[NÃO RECOMENDADO P/ MENORES DE 18]
Valentina nunca soube o que era prazer, seja em beijo ou na cama. Seus relacionamentos nunca deram certo pois a garota sempre demonstrava falta de interesse, como se sentisse ausência de algo.
A cabeça de Valentin...
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O perfume de Valentina misturado com o cheiro de álcool despertam a mais profunda nostalgia que há em mim.
Alguns meros segundos na estrada e a cabeça da ruiva repousa sobre minhas costas. Ela deve está bem cansada.
ㅡ Pra onde eu te levo? ㅡ grito alto o bastante para que ela ouça, já que estamos em movimento e o capacete não ajuda em nada.
ㅡ É... eu não sei! Se estacionar eu posso tentar ligar para a Clarisse ou o Ben...
Um calafrio percorre meu corpo. O que devo fazer agora? Eu devo fazer alguma coisa?
Devo ajudar?
Ela mentiu para mim. Traiu minha confiança que foi ganhada com anos de amizade. Por que devo ajudá-la? Eu só devia ficar com raiva. Ignorar a ligação da mãe dela e seguir com minha vida. Tina provavelmente nem vai está aqui daqui alguns meses.
Ela não vai está aqui.
Dói. Ter passado esses dias longe dessa garota foi a prova de que: distância é uma droga. Não necessariamente a distância física, e sim a emocional. Se bem que, ambas fodem comigo.
Esse tempo todo que ficamos sem nos falar eu ansiava por tocá-la. Por abraçar seu corpo alto, por acariciar seus cabelos alaranjados e deslizar meus dedos por sua pele. Até agora, aliás. Estou me controlando para não agarrar essa garota e ficar no mínimo trinta minutos abraçada. E nem gosto de toque físico.
ㅡ Já sei onde te levar ㅡ falo por fim. Tina não diz mais nada depois disso permanecendo de cabeça deitada sobre minhas costas, até finalmente chegarmos ao destino.
Minha mente passeia entre um milhão de pensamentos durante a trajetória e todos incluem uma mulher alta, ruiva e de olhos caramelados. Eu sou ridícula por pensar tanto nela.
ㅡ Onde estamos? ㅡ levanta a cabeça para analisar o lugar. ㅡ É a... sua casa.
ㅡ Desce. ㅡ ordeno. Tina franzi as sobrancelhas e com certa relutancia, obedece.
Ajudo ela a tirar o capacete, levantando um pouco o calcanhar para que a diferença de altura não atrapalhe.
ㅡ Você pode ficar hoje aqui em casa.
ㅡ Melhor não, não quero te incomodar. Nem a tia Kat, eu me viro.
ㅡ Não incomoda. É o mínimo que posso fazer já que eu "coloquei ideias gays" na sua cabeça ㅡ sinalizo aspas com os dedos, segurando novamente o riso. Meu Deus, essa frase é muito engraçada na minha cabeça.
