cap 12

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Maximos:

30 minutos depois aqui estamos.

Ela sentada na minha cama e eu em pé na frente dela,ela está mais calma,seus olhos voltaram ao roxo de sempre e suas mãos não tremem mais.

-mais calma?- pergunto com voz baixa,tentando parecer amigável mais bem. Isso não é muito fácil pra mim.

-sim... Estou- ela fala ainda olhando sem parar para o chão e com as mãos apoiadas na beira da cama.

-então pode me contar oque aconteceu ali?- falo e me ajoelho na frente dela. Assim e só assim posso olha-la bem nós olhos. Belos olhos.

Ela respira um,duas,três, quatro vezes e engole a seco a saliva.

-eu não me lembro muito bem,eu só acordei e vi o guarda pendurado e... O sangue... As tripas e eu só quiz gritar- ela fala cruzando as mãos no próprio colo

-e porque vc me disse que tinha feito aquilo?- ela olha pra mim,pro chão e volta pra mim.

-porque minhas mãos estavam meladas de sangue e eu... Senti de alguma forma o gosto da carne dele na minha boca-

Aperto a boca e passo a mão pelos cabelos.

-vc acha que fez mesmo aquilo?- ela acena e eu seguro suas mãos e elas estão frias,e a ponta de seus dedos roxos -está com frio?- ela nega e olha para as próprias mãos.

Os olhos dela ficam paralisados nas mãos, a cor some do seu rosto e ela apenas olha e olha pra mãos.

Fico sem reação.

Derrepente ela começa a usar as unhas para coçar o pulso,mas ela não esta coçando ela... Ela está se arranhando... Ela faz até uma pequena linha de sangue finalmente descer por sua pele branca.

Seguro seus ombros e a sacudo.

-Lana. Lana acorde. Lana,Lana olhe pra mim Lana-

Ela olha pra mim e sua expressão é confusa... Até que ela pare de arranhar e segura minha mão.

Respiro aliviado e passo a mão pelo cabelo...

Uma dor aguda atinge meu pulso... E quando olho para meu braço vejo a Lana com os dentes cravados sobre minha pele e o sangue escorre pelos seus dentes e unhas cravadas em minha pele.

-Lana!- ela parece não ouvir... Ela usa os dentes e arranca a camada de pele que fica sobre meu pulso e eu seguro o grito de dor. Talvez se eu gritar ela possa se assustar e piorar.

Mordo o canto da boca e com a minha outra mão acaricou seu rosto.

-Lana,sou eu,sou eu Maximos... Sou eu...- tento manter a calma e ela finalmente olha pra mim... Ela larga meu braco e aperta os olhos e quando ela os abre ele estão da cor normal e ela parece confusa.

Assim que ela olha pro meu braço sua expressão é de pânico... Ela toca a boca com as mãos e vê o sangue.

O grito dela é absurdamente alto.

Ela corre... Saí correndo do quarto antes que eu possa siquer pensar em empedi-la.

Me sento no chão com o braço sem a pele e com vasos cortados...  Imediatamente guardas entram no quarto e ao me ver nesse estado eles me ajudam a levantar e me levam pra enfermaria.

Nesse momento eu só penso na Lana e em como ele deve estar.

meu anjo tem assas negrasOnde histórias criam vida. Descubra agora