capítulo 6 - suas mil personalidades I

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Dylan

Era muita coisa para ser absorvida em pouco tempo. Ela bebe, fuma, usou drogas, teve relações sexuais com mais ou menos todo mundo, faz terapia, tem sérios problemas emocionais, é super rica e está sendo ameaça de morte. Minha cabeça começou a doer quando fiz essa lista interminável que não incluiu muitas coisas como seu gênio forte e algumas maluquices que só descobriria com o tempo. A psicóloga dela era boa, tinha que admitir que precisávamos de ajuda. Acho que ela só cedeu muitas coisas porque não queria realmente discutir. Ela é linda, se ficasse um pouco menos chateada por tudo ela ia ser perfeita. Barb tinha que ver a mulher linda que era antes que se destruísse ela estava se jogando de um penhasco e não estava nem vendo. Ou via e a sua intenção era exatamente essa, se destruir. Mas por quê? Jovem, rica, bonita, inteligente... Camila me contou que suas notas mesmo com toda a farra ainda conseguiam ser as melhores da turma. Como uma bêbada faz prova não sei, mas ela fazia e se dava bem.
Aquela noite foi um rompante, nunca fiz nada parecido, mas seu corpo me chamava desesperadamente e foi o sexo mais selvagem que eu já tive.
Antes de dormi passei no seu quarto e a vi deitada só com uma blusa e calcinha, ela era muito gostosa e seu corpo pedia o meu, eu sabia que por trás daquela atitude louca havia alguém especial, alguém que podia ser minha. É claro que não estava no programa o nosso filho, mas seria bem vindo. Deitei pensando nela, um passo de cada vez e talvez eu conseguisse chegar no seu coração.

Acordei e fui até a cozinha, uma senhora estava preparando o café e eu gentilmente me aproximei e a cumprimentei.

- Bom dia Sr. Sprouse, o que deseja para o café?

- Ovos, bacon e suco. - ela se pôs a fazê-lo e eu estranhei Barbara não ter acordado. - Barb já acordou?

- Não, ela só vai acordar mais tarde.

Eram oito horas, que horas fomos dormir mesmo? Tarde, eu com certeza fui dormir tarde. Assim, que meu café foi servido, Noah entrou, sem bater, e veio na minha direção. Seu terno preto e sua pose de segurança intimidavam.

- Bom dia Sr. Sprouse, Barbara me informou ontem que o senhor vai morar aqui.

- Isso. - estava me servindo do suco de laranja quando ele se sentou do meu lado.

- O senhor precisa me dar as Chaves do seu carro para mim fazer a cópia de segurança e também me informar seus horários.

- Como assim? Vocês não são pagos para protegê-la? O que tenho haver com isso?

- É importante que agora que estão juntos de uma certa forma eu tenha certo controle sobre a sua vida também, para atingi-la podem querer algum mal ao senhor e eu não seria capaz de me perdoar por tal falha.

- A quantos anos faz a segurança dela.

- A mais de quinze anos.

- Conheceu o pai dela?

- E a mãe.

- O que aconteceu?

Ele ficou sério, mais sério do que já estava.

- Não estou autorizado a falar sobre isso. - ele vasculha o bolso do terno e tira um aparelho semelhante a um tablet. - Pode repetir as seguintes frases para mim por favor. - Ele põe o aparelho na minha frente e tem várias frases escritas na tela.

- O que é isso?

- A casa possui um sistema de voz, é para ela reconhecer a sua. Não quer ficar preso aqui não é?

- E as chaves?

- Codificadas, a senha altera todo dia e o senhor recebe elas no Blackberry. - ele tira mais uma outra coisa do outro bolso e me entrega.

Na escuridão ~ Adaptação DarbaraOnde histórias criam vida. Descubra agora