Capítulo 1

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A vida de universitária é a coisa mais desgastante que existe. Minha cabeça na adolescência era: "Não vejo a hora de terminar o ensino médio, não aguento mais esses professores chatos". Termino o ensino médio e quero voltar para ele novamente, que ódio, eu era feliz e não sabia.

Vesti uma calça jeans, uma camisa do Shaw Mendes, amarrei um moletom na cintura, calcei meu velho all star, e peguei minha mochila. Já ia saindo do meu quarto, mas voltei e me olhei no espelho.

— Sina Deinert, você está acabada minha filha! – Falei para minha própria imagem refletida no espelho, dei duas tapinha no meu rosto para acordar.

Abri a porta do meu quarto, e já fui quase correndo em direção a porta, já passava das 18:00, eu não ia conseguir pegar um ônibus para chegar no horário certo. Hoje minha aula ia ser um pouco mais cedo, e não dava pra pegar um ônibus da faculdade, ia ter que pegar ônibus de linha mesmo.

— MÃE, PAI TO INDO PRA FACULDADE! – Gritei para eles poder ouvir, já que estavam na cozinha.

— Filha você não vai comer nada? – Ela gritou de volta. 

— EU ME VIRO MÃE! – Mentira, não tinha um centavo no bolso.

— Tenha cuidado meu bebê.

Sai correndo pela rua até a esquina onde ficava o ponto de ônibus, quando tava quase chegando tomei um tropeço e fui parar no chão.

— Que inferno! – Olhei minha mão que tava com um machucado, e minha calça rasgou no joelho, além da ardência no local. — Quando será meus dias de glória? – No mesmo momento o ônibus passou e não parou já que não tinha ninguém no ponto de ônibus. — Deus, por que me castigar tanto? – Eu quis chorar.

Me levantei e peguei meu celular na mochila pra ligar pra única salvação que veio na minha cabeça.

— Oi meu docinho... – Joalin falou ao atender.

— Docinho teu cu, da pra vim me buscar aqui no ponto de ônibus perto da minha casa?

— Loira folgada, sua sorte que não tô longe, senão ia te deixar plantada aí.

Olhei pro lado e vi dois homens de moto se aproximando, a rua tava quase escura, só tinha um poste e a luz era bem fraca.

— Tem dois homens se aproximando de mim.

— Sai correndo daí Sina, eu já te falei um milhão de vezes pra você não ficar nesses pontos de ônibus sozinha.

Foi exatamente o que eu fiz, percebi que os homens começaram aumentaram a velocidade da moto atrás de mim.

Que eu não tropece

Que eu não tropece

Que eu não tropece

Olhei para trás, um desceu da moto e começou a correr atrás de mim.

Me enrolei com minhas pernas e cai no chão. Meu celular foi parar na puta que pariu, a tampa pra um lado, a bateria pro outro.

Olhei pra frente, o homem tava quase a minha frente. Eu engoli em seco.

— Olá loirinha linda, precisa de ajuda? – Oh Rio de janeiro, por que tão lindo e perigoso?

— Não! Obrigada.

Me levantei e ia sair correndo novamente, mas o homem segurou na minha mão e me puxou para os braços dele. O cheiro de cigarro e de cachaça estava impregnado nele, a barba não era feita a dias, ele fedia a suor.

Ouvi um carro parando do lado, olhei na esperança de ser Joalin, mas não era o carro dela.

— Larga a moça seu retardado! – Um garoto moreno falou se aproximando, ele usava roupa de academia, o cabelo preto, era bem fortinho e bonito.

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