si e olhe lá, não concordo com sua existência, eu tenho rancor de todos os heróis [nome]... - o homem olhava intensamente para mim.

— diga logo o que você quer... - eu estava ficando ansiosa.

— você se tornaria heroína para ajudar as pessoas certo?

— sim. - respondi rapidamente.

— eu de certa forma acredito nisso... então não me importaria tanto em morrer pra você entendeu?mas também tentaria te matar de qualquer forma. - o homem disse já fitando o teto.

— por favor entre na liga dos vilões - os dois homens disseram em uníssono.

Fiquei minutos de boca aberta tentando processar tudo que acabara de acontecer, como eu poderia entrar nesse grupo... e meus amigos? eles não iriam aceitar isso de forma alguma, talvez até me julgariam.

— e-eu.. - a garota loira desceu as escadas em seguida.

— ou você vem ou você morre. - o homem de cabelos azuis disse com um sorriso.

— bem-vinda [nome], eu me chamo Himiko Toga. - a loira então parou com os braços cruzados perto da escada.

— Tomura... Shigaraki Tomura. - o mesmo coloca a cadeira no lugar.

— Dabi. - o homem do olho turquesa se virou para pegar uma bebida.

Olhei confusa para o homem, pois esperava que o mesmo falasse seu sobrenome, Dabi ao perceber deu um sorriso ladino.

— você continuará na U.A, para facilitar pra gente, e não poderá contar aos seus colegas.

— eu não sou tão burra assim. - respondi fazendo com que Shigaraki me olhasse feio.

— eu realmente não gosto de gente sem educação. - ele olhava com raiva para mim.

— aí o problema já não é meu senhor Tomura.

— tá projetando sua própria cova ein. — disse Dabi vindo na minha direção.

O homem me fez levantar da cadeira e me guiou até um quarto na qual tinha uma cama de casal e um guarda-roupa. Denominei que fosse o quarto de Dabi.

— por que me trouxe aqui? eu vou ter que ficar aqui? e minha mãe? como eu vou explicar isso? - olhava quase em desespero para Dabi.

— argh.. você faz pergunta demais.- dabi suspirou. — primeiro... sua mãe sofreu um acidente de carro graças ao Tomura, segundo... não tem outro quarto pra vc então você vai ficar comigo.

— AN? COMO ASSIM? - gritei.

— CALMA GAROTA ELA TA VIVA EUEM. - Dabi gritou de volta deitando-se na cama e jogando minha mochila na minha cara.

Coloquei meu celular pra carregar e fui tomar um banho. Depois de me banhar, me enrolei na toalha, ao perceber que não tinha outra roupa para vestir quase entrei em desespero.

— ai... mas eu sou muito burra mesmo meu deus...Dabi? - caminhei lentamente até a porta do banheiro logo a abrindo.

Ele não estava no quarto pra minha felicidade e infelicidade, já que ia pedir alguma roupa emprestada.

Eu não ia esperar ou sair do quarto de toalha para procurar o homem, então abri o guarda-roupa e peguei uma blusa preta dele que ia até minhas coxas, a garota pedi uma parte íntima para Toga que não se importou de emprestar.

Ao voltar pro quarto peguei uma escova no banheiro e passei pelo cabelo e logo escutei meu telefone tocar, ao sair do banheiro penteando seu cabelo vi Dabi de cueca prestes a atender a chamada.

— essa blusa é familiar. - Dabi olhou para mim.

— me dá essa porra aqui. - pulei para tentar pegar meu celular e falhei.

— ei senhora baixinha calma ai. - Dabi deu um sorriso para e atendendo a chamada. — olá? como posso ajudar?

— an? quem é você? - você conseguia escutar a voz de Shoto do outro lado da linha.

— ME DÁ ESSA PORRA LOGO ANDA! - gritei logo e consegui pegar meu celular de volta.

— chata. - Dabi vestiu uma bermuda.

— ei Shoto... me desculpa por isso. -disse ofegante.

— quem era? um namorado seu?

— n-nao seu bobo! é o meu...meu... PRIMO! - estava corada e tremendo por conta do nervosismo. — Shoto amanhã cedo irei te atualizar das coisas atééé. - desliguei na cara do meu melhor amigo e dei uma suspirada.

— Shoto? quem é Shoto? seu namorado [nome]? - Dabi olhava com malícia.

Apenas mandei o mais velho calar a boca e apaguei a luz, me deitei ao lado do homem. Conversamos sobre algumas coisas aleatórias e jogamos alguns jogos juntos pelo celular.

— tá na hora do bebê dormir. - Dabi disse desligando seu celular logo em seguida olhando para mim.

— ah... Não tô com sono...E eu não sou nenhum bebê. - em seguida soltei um bocejo fazendo com que Dabi risse da minha cara de sono.

— certeza? não é oque parece sabe. - dizia enquanto ria. Logo desliguei meu celular e o coloquei pra carregar na tomada que tinha do meu lado.

— boa noite.

— noite...- Dabi bagunçou meu cabelo e fechou os olhos.

truth (em hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora