Capítulo 5: Landscape

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Importante: esse capitúlo contém gatilhos!

•Narrado pelo JK.

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Jeongguk

Depois que eu lhe disse, Jimin ficou parado, tentando compreender o que era misofonia.

Fiquei quieto, deixando ele pensar.

Entramos em seu apartamento e nos sentamos em seu sofá.

- Desculpa, Gguk, mas eu não sei o que é isso. Você pode me explicar? - perguntou ele.

- Posso. É uma síndrome que envolve um determinado som, e que afeta alguns de meus neurônios.- vi ele ainda com cara de confusão. Ri e depos continuei: - eu quero lhe contar um pouco de minha história, porque tenho certeza que você não entendeu o que eu disse. Talvez você possa entender o que eu estou dizendo através dela.

- Meu ouvidos estão prontos para lhe ouvir. - disse ele, brincando.

- Vou contar desde o começo.

"Sempre soube que qualquer relacionamento em que eu fosse me meter, não somente os amorosos, os de amizade também, iriam passar por esse momento. E eu odeio ter que passar por eles.

Não quero que minha vida vire em torno de uma síndrome. Não quero me tornar um fraco, e nem alguém que não é capaz de sair com os amigos depois que eles descobrirem que muitas desses encontros me fazem muito, muito mal.

Eu nem sempre fui assim. Sim! Eu era alguém despreocupado no passado, uma pessoa que não era definida pela misofonia. Porém, foi há tanto tempo que nem me recordo dos meus tempos de paz.

Tudo começou quando eu tinha por volta dos meus 8 anos. Estava com meu pais em nosso carro, indo visitar minha irmã mais velha. Eu sou filho de dois pais. Soobin, é pansexual e já teve uma filha com uma mulher antes do casamento com meu outro pai, Yeonjun. Mesmo sendo uma menina crescida quando descobriu que nosso pai tinha interesses em mais de um gênero, Jisoo e sua mãe Dahyun foram super receptivas com meu pai.

Por isso, íamos muitas vezes visitá-las. Jisoo passava alguns dias em nossa casa, mas quando começou seu curso de psicologia, passou a morar definitivamente com sua mãe. Por esse motivo, íamos vê-la, e matar a saudade.

Foi durante o percurso de nossa casa até a casa de tia Dahyun, que meu pai Yeonjun decidiu mascar uma goma, como sempre fazia. Mas naquele momento, eu senti algo estranho em relação àquilo. Não gostei de seus barulhos e muito menos de seus movimentos ao mastigar. Pensando nisso, abri a janela traseira e me concentrei nos som dos ventos soprando e buzinas dos carros e motos ao nosso redor.

A partir desse dia, toda vez que alguém começava a mastigar uma goma próxima a mim, eu pensava em o quão grotesco essa pessoa era por não saber mastigar de maneira indiscreta, e tentava ao máximo me distrair com algo ao meu redor.

Depois de um tempo, isso começou a ocorrer com o tintilar das louças e dos talheres. Ficava julgando as pessoas em minha cabeça, pensando que eram tão mal educadas que não conseguiam fazer suas refeições de maneira discreta. Ninguém era educado, sempre os xingava em minha mente, às escondidas.

Só que, como sempre, as coisas pioraram.

Aos 12 anos, a ida a um restaurante se tornou algo que me assombrava. Sempre tentava convencer meus pais a ficarmos em nossa casa, e pedir um lanche, mas eles sempre falaram que eu estava tentando atrapalhar a saída deles.

A CLAVE DE DÓOnde histórias criam vida. Descubra agora