Capítulo 3

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Pov Sina

Nem acredito que hoje é sábado, me estiquei na cama pra alongar minha coluna, olhei a hora e soltei um resmungo de ódio, sábado eu posso dormir mais, e olha só quem está acordada a 06:00 da manhã.

Me peguei pensando no garoto que me ajudou na rua, lembrei que ele tinha me dado um cartão com número de telefone, pulei da cama e peguei minha calça procurando no bolso onde eu tinha deixado. Achei o cartão e sorri, mas logo meu sorriso vacilou, pensei que no cartão tinha o nome dele, mas só tava o número mesmo.

Dei de ombros e pulei na cama com meu celular, coitado do meu celular, tava todo trincado da pancada, mas nem tenho ideia de quando vou poder comprar outro, as coisas aqui não andam nada fáceis.

Adicionei ele no whatsapp, não tinha fotos, a última vez que ele olhou o whatsapp foi as 05:45 da manhã. O que esse cara faz acordado nesse horário?

Sina: Oii, eu sou a garota que você me passou o cartão ontem. Então, a caipirinha tá de pé?

Fui olhar os grupos com meus amigos, tinha mensagem de Joalin ainda surtando com a moça da boate.

Quando voltei pra tela principal do whatsapp já vi que ele tinha respondido. Será que não dormiu ainda? Ou na verdade acordou as 05:45 e eu aqui pensando errado.

Abri rapidamente a janela de sua conversa.

Bailey: Não esperava que me mandasse mensagem tão rápido. Está de pé sim, te encontro nesse endereço as 20:00.

Ele me enviou uma localização. Sorri e joguei meu celular na cama.

IRRUUUL EU TENHO UM ENCONTRO COM UM CARA GATO!

Peguei meu celular e liguei pra Joalin eufórica, Joalin me mandou ir pro inferno por ter ligado pra ela de madrugada e ainda por cima pra contar que vou beijar boca de homem. 

Depois que tomei banho e fiz minha higiene desci as escadas e fui para a cozinha. Percebi minha mãe secando uma lágrima.

— Oi filha, bom dia.

Fui até ela e dei um beijo no rosto.

Meu pai é uber, mas o que ganha mal da pra sustentar as despesas e nos alimentar.

Fui até o armário e peguei um pão, já devia ser de uns 2 dias, tava bem duro, minha mãe me olhou triste.

— Seu pai foi trabalhar e vai fazer algumas compras. – Seu tom de voz era baixo.

Eu me sentia um peso morto em casa, eu até queria trabalhar, mas já procurei trabalho e não encontro, e devido a faculdade tudo fica mais difícil pra conciliar os dois. Minha mãe também tá desempregada e tudo em cima do papai fica impossível.

Eu abri o pão, passei margarina e coloquei no micro-ondas para amolecer. Enchi uma caneca de café e comi.

— Mãe eu marquei de sair com um garoto hoje. Tudo bem pra senhora? – Vim um sorriso desenhar a boca dela.

— Huuum, me conte mais sobre isso. – Ela puxou uma cadeira e sentou do meu lado.

Eu passei minha mão no cabelo o penteado, que vergonha.

— Mãe...

— Sina para de ser chata, eu tô feliz que enfim você vai sair com alguém, nem lembro se isso já aconteceu alguma vez. – Ela fez uma pausa e segurou minha mão. — Filha... Você ainda é virgem?

Minhas bochechas ficaram vermelhas. Ah não mãe, esse assunto não.

— Mãe por favor, tô ficando com vergonha!

— Filha, se você for transar com esse menino, não esqueça de usar camisinha por favor.

— Mãe não! Mãe para!

Eu saí correndo e fui para meu quarto.

Durante o dia fiz meus trabalhos da faculdade, escrevi algumas páginas do meu TCC, ajudei minha mãe em algumas tarefas de casa.

Agora já passava das 19:00 eu estava me arrumando para sair com Bailey. Assim que estava pronta tirei uma foto e mandei pra Joalin.

Sina: tá muito simples?

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Sina: tá muito simples?

Joalin: pra sair com macho tá mais que bom. Tira essa blusa e coloca uma do Shao mendis.

Nem sei porque peço a opinião de Joalin, ela ama me zoar por andar com camisas do Shawn. Nem a respondi mais, passei perfume e fui para a sala.

— Que linda filha... – Disse minha mãe com um sorriso no rosto. Ela assistia a novela da Globo ao lado do meu pai.

Meu pai já tava com a chave do carro na mão. Ele iria me deixar no endereço que Bailey me mandou.

Eu mostrei o endereço a meu pai, ele colocou no GPS do carro e seguiu caminho.

Meu pai parou minutos depois perto de um restaurante sofisticado.

— Ele tem bastante dinheiro... – Meu pai falou olhando pro prédio, e então eu me dei conta que era aqui.

— Meu Deus é aqui? Pai eu não tô muito simples? – Me desesperei internamente.

— Tá nada, você tá linda, olha pega esse dinheiro aqui. – Meu pai puxou uma nota de 100 do bolso.

— Pai não...

— O dia hoje foi bom, não se preocupe.

Eu dei um abraço forte nele e peguei o dinheiro, eu realmente não queria ir sem nenhum real no bolso.

Assim que sai do carro vi uma mensagem dele.

Bailey: estou na mesa 24, informe ao garçom e ele te trás até mim.

Ele realmente veio, não levei um toco, já é um avanço.

Entrei no restaurante, o garçom me olhou de cima abaixo.

— Estou com a pessoa da mesa 24.

Ele levantou as duas sobrancelhas, mas rapidamente já me deu mais atenção.

— Sim senhora, me acompanhe.

Ele sorriu e saiu desfilando na frente e eu fui seguindo.

Ele subiu algumas escadas, chegamos a um local mais romântico, tinha a iluminação bem baixa com algumas luzes vermelhas, as mesas redondas e bem chique, eu acho que nunca entrei em um lugar tão sofisticado.

— Mesa do canto. – Ele apontou e eu fui andando até lá.

A surpresa foi enorme quando eu vi quem estava ali. Não é possível, só pode ser um engano.

(.) (.)

Bailey? O.o

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