EPÍLOGO

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Hoje resolvi me dar uma folga para curtir meu aniversário com os meus irmãos no parque de diversões, mas, Harry tinha uma aula importante para dar no ateliê (muito cedo!) , então, quando eu acordo, com 24 anos de cansaço nas minhas costas e horas depois do que é usual, viro para o lado esquerdo da cama e no lugar do meu namorado eu encontro uma caixinha de veludo azul com respingos de tinta verde em cima e um recadinho colado nela em cima do travesseiro do meu namorado.

"Quando te vejo dormir ao meu lado

Sinto que conquistei tudo

Temos nossos diplomas

Nosso cantinho

Nosso trabalhos e nossos sonhos

Mas, acima de tudo e qualquer coisa

Eu tenho você

Porque você escolheu ser meu

Eu ainda não sou bom com as palavras como você

Eu vou tentando ser melhor a cada dia

Porque quero sempre te dar tudo

As estrelas

O céu

O sol, a lua

As pinturas, as cores

As palavras, a música

E o meu coração

Todas as coisas que podem te fazer feliz

Feliz aniversário xx H

Ps: Lembra que eu disse que ainda iria me casar com você um dia? Esse dia pode ser hoje? Se a resposta for sim, encontre-me no ateliê".

Saio da cama rapidamente, me enfio em uma roupa simples e qualquer, escovando os dentes com pressa e quase esquecendo de trancar a porta do nosso apartamento para o Senhor Bigodinhos não fugir. Quando eu chego na porta do ateliê, lá está o meu namorado, encostado na porta e sorrindo para mim. Ele está com sua camisa rosé e uma calça social, seus cabelos mais longos do que há seis anos atrás, onduladinhos e brilhosos, a coisa mais linda do mundo, a arte mais vívida já criada no universo.

— Então, isso é um sim? — Ele pergunta. Mas, é claro que ele já sabe.

— Desde o dia que te encontrei naquele corredor, eu já disse não pra você? — Pergunto.

— Tenho uma roupa para você no carro.

— Você escolheu minha roupa para casar com você?

— Claro que sim — Ele ri, franzindo o nariz — E você estará lindo, amor.

— Onde nós vamos casar, Harry?

— Aqui — Ele aponta para a porta do ateliê e me entrega as chaves do carro — Vai lá se trocar.

Depois de dar um jeito de me arrumar dentro do carro (uma camisa lilás transparente, brincos de pérolas e uma calça cintura alta social como a de Harry), eu entro no ateliê. Tudo está organizado de um jeito simples e fofo, flores em vasinhos transparentes, cadeiras antigas, tecidos brancos de chiffon e um cheiro delicioso de lavanda. Liam e Niall estão tocando Irresistible (a música que eu fiz para Harry no meu primeiro ano de faculdade) no violão, Zayn está sentado ao lado das minhas irmãs e do meu irmão mais novo, com a mão no rosto, dando aquele destaque incrível à sua aliança dourada, meus pais estão nas cadeiras do outro lado do corredor improvisado, ao lado da avó de Harry, Anne, Robin e os novos companheiros dos dois. Harry está me esperando no final de um longo tapete branco e um juiz de paz de terno e gravata está esperando para tornar o casamento oficial. Eu nem consigo acreditar que Harry organizou tudo isso. Do jeitinho que eu queria.

Eu ganhei certo prestígio entre os músicos com as minhas composições e já vendi músicas para nomes grandes da indústria, mas, eu nunca quis que a fama me tornasse alguém diferente do garoto simples de Doncaster que Johannah e Dan criaram, então, eu pedi para Harry que quando casássemos fosse algo muito nosso, pequeno e íntimo, e foi exatamente o que ele fez, trazendo nossos amigos e nossa família, para esse lugar lindo que construímos juntos. O ateliê fica no primeiro andar e o meu studio de música no segundo. Harry e eu começamos a alugar o prédio com o dinheiro guardado de nossos empregos anteriores e realizamos nosso sonho de lecionar e orientar novos artistas. Damos aulas para crianças de manhã, para adolescentes à tarde e para adultos à noite. Felizmente, conseguimos dividir bem os tempos das aulas para trabalhar e ainda ter bastante tempo para ficarmos juntinhos e ver nossa família sempre que quisermos, assim como Harry sempre desejou.

— Está tudo do jeito que você queria? — Ele me pergunta quando, lentamente, eu termino meu trajeto e chego até ele, agarrando sua mão.

— Eu te amo — Eu sussurro, não conseguindo conter meu suspiro apaixonado — Está tudo perfeito e mesmo se não estivesse, é você, como poderia não ser perfeito se eu tenho você?

— Eu também te amo.

— O anel é igual ao da pintura — Eu mostro o anel que eu coloquei no dedo assim que abri o caixinha.

— É o anel de noivado da minha avó — Ele revela, quase fazendo meu coração parar — Ela disse que eu deveria entregá-lo quando encontrasse a pessoa certa.

— E como você sabia que eu era a pessoa certa quando me retratou com ele no dedo?

— Como um sábio me disse uma vez — Ele solta uma risadinha adorável — "Você só sabe".

My kind of art || Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora