Love at stake

Capítulo 10

Barbara PDV

Fazia três malditos dias que eu não conseguia falar com a Carolina de forma alguma. Ela fazia questão de ignorar as minhas chamadas, minha mensagens ela nem abria e quando eu respondia algum story dela no instagram mesma visualizava e não respondia o que me deixava ainda mais triste. Ela estava fazendo tudo isso de proposito e a minha saudade dela estava me deixando desconcentrada demais e atrapalhando o meu rendimento.

- O que você tem Babi? – o treinador perguntou se aproximando de mim – você está área demais
- me desculpa, treinador – falei depois de secar o meu rosto com uma toalha – mais eu não estou muito bem
- esta sentindo alguma coisa? – ele perguntou preocupado
- não – falei sincera – apenas a mente que está em outro lugar
- agora é a hora da sua mente esta naquele campo – ele falou sério – depois se quiser eu faço o psicólogo e escuto todos os seus problemas
- eu prometo que agora vou dar o meu melhor – falei sincera – vou jogar o futebol que sei

Hoje estava em uma semi final de campeonato e tinha dado o vacilo de perder dois gols que eram praticamente impossíveis que eu na minha melhor fase acabasse perdendo, mas a Carolina vinha na minha mente a cada momento e eu me desconcentrava do jogo. Abri o meu armário no vestiário, peguei meu celular e abri o wpp a procura do contato de Carolina. Respirei fundo e comecei a gravar um áudio

- hoje é um dos dias mais importantes da minha carreira e queria tanto você aqui comigo – suspirei – eu estou sentindo tanto a sua falta, Carol

Enviei o áudio, esperei uns minutos e vi que ela tinha recebido o áudio mais não tinha o escutado, guardei o celular novamente e fui me concentrar para entrar em campo novamente. O treinador falou comigo novamente pedindo foco, concordei e voltei para o campo onde o segundo tempo começou. Imaginei que a Carolina podia estar assistindo ao jogo, me apeguei a isso e consegui marcar um gol que comemorei fazendo o "its me" que ela sempre faz nos vídeos dela. Dei uma assistência para Khali que marcou um gol e comemoramos mais uma vitória conquistada para a LOUD.

- jogou muito no segundo tempo, Passinhos – Maellen falou batendo nas minhas costas.
- valeu pela assistência – eu disse para ela e sorri – tu jogou muito ta maruco
- parabéns, Babi – Khali falou se aproximando – valeu por me dá aquele passe ótimo
- to aqui pra isso – falei a olhando – deveria ter declarado o teu gol pra Lince – falei só pra provocar
- a rainha das gadas é você, Babi – Khali falou em meio a uma risada com Maellen – não vou roubar teu posto
- sem graça – falei mostrando a língua – vão tomar banho suas porcas

Conversei um pouco com as outras meninas do time, depois fui tomar um banho e me arrumei para ir embora pra casa. As meninas tinham marcado de ir comemorar, porém eu estava em clima algum para comemorações e tudo isso era culpa da Carolina que em tão pouco tempo tinha entrado na minha mente de uma forma que nunca tinham conseguido antes. Abri a porta do meu carro e joguei a mochila no banco do passageiro

- Olha eu sinceramente quero ser a madrinha do casamento – a Lince falou e eu me assustei. De onde ela tinha aparecido?
- quer me matar? – perguntei com a mão no coração – quase que eu infarto
- querer eu quero realmente te matar – ela falou seria – você machucou o coraçãozinho da minha amiga
- não foi a minha intensão – me expliquei – eu apenas sai com um antigo amigo meu
- amigo esse que não perder a oportunidade de falar que iria adorar ficar contigo – ela disparou e depois fechou a cara – isso ai voce explica pra Carolina – ela falou pegando o próprio celular e mexendo em algo – olha ai eu celular
- ok – estranhei pegando o meu celular do bolso e olhando – uma localização?
- essa é a cidade que os pais da Carol morram e a localização da casa deles – ela falou simples –lembre-se de me agradecer e me chame pra ser madrinha do casamento

Ela nem deixou eu responder já saindo de encontro a Khali que apenas me gritou um boa sorte e depois foram para o carro da minha companheira de time. Fiquei olhando para a localização da cidade dela, pensei um pouco em como chegaria até lá e sem dúvidas precisava ir em casa pegar algumas coisas e trocar o carro pra não chamar tanta atenção por lá. Uma hora depois eu já estava seguindo o caminho indicado pelo meu GPS.

Carolina PDV

- eu não posso vim pra cá que a senhora quer me encher de comida – falei comendo uma fatia do bolo que ela tinha feito – isso está maravilhoso
- você está tão magrinha minha filha – ela falou me olhando – não está se alimentando bem ?
- alimentando do jeitinho que a minha nutricionista falou e ainda como muitas coisas – dei de ombros

Minha mãe sempre reclamava que eu não me alimentava direito na LOUD e ficava fazendo tudo que eu gosto de comer quando estou aqui pra tentar me engordar nos poucos dias que eu ficar por aqui. Eu estava precisando realmente do colinho dela depois do que rolou, minha cabeça e meus sentimentos tinham ficado uma verdadeira bagunça. Depois de três dias sem me comunicar com a Babi já tinha me entendido um pouco e aceito o fato que eu tinha me apaixonado à primeira vista por Barbara Passos.

Depois de ter comido tudo que a minha mãe colocou na minha frente, peguei as minhas cachorras e subi para o meu quarto em busca de descansar um pouco. Hoje eu tinha acordado cedo para ir a fazenda com o meu pai, o ajudei a cuidar dos bichinhos e almoçar por lá mesmo na casa de um dos ajudantes do meu pai. Entrei no meu quarto ligando o ar, me joguei na minha cama e peguei meu celular para ver algumas mensagens no wpp. Vi que tinha um áudio da Barbara, eu deveria escutar? Fiquei uns minutos em um dilema e depois desliguei o meu celular o colocando no meu criado mudo. Fiquei uns minutos pensando nela e peguei no sono sem perceber.

Acordei com o meu celular vibrando no criado mudo, peguei o aparelho e vi o número da Barbara chamando na tela. Ignorei mais uma vez, resmunguei e me sentei na cama vendo que estava chovendo lá fora. O celular voltou a tocar, olhei e ainda era a Barbara mais me fiz de forte. Levantei da minha cama com preguiça, calcei meus chinelos e fui atrás de algo pra comer na cozinha. Quando passei pela sala estranhei ao ver o meu pai parado na porta com uma espingarda

- o que está fazendo pai? – perguntei ao estranhar a cena
- tem um carro preto parado em frente a casa a um tempo já – ele falou olhando pela janela – se tentar alguma coisa vou dar um tiro
- quem joga e da capa aqui sou eu pai – dei uma risada e olhei para o carro – não acredito que ela fez isso
- conhece o carro? – perguntou me olhando
- sim – suspiro – pode ir dormir, pai

Meu pai ainda lutou um pouco para ir dormir, mas eu o convenci que se tratava de uma amiga que devia estar na cidade. Fui até o meu quarto onde peguei um moletom pra mim, o guarda-chuva e sai depois de ver que meu pai já estava na cama abraçado a minha mãe. Sai de casa indo em direção ao carro, me aproximei mais e a janela baixou revelando a cara de pau de Barbara Passos

- Oi Carol – ela falou me olhando