Roupas, sapatos, rosa, azul, amarelo e eu surtando naquela loja com um monte de mulheres felizes e barrigudas. Dylan me deixou aqui com aquelas malucas me perguntando quantos meses, sexo, parto normal ou cesárea. Merda, precisava de uma bebida para aturar aquilo.
– Hum.. já sabe o sexo?
– Não. – respondi olhando para a porta e procurando por Dylan.
– Faz aulas aonde?
– Aula? – que merda era aquela?
–Para o parto, são para nos ajudar.
– Se tiver cesárea precisa disso?
– Bom... vai se drogar para ter seu filho? – ela me olhou com cara feia.
– Se isso significar sem dor, com certeza. Todas as drogas do mundo!
E ela me olhou horrorizada, eu tinha falado algum palavrão?
– Você é a mãe mais irresponsável que já conheci falando assim!
E eu ia dar uma resposta com um belo palavrão, mas Dylan apareceu atrás de mim.
– Vamos? – ele falou suavemente. – Gostou de alguma coisa?
– Sim, da porta!
E disparei para lá antes que batesse naquela vaca gorda. Bom, ela estava grávida, então não devia ser gorda realmente. Me arrependi de pensar nela como vaca gorda, mas ela mereceu.
– Dylan eu vou drogar meu filho se tiver cesárea?
Ele quase engasgou com o refrigerante, e riu.
– Não, isso é algo que dizem, mas na verdade a criança quase não recebe nada. É tudo muito rápido.
– Hum... e parto normal é demorado?
–Depende da mulher e do corpo dela.
– Qual é mais seguro para o bebê?
– Bom, cesárea é bom porque podemos nos programar e evitar desconforto desnecessário para a criança. Normal é melhor para a mãe, a recuperação é mais rápida.
– Dylan eu quero sem dor. Qualquer merda sem dor ouviu?
– Bom, podemos arranjar isso. E fico feliz que esteja pensando nisso.
– Tire esse sorriso. Está me irritando.
Na verdade, o que me irritava era o fato dele estar ganhando mais e mais espaço e apesar de gostar era inevitável não me sentir estranha. Foram muitos anos negando isso. Mas era só pensar numa forma de me envolver sem traumas, sem frescura.
– Meu pai quer falar com você. – eu nem havia havia percebido que ele estava no telefone.
– OI.
– Barbara pede para Dylan te levar no hospital.
– Hospital? Acabamos de sair. Aconteceu alguma coisa?
– Não nesse, no outro. Ele vai entender.
E ele desligou.
– Preciso encontrar seu pai no outro hospital.
– Hum... – ele levantou da cadeira. E digitou uma mensagem.
–O que foi? Para quem é isso?
– A rota para o Noah.
– Viraram amigos? – falei levantando e pegando minha bolsa.
– Sim.
E fomos calados para o tal outro hospital. Quando chegamos no bairro pobre em que o tal hospital se encontrava, Skeet estava na porta nos esperando. Ele sorria, e percebi que o bairro era muito mal frequentado, tinha pessoas de cara feia nos encarando e Skeet apenas fez um gesto dizendo que nos conhecia. Puta merda onde eu estava?
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Na escuridão ~ Adaptação Darbara
FanficFoi uma noite intensa. Precisa de um alívio... precisava fugir da dor. Aqueles olhos em mim.. seu corpo junto ao meu. Tudo isso dissipou minha dor, me deu um calmante natural. Mas não queria me envolver, não queria mais ninguém. Até ver a merda daqu...