Prólogo

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Essa é a personagem que aparece nesse capítulo, ela é uma personagem original e um dos principais

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Essa é a personagem que aparece nesse capítulo, ela é uma personagem original e um dos principais. Fui eu que desenhei, então espero que tenha ficado bom kk

***

Já estava de manhã quando Harry acordou, para sua surpresa, pois acostumou-se a ser despertado às duas da madrugada por sua tia Petúnia, para assim começar a realizar os afazeres domésticos. A claridade machucava seus olhos ainda fechados, seu corpo dolorido em sua cama e, mesmo essa não sendo das mais confortáveis, parecia ter virado concreto de tão dura e fria que estava. Se remexeu inquieto, tentando se acomodar, e pôs um dos braços sobre as pálpebras, abrindo-as lentamente​, sentindo incômodo com a luz atravessando suas pupilas. Piscando algumas vezes, tirou o braço do rosto e passou a tatear a pequena cômoda ao lado da cama, encontrando o óculos em uma superfície gelada como mármore.

Colocando o óculos no rosto, arfou audivelmente ao ver que não estava em seu quarto ou tão pouco na casa de seus tios. Se encontrava jogado no chão de um lugar cheio de mesas e livros postos nas prateleiras de estantes altas de madeira. Todo seu sono se esvaiu quando ele pôs os olhos no lugar que era grande e frio, meticulosamente organizado, deixando o pequeno rapaz acanhado pela estranheza. Ele se sentou no chão, sem sair do exato local em que acordou, averiguando se encontrava alguém por perto para lhe informar onde e o porquê de estar ali.

- Olá..? - Murmurou o jovem em baixo tom, esperando uma resposta, mas sem nunca deixar de temer o desconhecido. Respirou fundo, tentando se acalmar, sem nem ter percebido que, por um longo momento, havia suprimido o ar nos pulmões. - Tem alguém aí?

Observou com mais cuidado o grande cômodo, esperando alguém se pronunciar em meio ao silêncio sepulcral e as batidas aceleradas e acústicas de seu coração. O lugar era singularmente bonito, com paredes beges claras até onde seus olhos alcançavam e tons de marrom e preto espalhados pelos móveis de aparência antiga, menos as grandes fileiras de livros, já que esses continham capas de variadas cores e estilos, todos muito bem cuidados, apesar de alguns aparentarem estar desgastados.

Puxou uma nova lufada de ar e sentiu a fragrância de papel, que foi o que conseguiu o acalmar aos poucos, até ouvir em alto e bom som o ranger de uma porta velha de madeira escura, vendo sair de lá uma senhora de cabelos ruivos e rosto redondo, esbanjando uma feição assustada enquanto mantinha uma grande bengala em mãos.

- QUEM ESTÁ AÍ?! - A senhora gritou, se afastando da porta de madeira e, por fim, paralisou ao ver o rapaz. Ele se encolheu no lugar em que estava, com medo de se afastar e, por conta do movimento, ela o atacar.

Olhou mais atentamente para a mulher e pode notar seus cabelos soltos contornado o rosto redondo e pálido, madeixas tão ruivas e desgrenhadas quanto seria possível, seu corpo alto e fino vestindo uma camisola branca comprida e de manga longa que alcançava seus tornozelos, protegendo-a do clima frio.

Os olhos amendoados olharam profundamente os verdes de Harry, que estavam repletos de água, fazendo o verde cintilar em meio a iluminação natural de algumas janelas no alto das paredes. Ela abaixou a bengala até a ponta dessa chegar no chão, porém não soltando o pedaço de pau, segurando-o com força. Com o olhar, ela se fez entender que queria uma explicação, se aproximando dois passos do lugar que o moreno estava, ainda mantendo uma distância significativa.

- Eu me chamo Harry.. e eu não sei onde estou. - Ele respondeu a primeira pergunta da mulher, vendo a mesma arquear uma sombrancelha e se aproximar mais um passo, com uma expressão séria.

- Levante-se. - Ela falou simplesmente, apertando os olhos castanhos claros, demonstrando severidade. O garoto, absorvendo o choque das palavras, se colocou em pé lentamente, ainda com medo de um ataque físico. Ela o analisou por um momento com os olhos e então fechou mais a expressão. - Mostre o que está em seus bolsos. - Ela ordenou, levantando pontualmente a bengala quando o pequeno menino pôs as mãos nos bolsos, pondo os pedaços de pano para fora, mostrando os bolsos da calça de moletom vazios.

Voltou a fitar a ruiva com temor, mordendo os lábios trêmulos e vermelhos pelo frio, no mesmo tom das bochechas e do nariz fininho e empinado. A mulher, então, soltou um suspiro aliviado e abaixou de vez a bengala, andando em passos longos e tortos, com o apoio do pedaço de pau, até o moreno que só se encolhia cada vez mais em seu próprio corpo.

Quando ela se aproximou o suficiente para entrar no espaço pessoal de Harry, ele sentiu sua mão direita ser puxada e então andaram em passos corridos e exasperados para a porta em que a senhora se encontrava antes, para então passarem por essa e entrarem em um segundo cômodo. Harry só teve tempo de ser virar e ver a grande sala de livros ir embora conforme a porta de madeira preta era fechada com uma forte rajada de vento, que o fez tremer dos pés à cabeça.

Harry Potter and the Salazar Slytherin SocietyOnde histórias criam vida. Descubra agora