Capítulo 11 - Diálogo

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Eu passei o dia refletindo no que Dylan tinha e dito no carro, e era verdade. Eu estava grávida e morando com ele. Coloquei uma ordem na minha cabeça: NÃO SURTAR. Poderia não surtar, mas relacionamentos sérios são um uma mina perigosa, pessoas se ferem e se magoam. Todos nós cometemos erros e o que se faz com isso?

– Stella você namora?

– Sim, a dois anos. Thomas é o rapaz mais doce e lindo que já conheci. – ela falou numa voz melosa que me deu vontade de vomitar.

– Que bom. E como é?

– Como é o que Barb?

– Namorar.. o que vocês fazem.. o sexo é bom.. continua o mesmo? Transar com uma pessoa só satisfaz?

Ela começou a rir e percebi que tinha enchido ela com as questões que estavam na minha cabeça. Aquilo ia soar estranho.

– Barb o que faz você pensar que o sexo muda depois que nos relacionamos com uma pessoa? Porque ele não poderia melhorar?

– Sei lá.. e variedade?

– Quando estamos com uma pessoa nós temos intimidade de mudar e ajeitar as coisas conforme o parceiro. Queremos agradar e ele se quiser nos agradar torna tudo ainda melhor.

Ela parecia Vanessa falando. Estranhei.

– Bom vou levar esse documentos na contabilidade e voltamos a falar sobre isso. Tudo bem?

Ela sorriu e eu sai de lá. A contabilidade ficava no primeiro andar e eu tinha que percorrer muitos andares, o elevador quebrou e só tinha alguns lances de escadas. Olhei e não vi nenhum Sprouse a vista e comecei a descer lentamente segurando num corrimão, sei lá... ultimamente a prioridade era a barriga e será que todas as grávidas se sentiam assim? Por exemplo, saltos já eram descartados quando eu pensava em me arrumar e tinha a tal da alimentação, hoje consegui comer duas bananas. Bom eu li na internet que tinha cálcio e o bebê precisava disso. Duas bananas... eu podia suportar isso.

– E aí.. como não me ligou eu vim te ver.

Eu estava no corredor e Charles apareceu do nada! Meu Deus!

– Não falei que ia te ligar?

– Não me ligou então eu vim. Precisamos conversar.

– QUAL A PARTE DO NÃO TEMOS OU NÃO TÍNHAMOS NADA QUE VOCÊ NÃO ENTENDE?

–Não tínhamos nada até esse filho de uma puta aparecer!

– Cala a boca! Eu nunca gostei o suficiente de você para termos alguma coisa. Era sexo Charles. NADA MAIS!

E ele me imprensou na parede e chegou muito perto de mim, temi pela barriga e medi meus passou com muito cuidado.

– Acha que esse teatrinho vai durar quanto tempo? Quando cansar dele o que vai fazer?

– Charles estou avisando para me soltar se não as coisas não vão ficar boas. Pelo que vivemos não quero te machucar.

Ele começou na rir, melhor gargalhar e isso me deixou mais furiosa. Chutei as bolas dele e quando ele agachou torci os braços dele da maneira mais dolorida que conhecia.

– NUNCA MAIS SE META NA MINHA VIDA. COM QUEM ESTOU OU O QUE VOU FAZER NÃO É DA SUA CONTA!

Nessa hora uns seguranças apareceram e um tumulto começou, eles acudiram Charles que estava jogado no chão, acho que desloquei o braço dele.

– Sra. Palvin ele quer prestar queixa. – Nós estávamos numa sala privada proque já tinha gente demais olhando. Eu, ele e dois seguranças.

–PORRA NENHUMA! CHARLES SE ATREVA E EU COLOCO VOCÊ NA CADEIA POR ASSEDIO!

Na escuridão ~ Adaptação DarbaraOnde histórias criam vida. Descubra agora