Capítulo 8

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— Ele é um gato — Claire murmurou enquanto colocava o frango no forno — Eu vi da forma que você olhou para ele, quando saiu.

— Você está imaginando coisas — Castiel começou a cortar os tomates para a salada, enquanto sua irmã estalava a língua.

— Sério, você viu o quão ele é lindo? Ele tem uma beleza meio única, não sei. 

— Se eu bater em uma árvore em Los Angeles, cai cinco igual ao Dean.

— Não estou falando de beleza física, Castiel — Ela pegou uma latinha de refrigerante na geladeira e se sentou na frente dele — Sabe, a beleza tem várias formas de se expressar.

— E como é a beleza de Dean?

— É uma beleza que depende de cada pessoa. Posso ver nos olhos dele, a beleza de viver. Algo do tipo.

Ela bebeu do refrigerante e olhou para o irmão, que a encarava, pensativo.

— Você anda lendo muito Nora Roberts.

— Não culpe a mulher maravilhosa que ela é, só porque eu parafraseei uma frase do livro dela.

Castiel descascou as cenouras e começou a cortá-las.

— Não tive tempo para olhar para ele, já que eu estava pensando em como você caiu do barranco.

— Uma queda normal. Estava treinando para ser a próxima líder de torcida.

Castiel parou a faca na tábua e olhou para ela.

— Você… Você…

— Eu… Eu… — Claire o imitou — Vamos parar com isso. Eu precisava sair da bolha que me permitir ficar faz dez anos, Castiel. Patience me convenceu e eu resolvi levar isso á sério. 

— E seus remédios? E suas consultas?

— Castiel, eu posso ter total e absoluto controle nisso. Não posso ser uma Ever Bloom, que vive de fones e isolada. Eu posso ser luz de novo, como eu era.

Castiel percebeu que enquanto eles discutiam, ela rodava entre seus dedos, o medalhão da família. Aquele que tinha a foto da família completa, a última tirada por eles. Um presente de seu avô, antes deles começarem suas vidas em Stormville. 

Claire o usava como um protetor, um santo graal para seus momentos mais tristes e para as crises infinitas de pânico. 

Um alívio para a tempestade que Castiel vivia há dez anos.

Ela não tem mais seis anos de idade, garoto. Ele pensou, como um alerta para si mesmo. Ela precisa sair do casulo que você a fez criar, por medo.

— Tudo bem — Ele voltou a cortar as cenouras — Mas, não quero você dedicando sua vida á esse hobby. Que tal voltar ao seu principal deles? 

Claire sorriu. Ela sabia do que se tratava.

— Você ainda tem aquelas telas brancas e as tintas?

— Estão no porão. Divirta-se.

Ela deu um beijo carinhoso no irmão. Antes de sair correndo, ela se virou rapidamente.

— Ah, Dean me deu o número de telefone dele — Ela anotou rapidamente no quadro negro que tinha na cozinha — Para anotar listas de supermercado e recados — E deixou um "Dean" com um coração no final — Espero que aproveite desse telefone.

— Porque insinua isso?

—Eu sei de tudo — Ela pisca e sobe as escadas para seu quarto.

***

Road of Love ⎢⎢ Destiel VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora