É claro que depois daquela noite eu ia precisar de duas horas de terapia para entender o que exatamente foi aquilo, meu corpo... todo meu corpo queria o dele como o de ninguém. Para começar, foi só por isso que me descuidei na boate e passei o dia inteiro com a família dele, o que e deixou pior em relação ao que Vanessa chama de demônios, meus demônios. Pois bem, todos muito legais como Camila e muito sorridentes. Por que eles eram tão felizes? Uma vez Camila tinha me dito que a tristeza passou a ser tão minha amiga que para perdê-la eu teria sérios problemas, ainda era cinco da madrugada quando eu abri os olhos e sabia que não os fecharia de novo. Não tive pesadelo desde que conheci Dylan, o que era estranho também. Fui tomar um banho quente e fiquei lembrando da noite, mudei a água para a fria. Sequei os cabelos, penteei e fiz uma trança. QUE ROUPA SE USA PARA TRABALHAR EM UM HOSPITAL? Maldito dia em que aceitei aquilo, nunca trabalhei nem na empresa, na minha própria empresa e agora isso. Vou colocar uma calça jeans escura, um salto e uma blusa mais social também. Azul fica bem em mim e peguei uma de seda que Camila colocou no meu armário por engano. Eram seis horas ainda, que horas eu teria entrar? Passei no quarto de Dylan e ele ainda estava dormindo, Valéria não viria hoje era domingo. Me toquei que começaria a trabalhar num domingo. Quem por Deus trabalha dia de domingo? Se a situação fosse outra eu estaria dormindo ou provavelmente chegando a essa hora, minha casa se tivesse festa estaria cheia e todos jogados em lugares sortidos pela casa e eu estaria com Charles em algum lugar. Minhas transas com Charles eram boas, excelentes, mas nunca tive uma como as que tive com Dylan. Meu orgasmo chegava fácil e rápido, era estranho a nossa conexão.
Fui para a cozinha, fiz o café. Panquecas com ovos, bacon e sucos. Resolvi fazer suco de laranja e de limão. Frutas, tinha frutas na geladeira, não gostava daquilo, mas estava grávida deveria comer alguma coisa. Peguei uvas, eram mais aceitáveis. Comi em pé na cozinha, mas coloquei a mesa para Dylan, sei lá... vai que ele era do tipo só como na mesa? Pensei que ele poderia me comer na mesa a qualquer hora. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Camila perguntando que horas eu começaria, ela respondeu dizendo que já estavam todos lá. Olhei o relógio, sete e meio, quem começa a trabalhar essa hora? Dylan se levantou e resolvi ir na frente, não estava com coragem de olhar na cara dele. Vergonha? Eu senti vergonha? Precisava falar com Vanessa, meus sentimentos estavam muito confusos.
Noah estava parado na garagem.
- Bom dia Sra. Palvin.
- Bom dia Noah, vou para o hospital, não tenho hora para sair.
- A senhora fica até as duas. Tem consulta esse horário.
- Como você sabe mais da minha vida que eu?
- O Sr. Sprouse me informou.
- Ele não me informou nada disso.
-Em que carro a senhora vai?
- No Volvo, gosto dele.
Olhei e tinha mais um carro na garagem, era uma BMW preta. Noah viu o ponto de interrogação e falou que era de Dylan. Ignorei, entrei no meu carro e fui para minha mais nova aventura. O hospital ficava muito perto e com o pouco transito cheguei ainda mais rápido. Quem exatamente eu deveria procurar nesse hospital enorme? Vi a recepção e resolvi dar uma de turista já que era isso que eu era. Turista nessa vida de trabalhadora.
- Hum... Sou Barbara Palvin, procuro Camila Sprouse.
- O consultório da Dra. Camila fica no segundo andar. O elevador é ali.
E fui para o segundo andar, o hospital era bonito, tinha vidros que davam para ver a cidade ao redor dele, os andares eram brancos com todos os detalhes pratas. Bati na porta e vi Camila sentada olhando algumas pastas, ela mesmo de branco conseguia ser estilosa com vestido branco, salto e um jaleco com seu nome bordado de rosa.
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Na escuridão ~ Adaptação Darbara
أدب الهواةFoi uma noite intensa. Precisa de um alívio... precisava fugir da dor. Aqueles olhos em mim.. seu corpo junto ao meu. Tudo isso dissipou minha dor, me deu um calmante natural. Mas não queria me envolver, não queria mais ninguém. Até ver a merda daqu...