São Paulo, 1930
Tudo corria normalmente bem na Avenida Angélica. Lola preparava os últimos ajustes para o jantar, Isabel estava no quarto se arrumando, Julinho continuava de conversinhas com Lili no portão, Alfredo e Carlos ainda não haviam chegado. O mais velho havia dito que demoraria porque estava estudando com seu amigo Marcelo, já Alfredo, há tempos saía e não dava satisfação de onde foi ou deixou de ir.
Quem não gostava nada disso era Júlio, quase todas as noites eles discutiam. Apesar de Lola querer apartar a briga, era em vão. Partia seu coração vê-los assim.
Tudo pronto para o jantar. Lola se arruma rapidamente e chama sua filha para sentar a mesa. Em seguida, Carlos e Julinho chegam e se acomodam em seus lugares.
Os minutos vão passando e todos permanecem ali sentados se olhando sem nada dizer.
Alfredo estar atrasado, havia se tornado algo normal, porém o Júlio estar, isso que era estranho.
Lola sentia que algo estava errado. Mas o que seria?
Lola: Vamos todos comer, sim? (Diz começando a servir o prato de Isabel)
Julinho: Não vamos esperar o papai?
Lola: De certo ele deve estar fazendo o balanço da loja. Não tarda em regressar. (Fala terminando de preparar o prato de sua filha mais nova)
Isabel: Quando eu me casar, não vou querer que meu marido fique fora de casa até tarde. Ele tem que ficar comigo também e não só pensar em trabalho, não é? (Arruma delicadamente seus cachos enquanto fala)
Carlos: Não se preocupe, minha mãe. Nosso pai chega em breve. (Tenta confortá-la e ela dá um sorriso de canto )
Um pouco longe da casa dos Abílio de Lemos...
Marion: Pensei que não iria vê-lo por aqui essa noite... (Diz sedutoramente)
Júlio: Só aqui eu consigo relaxar um pouco. (Senta na cama e logo começa a receber uma massagem em seus ombros)
Marion: Você está muito tenso. (Dá um beijo delicado no pescoço dele)
Júlio: Não é para menos... Aquele turco dos infernos vive pegando no meu pé e me enchendo de trabalho e essa promoção nunca vem, já quando chego em casa, é sempre as discussões entre meus filhos, e a Lola me cobrando porque temos dívidas para pagar. Ela é outra que não entende que preciso de carinho e de atenção. (Com os olhos fechados, aproveitando a massagem que recebe)
Marion: Mas aqui você pode encontrar tudo o que procura. (Senta no colo dele) Atenção... (Dá um selinho) Carinho... (Outro selinho) Amor... (Mais um selinho) Prazer... (Ele a deita na cama com força e a beija com intensidade)
Na Avenida Angélica...
Afonso: Shirley, minha querida, já fechei o armazém. (Fala adentrando a sua casa)
Shirley: A Inês já foi se arrumar para o jantar, vá se preparar também, daqui a pouco eu sirvo o jantar. (Dá um selinho, se vira para sair, mas lembra de algo e volta) Meu querido, eu ia me esquecendo, a dona Genu passou aqui mais cedo e fez umas compras, mas apressada do jeito que ela é, acabou esquecendo uma das sacolas. Não acha melhor entregar agora? É o tempo que falta para o jantar ficar pronto.
Afonso: Então é melhor eu levar logo, vai que ela esteja precisando. Depois posso jantar tranquilo. Venha, me mostre onde está a sacola. (Eles descem as escadas e vão até o armazém)
Shirley: Aqui está. (Entrega para ele) Vá com cuidado e não demore.
Afonso: É só o tempo de ir, entregar e voltar. Não me tardo.
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Nova Chance Para Amar
Hayran KurguHá amores que não cabem em uma só vida. Tem vinganças que não cabem em uma só vida. Tem desamores que não cabem em uma só vida. Vem aí uma nova história sobre Lola e Afonso, em duas fases diferentes, mas com um amor intenso em todas elas. Cada cap...