Capítulo 5

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O céu escureceu muito antes que Dean pudesse prever. Resolvendo ter um momento seu, ele juntou alguns gravetos que encontrou ao longo da praia e com um pouco de querosene, fez uma fogueira de frente ao seu trailer.

Mac estava deitado dentro do seu trailer. O pitbull estava o olhando em cada movimento que pudesse fazer. Uma tigela cheia de ração estava ao lado dele, mas o cachorro nem sequer tocou.

Dean se sentou perto da fogueira, e abriu uma cerveja. Sentiu-se tentado a pegar o violão que guardava e tocar uma ou duas músicas.

O céu estava lotado de estrelas, e Dean se sentiu em paz por alguns minutos.

Puxa, que saudades de você, velho amigo... Dean pensou. Onde você está Benny?

— Sabe, fazia muito tempo que eu não fazia uma fogueira — Uma voz rouca fez Dean abrir os olhos.

Parado ao seu lado, Benny estava usando suas roupas de pescaria, uma calça desbotada e uma camisa branca. Um boné estava escondendo os cabelos escuros que ele tinha e os olhos claros lhe sorriram.

— Cara, eu não bebi tanto assim — Dean levou um susto — Não fiquei tão bêbado para começar a ver você.

— Sabe, não precisa estar bêbado para me ver. Só quis te dar um oi.

— Você morreu mesmo?

Benny riu.

— Ah... Sim. Morri.

— Então porque caralhos eu estou te vendo?

Benny não respondeu. Olhou para a praia, as ondas quebrando na areia. De repente, olhou para Mac. O cachorro começava a dormir.

Ele tinha uma aparência triste.

— Tem um cara chamado Michael. Ele adorava Mac, é um espanhol. Ele mora perto da próxima cidade costeira, a Rosemary. Você pode contatar ele para levar Mac daqui.

— Claro, eu vou contatar ele.

— O número dele está preso na geladeira do bar.

— Benny, eu estou tentando nesse exato momento, descobrir se eu estou dormindo ou não.

— Pare de ser tão cético. Ou tão dramático.

— Eu tenho um dom de ver você então?

— Tem um dom sim — Benny zombou — De ser idiota.

Dean resmungou.

— Eu vou te matar. Pela segunda vez.

Benny riu.

— Viu, você já entrou no ritmo da coisa. Eu vim só te ver, cara.

Dean suspirou. Benny parecia tão real, que até o vento sacudia os cabelos que lhe saíam do boné.

— Benny...?

— Sim, Dean.

— Essa praia... É toda sua?

— Ah, é sim.

— Sabe que isso custa uma fortuna?

— Como a sua? Sei... Não é linda? Não me custou muito a tê-la. Meu pai herdou do meu avô que comprou com muito suor.

— Benny... Porque você me deixou tudo isso?

Benny não respondeu de imediato. Olhou para a fogueira e suspirou.

— Eu me lembrei quando saímos do exército, há muitos anos. Você tinha dinheiro, família e tudo o que um cara comum queria na vida. Mas não tinha o essencial.

Road of Love ⎢⎢ Destiel VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora