ギャング || 𝐓𝐨𝐝𝐨𝐛𝐚𝐤𝐮𝐝𝐞𝐤𝐮

𝑝𝑟𝑜𝑚𝑖𝑠𝑒

《Narrative; Shouto》

Acordei sentindo minha cabeça latejar. Abri meus olhos lentamente e percebi não estar em casa, e só ai as lembranças de ontem a noite me vieram a mente. Merda.

Me sentei no sofá e senti meu celular vibrando no bolso. Peguei-o e rapidamente atendi a chamada.

- Shouto? Porra, cadê você, Shouto?! - Ouvi a voz conhecida de Denki gritar do outro lado da linha.

- Eu... num bar..?

- QUE MERDA VOCÊ TÁ FAZENDO NUM BAR?!

- Um informante anônimo me disse que o maior mafioso da cidade estaria aqui ontem.

- E por que você ainda tá ai HOJE?!

- Kaminari, da pra parar de surtar? Eu bebi, falei com um garoto de saia que pensei ser de menor, bati sem querer no ombro de um cara loiro e ele me arrastou pra uma sala onde o menino que eu achei que era de menor tava, eles tiveram um papo estranho que eu não entendi e eu acabei deitando no sofá e cai no sono.

- Você nunca some sem avisar, e outra, você nunca bebe! É por causa do seu termino com a Momo? E por que era relevante você falar que o garoto tava de saia?

- Eu ainda me sinto mal por ter terminado com a Yaoyorozu, tá? Achei que fosse uma boa desculpa pra eu vir beber. Eu não tinha mais nada pra fazer mesmo.

Ele bufou. - Certo, Shouto. Porra, eu tava preocupado. Mas então, por que comentou que o garoto tava de saia?

- Por que insiste nessa pergunta idiota? Era só uma característica dele, ué.

- Ah, tá bom então. Enfim, vem logo pra casa, esqueceu que eu não sei cozinhar? Eu vou acabar colocando fogo na cozinha!

- Eu to indo. Midoriya e Katsuki sumiram mesmo.

- Midoriya e Katsuki..?

- O de saia e o que me arrastou pra essa sala.

- Ah, ok. Não demora, eu to com fome.

- Esfomeado.

- Sou mesmo. Só vem logo, beijinhos te amo.

- Até mais, Denki.

- Não desliga sem dizer que me ama também!

Eu ri fraco. - Também te amo, imbecil. - Desliguei o celular, o colocando de volta no bolso.

- Todoroki-kun, finalmente acordou! - Midoriya apareceu. Suas roupas eram diferentes das de ontem, pareciam mais casuais. Ele usava um moletom vermelho que ia até quase o fim de suas coxas, não conseguia nem ver se ele estava de bermuda ou não.

- Midoriya, oi. - Esfreguei os olhos. - Eu preciso ir.

- Mas você acabou de acordar, nem conversamos. - Izuku sentou ao meu lado. - Não pode ir antes do Kacchan voltar, tudo bem? Ele vai ficar bravo.

- Ele é o que seu?

- Chefe. - Ele sorriu fofo. - Mas somos amigos também.

- Por que trabalha pra ele?

- Por que eu quero, oras. Eu gosto dele.

- E o que você faz no seu trabalho?

- Acho que está fazendo perguntas demais. Vamos esperar Kacchan chegar e ele vai responder você.

- Olha, eu realmente preciso ir, tá bom? Tenho que cozinhar pro meu amigo idiota.

Eu tinha a sensação de que eu deveria ficar, mas também queria ir embora. Eu parecia no caminho certo e sentia que estava.

- Me da o seu número, ai eu te ligo. - Falou, pegando papel e caneta de cima da mesinha de centro. - Quero que volte, por favor.

- Tudo bem. - Peguei o papel e a caneta, escrevendo meu número ali.

Entreguei o papel pra ele e me levantei, dei as costas pro pequeno, pronto pra sair dali, mas ele segurou meu braço.

- Promete que volta? - Perguntou me encarando com os olhos brilhando.

- Prometo.. por que tem tanto medo que eu não volte?

- K-kacchan brigaria comigo.. eu não quero problemas. Agora você tem que ir, né? Anda. - Me senti meio mal pelo Izuku, ele parecia ter medo de Katsuki. Sorri torto pra ele e assenti com a cabeça, dando as costas pra ele e agora finalmente saindo dali.