Capítulo 17 - Atentado

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Ela estava conseguindo de alguma forma, todo o seu passado e toda a sua vivencia estava colocando-a em um lado tão obscuro que nem ela se dava conta as vezes. Fazíamos sexo e amor, brigávamos e conseguíamos nos entender de volta. Barb agora estava com cinco meses e nervosa. Ela tinha o dia do parto anotado na agenda e em todos os cômodos.

– Não vou ter normal ouviu Dylan? Isso não é opção.

Ela falou quando viu um vídeo que eu tinha no computador de um parto que tinha feito. Ela detestava a ideia da dor, mas acho que foi a informação do sofrimento fetal que marcou, ela sempre perguntava por isso. E a nossa vida entrou num ritmo agradável, íamos para o hospital, voltávamos, jantávamos e depois a festa, muito sexo. Ela agora estava se olhando num espelho grande e mexendo na barriga. Não quis incomodar e fiquei olhando a cena, linda, como sempre. Seus cabelos caídos e uma camisola muito curta e que mostrava bem a barriga. Barb estava mudando e eu amando cada progresso que ela dava.

– Hum... estou gorda?

– Está grávida, isso é o bebê.

– Dylan estou feia. – ela falou olhando o espelho.

– Linda e grávida. Pronta para saber o sexo?

– Não, se for menina eu vou pagar meus pecados?

– Não tem pecados para pagar amor, isso é coisa da sua cabeça.

– Menino para mim é melhor, posso ensiná-lo a atirar e fazer manobras legais no carro.

– Barb nosso filho não vai mexer com armas!

– Claro que vai, isso é praticamente igual a defesa pessoal.

– Não é, e ele não vai ter contato com isso.

– Dylon olha só, ele vai ser herdeiro de uma empresa de armas bélicas o que acha que ele vai viver daqui a dezenove anos, num mundo mais pacífico e amigável?

– Eu realmente espero isso Barbara. E já falei para mandar aquela empresa a merda e dar para seu tio que parece muito interessado na 3º guerra mundial.

– Ele lucraria horrores com isso. – ela falou rindo.

– Não estou de brincadeira, venda aquela merda.

– Dylan se eu vender vai ter uma terceira guerra mundial. Os contratos precisam ser assinados e aprovados por mim, você não sabe o que aconteceria se eu não controlasse isso.

– Barb o seu tio não é dono de tudo aquilo e podemos vender para alguém com os mesmas ideias que você.

– Dylan acredite, é um mundo fudido demais para ter mais alguém como eu! E os árabes estariam armados até o pescoço se não fosse eu! Não posso vender, preciso ter aquilo na minha mão.

– Até alguns meses atrás você não ia nem na empresa. Bebia, fumava e até onde eu sei era uma suicida, como controlava seu tio?

– Fácil Dylan, não preciso estar lá para isso, era só ler e ver o quadro mundial. Se assinasse aquilo o que aconteceria? E assinava ou não. Podia fazer isso sóbria e beber depois.

– Simples assim?

– Sim. E outra, aquilo é legado do maldito do meu pai.

– Isso ainda te afeta?

– A merda toda me afeta, mas agora preciso ver o sexo do bebê. Camila e sua mãe provavelmente vão querer nos matar se chegarmos atrasados.

Olhei o relógio. Ela tinha razão. Ela dirigiu para o hospital e chegamos lá rápido demais pela velocidade que ela, mesmo grávida dirigia.Mas quando chegamos eu percebi os olhares para nós, Barb respondia a alguns e-mails de fornecedores para a obra do outro hospital e acho que não viu. Entramos no elevador e ela me olhou nos olhos.

Na escuridão ~ Adaptação DarbaraOnde histórias criam vida. Descubra agora