cap 11

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Maximos:

Sabe quando vc tem um irmão que sempre faz tudo melhor que vc? Aquele irmão certinho com carinha de anjo e que por trás sempre apronta!

Eu sempre fui uma criança com problemas,por eu ser o filho do "demônio" digamos que quase nenhuma criança se aproximava de mim.

Eu sempre escutava os comentários maldosos quando eu passava perto olha o filho do capeta,o anjo da morte,o satanás e muito mais.

Sabe eu era sim um menino estranho,com voz estranha e assas estranhas.

Mais eu não pedi pra nascer. Não pedi pra ser filho de quem eu sou.

Ser filho do demônio não me faz um Demônio, digo de certa forma sim,mais de outra não. Eu no princípio não queria ser mal,eu queria ter amigos e não ser o último escolhido nós grupos.

Mais um dia eu descobri que o medo era o meu melhor aliado. Quando eu impunia medo.

Quando eu assustava e fazia ameaças ele sempre faziam oque eu queria. E assim eu deixei de ser o último escolhido e passei a ser quem escolhia.

Eu deixei de ser zoado e passei a zoar.

Eu deixei de ser o menino fraco e tímido e passei a ser o mais forte e malvado.

Hoje em dia,os crimes que cometi são os piores,já fiz coisas que nem mesmo meus guardas teriam coragem de fazer,ser quem eu sou é ser um monstro. Monstros não tem sentimento,nem coração.

Eu não queria ser um monstro.

Mas eu sou.

E já é tarde demais para mudar.

Após ter tido uma noite mal dormida e com sonhos que prefiro nem comentar eu vou pra sala principal e logo sou abordado pela Suzana.

-meu aniversário é daqui a uma semana Maximos- ela fala com seu sorriso estampando seu rosto pálido.

-é eu sei Suzana- falo e aceno

-vc vai mesmo fazer minha festa não vai?- ela vai direto ao ponto,desde o começo do ano a Suzana vem me empurrinando por essa maldita festa.

-sim Suzana não se preocupe- falo me sentando na mesa pra tomar meu café.

Me sirvo de café e frutas.

Quando um grito se ouve.

Um grito fino.

Vindo do corredor.

Lana.

Não me pergunte o porque mais eu largo tudo e saiu correndo até o quarto dela e....

Ahhh maldita humana e essa mania de trancar a porta.

Dou um belo chute na porta e vejo uma cena que definitivamente nunca vou esquecer.

A Lana no chão com os pulsos e boca sangrando e bem atrás dela um soldado morto com a todo o entestino pra fora e escrito na parede a palavra

"Monstro" e uma letra "H".

Ela apenas está de joelhos olhando pro chão e chorando sem parar.

Ando até ela e a abraço enquanto a levanto do chão sujo de sangue,tomo cuidado para mantê-lá de costas para o soltado morto.

Ela me agarra como se fosse a única coisa que conseguisse a tirar daquilo tudo,sinto as lágrimas molharem a frente da minha camisa e eu não LIGO,tudo que estou menos ligando nesse momento é uma camisa molhada.

-está tudo bem,eu estou aqui. Já passou- falo enquanto acariciu seu cabelos e tento faze-la parar de chorar. Ela é como uma criança que vezes faz burrice e vezes é fraca demais para suportar oque pode vim ou oque ela mesma pode fazer.

Ela é uma menina dentro de uma mulher.

-Eu fiz isso- ela fala ainda com voz de choro.

De maneira nenhuma isso pela minha mente,como uma mulher aliás, uma menina mataria um guarda treinado e se ela matou porque gritou?

Me afasto um pouco e ela parece uma criança chorando. Ela olha pra mim e eu finalmente percebo.

Seus olhos estão vermelhos. E suas mãos meladas de sangue.

Não sei como mas eu apenas a abracei denovo e fiquei em silêncio.

Se ela matou ou não esse guarda ela tinha motivos e quando ela se acalmar vai me dizer quais são esses motivos.

meu anjo tem assas negrasOnde histórias criam vida. Descubra agora