13. VALENTINA

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O carro é estacionado em frente a uma barraquinha de alvenaria, alertando-me da nossa chegada ao lago

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O carro é estacionado em frente a uma barraquinha de alvenaria, alertando-me da nossa chegada ao lago. A música que agora pouco tocava extremamente alta, é pausada, por pura coincidência, tornando mais fácil escutar os murmúrios dos jovens e adolescentes. 

Existe uma planície bem ao lado do lago que em certos dias, não é engolida pela água. Para chegarmos nela, é necessário descer a zona planalto próxima a calçada, tomando cuidado para não escorregar na grama.

Assim que saímos do carro de Caio, meus olhos desviam para baixo, onde encontram-se vários jovens bebendo, dançando e se agarrando. Céus, o fato de ainda ser de dia martela na minha cabeça. 

ㅡ Festa sem amigos é um saco ㅡ falo sozinha. Caio envolve meus ombros com seu braço de um lado e Yuri o outro.

Meu corpo pesa. Eles conseguem superar minha altura. O contato repentino não me deixa desconfortável até, apesar do casal de rapazes ser bem invasivo. Na verdade toque físico é algo que aprecio muito, desde que não extrapole os parâmetros do respeito com meu espaço e corpo.

ㅡ Festas são uma ótima oportunidade para fazer novos amigos, Valente ㅡ Yuri murmura.

ㅡ É Valentina.  

ㅡ Merida. Valente. Valentina. Dá no mesmo. ㅡ sorri. Suspiro meio irritada, meio não. Não querendo soar chata ou sem graça. Coisa que eu naturalmente faço com bastante frequência, principalmente quando as coisas não condizem com os planos.

Tudo está dando errado, caindo na minha cabeça e eu simplesmente odeio não conseguir controlar.

É lastimável adquirir uma característica de sua figura manterna quando você odeia essa característica na sua figura materna. Como se fosse um jogo do universo brincar com sua cara e se divertir com isso.

Descemos a ondulação no relevo até finalmente se achegarmos dos jovens. Caio e Yuri me abandonam e fico completamente sozinha. Acabo suspirando mais alto, vendo o arrependimento bater na portinha invisível do meu mundo imaginário por ter aceitado a oferta de vir até aqui.

Nunca tinha prestado atenção em como pessoas da minha idade podem ser bem assustadoras em vários aspectos. Intimidadoras. São o tipo de gente que você prefere morrer do que ter que atravessar uma rua onde um de seus grupinhos se encontra.

Passeio meus olhos por todos os lados a procura de um rosto conhecido. De longe vejo os irmãos Germano ㅡ meu ex namorado Ethan e o irmão mais novo, Nathan. ㅡ Trinco a mandíbula ao mesmo tempo que fecho os punhos ao recordar da cena na piscina com Nathan e Emily. Se eu cruzar o caminho com aqueles garotos, esqueço de mim e de todo autocontrole de boa moça que adquiri nos últimos anos.

Girls+Girls (+18) - NÃO REVISADOOnde histórias criam vida. Descubra agora