Pov Sina
Eu fiquei escondida pelos arredores da minha casa até que percebi o carro dela se aproximando. Coloquei o gorro do meu moletom e sai a seu encontro.
Respirei fundo antes de entrar no carro, assim que abri a porta aproveitei a luz e olhei para ela, calça moletom preta, top, e um tênis. Ela geralmente se veste assim para dormir, será que ela já estava deitada?
Entrei no carro e coloquei cinto de segurança, não falei nada e nem ela. Ela apenas saiu com o carro pelas ruas escuras.
Eu permaneci em silêncio esperando ela puxar assunto, mas isso não aconteceu. No mais, minha barriga resolveu se manifestar e demonstrar que estava com fome.
— Não está de alimentando corretamente senhorita Deinert? – Ela falou sem me encarar.
— Isso não é da sua conta!
— A partir do momento que você assinar um contrato comigo, isso será da minha conta.
— Isso não aconteceu ainda!
Ela ficou em silêncio, mas em poucos minutos vi ela entrando em um drive-thru 24 horas, e meu estômago agradeceu.
Ela mesmo fez um pedido sem me perguntar o que eu queria. Pelo tanto de comida que ela pediu tenho certeza que ela vai me alimentar, se alimentar, e ainda levar um lanchinho da madrugada para seus seguranças.
Fomos pra fila de espera, Heyoon desligou o carro e se virou para mim.
— Você queria conversar comigo Sina. Eu estou aqui.
— Eu aceito! – Disse seca.
— Sem questionamentos? Por que mudou de ideia?
— Eu preciso do dinheiro... – Fui honesta.
— Está fazendo isso apenas pelo dinheiro?
— Sim. Você mesma falou que não podia me apaixonar.
Ela me olhou profundamente, ligou o carro e foi até a janela pegar os pedidos. Jogou as sacolas em cima de mim e saiu pelas ruas novamente.
— Coma!
Eu tava com tanta fome que nem bati de frente com ela. Abri a sacola e tirei um hambúrguer, batata frita e coloquei o copo de refrigerante no suporte de copo do carro.
Heyoon parou o carro em um estacionamento da praia e ficamos de frente para ao mar, a luz do poste iluminava fraco o ambiente.
— Leu todo o contrato? – Ela olhava fixamente pra frente, batia com o dedo indicador e médio no volante.
— Ao menos umas 10 vezes. – Falei e mordi o hambúrguer, Deus que delícia, quanto tempo eu não comia um desses.
— Nem uma pergunta?
Tomei um gole do refrigerante para ajudar a descer a comida antes de responder.
— Por que contrata um dominante? Seria mais aceitável se você sentisse prazer em ser a dominante. – Perguntei e encarei ela. Mordi novamente o hambúrguer.
— Simples. Eu gosto de sentir e não de proporcionar.
Dei de ombros, fazia sentido.
— Mais uma coisa. – Engoli e tomei outro gole do refrigerante. — Não vou comer apenas mato passado por nutricionista.
Heyoon soltou uma gargalhada.
— Tudo bem. Mais alguma restrição?
— Também não quero o cartão de crédito para comprar roupas.
— Okay. Mais alguma coisa?
Comi o resto do hambúrguer e pensei enquanto mastigava.
— Posso te perguntar conforme for acontecendo? Não na hora sabe, que tiver rolando. Mas depois eu posso tirar dúvidas com você?
— Sim, eu quero que realmente faça isso.
Joguei o lixo dentro de uma das sacolas, ainda tinha uns 3 hamburguês. Resolvi pegar mais um, se brincar eu comeria tudo.
— Você tem tudo? Ou eu tenho que comprar os brinquedos e aquelas coisas que você colocou no contrato?
— Eu tenho Sina.
Mordi meu hamburguês e fiquei olhando para o mar, buscando se eu ainda tinha alguma pergunta.
— Última coisa. Eu não posso te tocar sem sua permissão? Ou te beijar? Eu posso te beijar? Não li isso no contrato.
— Você pode me beijar. Quanto ao toque sem minha permissão, depende da ocasião e da forma que irá me tocar.
Eu voltei a comer minhas batatas, dessa vez percebi ela roubando uma. Quis protestar, ninguém pega minha comida, mas ela que pagou então deixei passar.
— Posso te perguntar como anda a condição financeira de sua família? Algo me diz que isso está influenciando diretamente na sua decisão. – Ela pegou outra batata, aí também já tá abusando da boa vontade.
— Eu não quero misturar minha família com isso aqui. Parece que eu estou entrando em um emprego, então você não é nada minha, apenas minha "patroa". – Fiz aspas com os dedos.
— Me contaria se eu não tivesse te apresentando o contrato. – Isso não foi uma pergunta, ela afirmou.
— Sim! Eu te contaria, pois eu estava me relacionando com você.
— Sina, não gostaria que me visse apenas como sua "patroa" – Ela também fez aspas com os dedos. — Podemos ter uma amizade por trás disso tudo.
— Eu não quero ter vínculos com você, me conheço e sei que quando o mês acabar eu vou acabar sofrendo com isso. E como você afirmou, sem sentimentos.
Heyoon encostou a cabeça no banco do carro e soltou uma longa respiração. Desci meus olhos pelo corpo dela, fica gostosa demais com roupa social, mas essa mulher com essa calça moletom e de top tá de fuder meu subconsciente.
— Estava em casa quando te mandei mensagem?
— Estava indo dormir. – Ela respondeu olhando fixamento pro mar.
Joguei o resto das coisas que sobrou no banco de trás e me virei para ela.
— Enquanto não assinamos esse contrato, eu não devo nenhuma obediência a nada daquilo.
Eu a peguei de surpresa e a puxei para um beijo que ela retribuiu no mesmo momento. Em segundos a mulher tava sentada no meu colo com uma perna de cada lado. Vai ser difícil meu cérebro entender que é só um contrato.
Segurei na bunda dela e apertei, em resposta ela mordeu meu lábio. Eu migrei os beijos para o pescoço, como ela tava apenas com um top dava total liberdade para eu explorar sua cintura e seu pescoço desnudo.
Eu não iria fode-la naquele carro, eu só tava querendo deixá-la excitada mesmo.
— Vamos pra minha casa... – Heyoon falou com um fio de voz.
— Quando eu me mudo pra lá? – Perguntei e mordi sua orelha.
— Por mim agora mesmo.
Eu parei de beijar seu pescoço ela me olhou sério.
— Sexo apenas quando o contrato tiver assinado. – Descontei a vez que ela me deixou com vontade na boate. Mas eu tava com vontade de toca-la.
— Tá brincando comigo? – Ela falou com uma voz ríspida.
— Não senhora. Agora me leve para casa! – Dei um tapinha na bunda dela, para que voltasse pro banco de motorista.
Ela gosta de pessoas que mandam nela não é? Tenho certeza que ela gosta que mandem nela apenas na cama, mas tô pouco me lixando, eu dou ordens fora dela também.
(.) (.)
Vai brincando Sina Deinert...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Proposta Para Um Dominador
FanficSina Deinert (22 anos) estudante do último período de administração. Garota de família simples e humilde, seu único prazer na vida é estudar para poder dar uma vida melhor aos seus pais. O que Sina não contava na vida, era que iria aparecer uma empr...