Fria noite de inverno.

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Passei pelo menos duas horas deitado procurando um meio de como começa o meu legado como uma lenda. Olhei meu reflexo no espelho, pensava em como iria dormir agora que não tinha pálpebras, não pude perder muito tempo com isso, depois acabaria pegando no sono ou mesmo me acostumando com o tempo e tinha plena consciência disso tudo. Deveria começar a agir, não poderia seguir os passos de Jeff, muito menos usar-lo como meu nome, eu Thomas Kurtz preciso de algo a minha altura. Revirei minha casa a procura de algo, arrumei uma mochila com algumas roupas, comida e água para cerca de três dias, um canivete muito especial para mim, e deixei próximo da janela de casa. Preguei dez facas do meu jogo de talheres, todas de metal, duas facas que usava para descascar os alimentos e uma faca afiada com serra.

Coloquei um casaco preto, calça escura e tênis da mesma cor. Nos bolsos da frente da calça coloquei cinco das dez facas em cada um, no casaco as duas facas e escondida por dentro da manga direita a faca de serra. Tudo pronto. Estava nervoso iria ser meu primeiro assassinato. Não poderia começar como o Jeff. Infelizmente o tempo e doenças fizeram toda minha família morrer meses atrás. Abrir a janela e respirei fundo o ar da noite antes de sair, desci pela escada de incêndio localizada do lado de fora do prédio para que assim não fosse visto pelas câmeras que os elevadores e escadas internas possuem. Coloquei o capaz, e não pude deixar de sentir uma felicidade estranha. Saindo assim na rua após duas horas da madrugada com intuito de matar um inocente. Pouco mais de vinte minutos na rua achei minha primeira vitima. Um jovem, ele andava na minha frente. Taquei uma das minhas dez facas nele, errei e o barulho o fez correr, o segui correndo também, taquei outra, acertei seu ombro esquerdo, mais um a talvez tudo estaria resolvido. E lancei a lamina em direção ao estranho, Pegou em sua perna direita o derrubando-o. Sorri, agora viria a parte divertida desse trabalho. Peguei uma das minhas facas normais e gritei: “Eu sou lindo, não sou?” recebi apenas um acena de cabeça como resposta então enfiei a faca no peito dele, bem em cima do coração. Ele estava morto, peguei seus documentos, dinheiro e qualquer outra coisa que ele tivesse em seus bolsos, após terminar com ele uma mulher e o namorado passaram, era hora de voltar ao trabalho.

Taquei logo minhas sete facas neles para ganhar tempo, os havia alcançados rapidamente. O homem do casal entrou na frente, então o matei rapidamente enfiando a faca em seu pescoço e o deixando cair com ela. Consegui olhar um pouco bem a garota, ela era muito linda, me apaixonei por um segundo, então desci os olhos e vi, ela estava grávida. Acertei minha ultima faca em sua barriga e a rasguei ao meio para o beber sair.  Observei os dois morrerem lentamente, mãe e filho. Recolhi tudo deles, documentos, dinheiro, relógio e claro a aliança. Após coletar tudo segui a rua direção contraria a minha casa, comprei duas garrafas de bebida, uma vodka e a outra um bom conhaque, três pacotes de cigarros. Depois que comprei tudo com parte de meus ganhos da noite me arrependi. Mesmo eu sendo uma lenda, ainda era um viciado em cigarros e álcool. Contornei de novo o caminho e passei numa farmácia, agulhas, linhas, remédios e coisas para cortes ou mesmo perfurações a bala, apesar de lenda, não era imortal. Alterei antas vezes os caminho e fiz tantas coisas que agora poderia ir para casa sem ser visto, subir pela escada de volta ao meu apartamento tendo certeza de não sendo visto. Peguei meu isqueiro, acendi um cigarro em sinal de vitória pela bela noite que tive, preparei uma boa bebida com gelo e fiquei a olhar pela janela a fria noite de inverno.

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⏰ Última atualização: Feb 14, 2015 ⏰

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